O que
é Maçonaria:
Maçonaria é uma sociedade discreta,
onde suas ações são reservadas e interessa apenas àqueles que dela participam.
A maçonaria é uma sociedade universal, cujos membros cultivam
o aclassismo, humanidade, os princípios da liberdade, democracia,igualdade, fraternidade e aperfeiçoamento
intelectual.
A maçonaria admite todo homem é livre e
possui bons costumes, não fazem distinção de raça, religião, ideário político
ou posição social. Suas únicas exigências são que o candidato possua um espírito
filantrópico e de buscar sempre a perfeição.
Os maçons estruturam-se e reúnem-se em
células autônomas, designadas por oficinas, ateliers ou lojas, todas iguais em
direitos e honras, e independentes entre si. Existem, no mundo,
aproximadamente 6 milhões de integrantes espalhados pelos 5 continentes. Destes
3,2 milhões nos Estados Unidos, 1,2 milhões no Reino Unido e 1,0 no resto do
mundo. No Brasil existem aproximadamente 150 mil maçons e 4.700 lojas.
O termo maçonaria é de origem francesa, e
significa construção. O termo maçom portanto é um aportuguesamento do
francês; maçonaria por extensão significa associação de pedreiros.
Para ser membro da maçonaria não basta a
autoproclamação, é necessário um convite formal e é obrigatório que o indivíduo
seja iniciado por outros maçons, e para se manter tem que cumpra com os
seus juramentos e obrigações, sejam elas esotéricas ou simbólicas, e que esteja
integrado em uma loja.
Para algumas pessoas, a maçonaria está
relacionada com o satanismo ou
outros grupos misteriosos como os illuminati. Apesar disso, essa relação não é
clara, não havendo provas concretas que comprovem essa associação.
Origem
da Maçonaria
Os primórdios da Maçonaria são obscuros, bem
como parte de sua história. Segundo a opinião quase unânime dos historiadores
sérios que a estudaram , sua origem é a mais verdadeira e verossímil: ela
descende de antigas corporações de mestres-pedreiros construtores de igrejas e
catedrais, corporações formadas na idade média.
O vocábulo Maçonaria ( em francês Maçonierie)
é derivado do francês maçon, pedreiro. Qual a relação entre o pedreiro e o
Maçon atual?
A Maçonarias apresenta duas fases: a primeira,
operativa, e a segunda especulativa. Na primeira, os seus componentes operavam
materialmente, eram trabalhadores especializados. A segunda fase é denominada
especulativa, de vez que os seus adeptos são homens de pensamento.
Desde a antiguidade, os construtores que
detinham conhecimentos especiais, constituíam uma espécie de aristocracia, em
meio das demais profissões. Formavam como que colégios sacerdotais. Na idade
Média, os construtores de catedrais e palácios eram beneficiados, por parte das
autoridades eclesiásticas e seculares com inúmeros privilégios tais como:
franquias, isenções, tribunais especiais, etc. Daí a denominação francesa de
franc-maçon traduzida como pedreiro-livre. A arquitetura constituía então, a
Arte Real, cujos segredos eram transmitidos somente àqueles que se mostrassem
dignos de conhecê-los. Havia entre aqueles construtores como que um Ideal, a
construção de uma obra suprema, mediante um trabalho constante. Seria o Templo
Ideal.
Os pensadores e alquimistas da época,
combatidos pelos espíritos menos esclarecidos, perseguidos, buscavam refúgio
entre os pedreiros livres, capazes de protegê-los pelos privilégios que tinham.
Eram alguns aceitos. Daí a denominação der Maçons Aceitos em contraposição a
Maçons Antigos, os construtores.
Claro que nem todos podiam ser aceitos.
Faziam sindicâncias e apenas alguns eram admitidos, porém depois de submetidos
a uma série de provas que constituíam a iniciação. Os iniciados juravam guardar
segredo dos ritos e respeitar as regras.
No séc. XVI, aumentou consideravelmente o
número de Maçons Aceitos, com predominância para os Rosa-Cruz ingleses, entre
eles, Elias Ashmole, alquimista, que ingressara com um grupo de amigos,
teólogos em 1646. A partir daí, por iniciativa dos novos membros, organizou-se
uma sociedade, cujo objetivo era a construção do Templo de Salomão, templo
ideal das ciências.
Elias Ashmole obteve permissão para que a
sociedade realizasse suas reuniões no Templo Maçônico. De pouco em pouco, os
elementos precedentes da Fraternidade Rosa Cruz (Instituição secreta que
presumidamente dedicava-se ao estudo do esoterismo, alquimia, teosofia e outras
ciências ocultas) passaram a preponderar na Maçonaria, introduzindo nela muito
de seus símbolos. Alteraram os rituais, sobretudo a parte referente à
iniciação.
Primitivamente havia na hierarquia maçônica
apenas os graus de aprendiz e companheiro, pois que o Mestre era somente o
encarregado da direção de uma construção.
Em 1964, foi criado o grau de Mestre por
Elias Ashmole, formando assim a base definitiva das hierarquia maçônica.
Posteriormente, a Maçonaria tomou grande impulso na Inglaterra quando operou-se
grande transformação orientada por Jacques Anderson, presbítero londrino,
diplomado em filosofia, e Desagulliers, de origem francesa, grão mestre inglês,
eleito em 1719. A partir de então passou a Maçonaria a desenvolver tendências
para instituição filantrópica.
Em 1723 foi aprovado o Livro das
Constituições maçônicas, revisto por Jacques Anderson. Sendo chamado de
Constituição de Anderson, tornou-se em pouco tempo a Carta da maior parte das
lojas. Propagavam uma doutrina sobretudo humanitária, deísta espiritualista,
aberta a todos os cristãos, qualquer que fosse a sua seita, e leal aos poderes
públicos.
A Grande Loja de Maçonaria foi criada na
Inglaterra em 1717, e unia as quatro lojas londrinas. O líder eleito era
conhecido como Grão-Mestre. Aberta a todos as crenças religiosas, a Maçonaria
se transformou em um receptáculo da filosofia das Luzes e depressa se estendeu
a todo o Continente europeu.
No final do século XVIII já existiam 700
lojas em França, compostas por grande quantidade de nobres e membros da classe
média e do clero, apesar dos Papas Clemente XIII e Bento XIV terem proibido a
maçonaria em 1738 e 1751.
Esta origem, ligada aos construtores da era
medieval explica o porque da simbologia maçônica estar toda ela relacionada ao
tema construção. Seus símbolos mais conhecidos, até mesmo pelo observador mais
desatento, são os instrumentos do pedreiro: o esquadro, o compasso, o prumo, a
régua, o nível, etc.
Todo Maçom está imbuído no propósito da
construção: construção do templo da virtude e da verdade, construção de si
mesmo, de seu caráter e de sua personalidade. Construção de um mundo melhor.
Maçonaria
no Brasil
Há um capítulo em branco na História do
Brasil, e esse capítulo é o que se refere à Maçonaria, presente em todos os
momentos decisivos e importantes de nossa pátria. Em torno da excepcional
contribuição da Maçonaria para a formação de nossa nacionalidade, é
inadmissível qualquer dúvida. De nenhum importante acontecimento histórico do
Brasil, os maçons estiveram ausentes. Da maioria deles, foram os elementos da
Maçonaria os promotores. Não há como honestamente negar que o Fico, A
Proclamação da Independência, a Libertação dos escravos, A Proclamação da
República, os maiores eventos de nossa pátria foram fatos organizados dentro de
suas lojas. Antes de tudo isso, já na Inconfidência Mineira, a Maçonaria
empreendia luta renhida em favor da libertação de nossa pátria. Todos os
conjurados, sem exceção, pertenciam à Maçonaria: Tiradentes, Thomas Antônio
Gonzaga, Cláudio Manoel da Costa, Alvarenga Peixoto, e até mesmo o Judas, o
traidor Joaquim Silvério dos Reis, infelizmente também pertencia à ordem.
Há que se ressaltar também a grande
contribuição de um maçom ilustre Francisco Antônio Lisboa, o Aleijadinho. Este
grande gênio da humanidade. Maçom do grau 18, Aleijadinho, autor de obras
sacras, fez questão de secretamente homenagear a Maçonaria em suas esculturas.
Ao bom observador e conhecedor da maçonaria, não passará despercebido, ao
conhecer a obra do grande mestre, detalhes, pequenos que sejam que lembram a
instituição maçônica. Os três anjinhos formando um triangulo, o triangulo
maçônico, tornaram-se sua marca registrada.
A própria bandeira do estado de Minas Gerais
foi inspirada na Maçonaria: o triangulo no centro da bandeira mineira é o mesmo
do delta luminoso, o Olho da Sabedoria.
A independência do Brasil foi proclamada em
22 de agosto de 1822, no Grande Oriente do Brasil. O grito de independência foi
mera confirmação. Ninguém ignora também que o Brasil já estava praticamente
desligado de Portugal, desde 9 de janeiro de 1822, o dia do Fico. E o Fico foi
um grande empreendimento Maçônico, dirigido por José Joaquim da Rocha, que com
um grupo de maçons patriotas, fundou o Clube da Resistência, o verdadeiro
organizador dos episódios de que resultou a ficada.
A libertação dos escravos no Brasil foi, não
há como negar, uma iniciativa de maçons, um empreendimento da Maçonaria. A
Maçonaria, cumprindo sua elevada missão de lutar pela reivindicação dos
direitos do homem, de batalhar pela liberdade, apanágio sagrado do Homem,
empenhou-se sem desfalecimento, sem temor, indefesamente pela emancipação dos
escravos.
Para confirmar estes fatos basta verificar a predominância extraordinária de maçons entre os líderes abolicionistas. Dentre muitos destacaram-se Visconde de Rio Branco, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Eusébio de Queiroz, Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Cristiano Otoni, Castro Alves, e muitos outros.
Para confirmar estes fatos basta verificar a predominância extraordinária de maçons entre os líderes abolicionistas. Dentre muitos destacaram-se Visconde de Rio Branco, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Eusébio de Queiroz, Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Cristiano Otoni, Castro Alves, e muitos outros.
A proclamação da República, não há dúvidas de
que também foi um notável empreendimento maçônico. O primeiro Ministério da
República, sem exceção de um só ministro, foi constituído de maçons. Mera
casualidade? Não. Ele foi organizado por Quintino Bocaiúva, que havia sido
grão-mestre.
Assim foi e tem sido a atuação da Maçonaria
com relação ao Brasil, sempre apoiando e lutando para a concretização dos
ideais mais nobres da pátria, comprometendo-se em favor da liberdade e condenando
as injustiças.
Origem
operativa:
A origem da Maçonaria moderna está nas Corporações de Ofício – espécies de sindicatos, na Idade Média. Especificamente, a corporação de pedreiros.
A palavra “Maçonaria” em francês,
“Maçonnerie”, é derivada do francês “maçon”, pedreiro. Ou, como preferem
alguns, do inglês “Masonry” (Maçonaria) e “mason”, igualmente, pedreiro.
Pode-se inferir que, seus primeiros
integrantes operavam, materialmente, em construções, obras – eram trabalhadores
especializados, construtores de Templos, de Igrejas, pontes, moradias etc., os
quais, desde a Antiguidade, detinham conhecimentos especiais e constituíam uma
espécie de aristocracia do trabalho. Eram os profissionais mais qualificados da
Europa, e mantinham as técnicas de seu ofício, em segredo.
Esta fase da Maçonaria é conhecida como
“Operativa”, porque seus membros trabalhavam em construções – eram obreiros.
Na Idade Média havia dois tipos de pedreiros:
o “rough mason”, pedreiro bruto que trabalhava com a pedra sem extrair-lhe forma
ou polimento, e o “free mason”, pedreiro livre, que detinha o segredo de como
polir a pedra bruta.
A Ordem Maçônica, atualmente Maçonaria
Especulativa, não inicia mulheres, pois tendo evoluído da Maçonaria Operativa,
adotou a antiga regulamentação que previa o seguinte (por entender que, a
mulher não é afeita ao trabalho árduo de pedreiro, ofício original dos
primeiros integrantes.
As corporações de pedreiros eram
constituídas, exclusivamente, por pessoas do sexo masculino: “As pessoas
admitidas como membros de uma Loja devem ser homens bons e de princípios
virtuosos, nascidos livres, de idade madura, sem vínculos que o privem de
pensar livremente, sendo vedada a admissão de mulheres assim como homens de
comportamento duvidoso ou imoral”.
Apesar da Constituição de Anderson (1723),
que é o marco inicial da Maçonaria Especulativa, não permitir a admissão de
mulheres, há algumas correntes maçônicas que admitem o fato como sendo um
princípio antigo.
No Egito e na Índia, pelas pinturas nas tumbas e pelos manuscritos do Antigo Egito, a esposa está presente quando o marido, como sacerdote, executa cerimônias.
No Egito e na Índia, pelas pinturas nas tumbas e pelos manuscritos do Antigo Egito, a esposa está presente quando o marido, como sacerdote, executa cerimônias.
Nas tradições das sociedades iniciáticas
antigas, tanto homens como mulheres de qualquer posição social e cultural,
podiam ser iniciados, e a única exigência era a de que deveriam ser puros e de
conduta nobre.
Porém, na Idade Média, (final do século XVI) havia restrições quanto ao ingresso da mulher na Maçonaria.
Porém, na Idade Média, (final do século XVI) havia restrições quanto ao ingresso da mulher na Maçonaria.
A Maçonaria, em 1730, na França criou o
movimento da “Maçonaria de Adoção”.
A Maçonaria de Adoção foi um fenômeno da
última metade do século XVII.
Uma Loja de Adoção era conduzida por uma Loja
Maçônica regular que promovia sessões especiais, no curso das quais as mulheres
eram admitidas em Loja e participavam de rituais quase maçônicos. Tais Lojas
foram particularmente bem sucedidas na França, onde houve uma revitalização da
Maçonaria de Adoção depois da Revolução e que continuou pelo século seguinte.
A própria imperatriz Josefina, esposa de
Napoleão Bonaparte, era a Grã-Mestra da Loja de Adoção Santa Carolina.
Atualmente, há Maçonarias mistas e também
femininas. Porém, a Maçonaria masculina, atualmente, conserva a regulamentação
– conforme reza a Constituição de Anderson, de não iniciar mulheres.
A
ideologia maçônica
Na sua Filosofia especulativa a Maçonaria
professa a autonomia da razão humana. Por conseguinte, o racionalismo e o
naturalismo estão na base do sistema.
Os textos oficiais das Lojas aceitam a
existência de um Deus (geralmente chamado ´´ O Grande Arquiteto do
Universo´´ pois este fato se pode
apreender pela razão. Está claro, porém, que não reconhecem revelação
sobrenatural; os dogmas, que exigem fé, assim como os milagres, são tidos como
produtos da imaginação humana: 'Não ficarás sabendo na Maçonaria senão
aquilo que tu mesmo tiveres encontrado’, promete um «Livro do Aprendiz»
maçônico, resumindo bem o dogmatismo da seita.
O Deus professado pela Maçonaria é o Deus dos
filósofos ditos «deístas» (Voltaire, Diderot, D'Alembert, principalmente): no
séc. XVIII uma corrente ideológica espalhou-se pela Inglaterra, a França e a
Alemanha, a qual reconhecia a existência de um Ser Supremo, mas afirmava pouco
ou nada saber a seu respeito, pois (como diziam os deístas) Deus não se
revelara. Uma consequência muito «cômoda» dessa atitude filosófica era que o
homem, na sua conduta de vida moral, embora não se professasse ateu, podia agir
autonomamente, pois o Ser Supremo praticamente não interferia no curso deste
mundo. Ora a Maçonaria adotou tal posição filosófica; praticamente essa
ideologia redunda em ateísmo, como comprovou a experiência: em muitas Lojas
contemporâneas o título «Grande Arquiteto do Universo» caiu em desuso ou é
simples fórmula destituída de significado real. Cada maçom pode interpretá-la a
seu bel-prazer, identificando-a, por exemplo, com uma noção um tanto vaga de
Verdade, de Bem, de Belo ou com o ideal da Civilização a ser implantada neste
mundo segundo os métodos maçônicos. — Assim a Maçonaria cultua, em última
análise, a Humanidade apregoada como um grande Todo, um Absoluto, a serviço do
qual se deve colocar todo cidadão. Tal culto é a religião universal e superior
que se imporá de maneira inelutável na era futura; para essa religião superior
é que convergem agora todos os homens (teístas, panteístas, politeístas) que se
queiram emancipar de seus hereditários ´´conceitos infantis´´ em demanda de um
progresso cuja divisa soa : ´´Nem Deus nem mestre´´.
Está claro que, à luz desta ideologia, as
noções de imortalidade da alma, vida futura e sanção póstuma se tornam muito
pálidas ou mesmo nulas.
A Moral maçônica
A maçonaria em si prega a filantropia e a
beneficência ou tolerância para com todos. Na realidade, porém, a seita não
rejeita o recurso ao furto, à conspiração dissimulada e ao assassínio, desde
que convenham aos planos maçônicos. A Maçonaria auxilia eficazmente os seus
membros, constituindo uma rede de proteção que, defendendo os interesses de
uns, pode ser extremamente nociva aos de outros cidadãos (totalmente
inculpados). Os historiadores, inclusive os maçons, reconhecem em geral que as
grandes campanhas contra as instituições cristãs e o clero têm sido
frequentemente fomentadas pela Maçonaria: assim a supressão de Ordens
Religiosas, de escolas católicas, a confiscação dos bens da Igreja, os
movimentos pró-divórcio, pró-laicização do ensino, dos hospitais, dos quartéis,
a campanha em favor da cremação de cadáveres, etc. Na segunda metade do séc.,
XIX as Lojas travaram uma luta cerrada contra a Igreja, principalmente nos
países de civilização latina (França, Bélgica, Itália, Portugal, América
Central e Meridional).
Em linguagem filosófica distingue-se entre
Teísmo e Deísmo. Aquele admite a ordem sobrenatural e a fé em verdades
reveladas por Deus, ao passo que o Deísmo nada reconhece além do que a razão
humana pode apreender.
Não obstante o seu racionalismo, a Maçonaria
apresenta (quase paradoxalmente!) um aspecto místico assaz acentuado. Segue um
ritual solene em que cerimônias simbólicas, sinais e emblemas ocorrem com
profusão, inspirados parte pelos ritos das antigas religiões orientais e gregas
de mistérios, parte pela Bíblia e o Cristianismo, parte pelos usos das
corporações medievais de pedreiros.
A adoção desse ritual na Maçonaria se explica
pelo fato de que no séc. XVIII, juntamente com o racionalismo, estavam muito em
voga as seitas ocultistas e a Cabala judaica, seitas que durante a Idade Média
se formaram amalgamando ideias e usos do esoterismo antigo. Por estranho que
isto pareça, o ocultismo, com a sua mística, se combina com o racionalismo,
pois também bajula o orgulho humano, prometendo uma sabedoria que eleve o
iniciado acima do comum dos mortais, ou suja, a quintessência da sabedoria de
todas as épocas e de todos os povos. Ademais o racionalismo estéril,
depauperante, e o misticismo aberrante, fantasista, são manifestações
congêneres da decadência do espírito e da cultura de uma época.
As cerimônias usuais na Maçonaria servem para
inculcar os princípios e as aspirações da seita. Três são os graus de
introdução na Loja: o do aprendiz, o do companheiro e o do mestre.
Aprendiz é o cidadão que, libertando-se da
servidão e da cegueira do mundo profano, abre os olhos para a «verdadeira luz»,
a da «Estrela chamejante» (paródia da estrela de Belém). Realiza assim uma
espécie de purificação intelectual e moral» dispondo-se a ser «um pensador e um
sábio».
A seguir, o candidato passa ´´ entre as duas
colunas (Boaz e Jakin), tornando-se companheiro. Estuda então assiduamente as
ciências e as artes liberais, preparando a sua divinização ´´ ou consumação na
Humanidade pura... É-lhe reconhecida a superioridade sobre todos os
profanos, assim como a serenidade característica dos que se aproximam da
perfeição (essa serenidade é simbolizada por um cubo entregue ao candidato;
note-se que o. cubo é uma figura que está sempre em pé, sempre igual a si
mesma).
Por fim, dá-se a elevação ou transfiguração
ou divinização do iniciado, que recebe consequentemente a dignidade de Mestre,
Este é considerado morto a todos os preconceitos e vícios do mundo profano e
regenerado para uma vida nova. Está pronto a tudo sacrificar, mesmo a vida, no
combate contra os poderes inimigos (a superstição, o fanatismo, o despotismo).
Como insígnia, é-lhe entregue uma prancheta de desenho, a simbolizar a tarefa
do maçom perfeito, que é a de construir o edifício da sociedade futura, numa
fraternidade universal e cosmopolita, emancipada de dogmas.
A iniciação nesses diversos graus se faz em
ambiente de mistério e terror mediante severos juramentos de fidelidade e
segredo, sob a ameaça de morte pela espada. Em algumas Lojas se acrescentam aos
ritos comuns práticas inspiradas pela alquimia e a magia.
Razões
das perseguições e intolerâncias
Podemos considerar que muitas coisas injustas
aconteciam numa época onde existia inquisição, e o homem de fato não era livre,
nem sequer tinha noção do que era liberdade e quem mandava eram reis,
ditadores e grande lideres religiosos e injustos, que temerosos de
perder seus poderes, tornaram-se amantes da espada e da guerra, sendo que até o
ano de 1821 queimavam pessoas em fogueiras.
Ainda hoje em 2011 estamos vendo pela Tv os
déspotas ditadores não querendo abrir mão de seus governos e mandatos, usando a
força dos exércitos contra a população cívil, dizendo que a culpa da mortes de
crianças e civís é dos rebeldes que querem tomar o poder; fazem isso para
conseguirem comover a população para que aceite que eles tem que permanecer no
poder.
A maçonaria cuida para que eles não voltem
nunca mais a oprimir a população; e faz isso sem uso de armas, somente pelo
apoio a democracia. Volta e meia, de um modo ou de outro eles e seu seguidores
tentam ressurgir, mas nós fazemos nossa parte em sigilo.
Lembramos que ainda hoje existem países que
por conta recomendações religiosas continuam apedrejar pessoas até a morte por
causa de leis para inibir o adultério e mutilam pessoas provocando horrores em
nome de guerra santa, etc., lembrando recentemente as que usam o terror como
fizeram em onze de setembro nas torres gêmeas. A maçonaria combate a
ignorância, pois todas essas atrocidades são cometidas por pessoas que teimam
em enxergar o mundo somente segundo sua ótica e interesses pessoais não
enxergando de fato outra possibilidade, e insistindo que seu ponto de vista é o
correto; isso chama-se intolerância.
Então, por favor, não estranhe alguns religiosos
de religiões e regimes de ditadores serem em parte avessos a
maçonaria, pois que ela sempre foi contra mentiras de algumas delas,
combateu filosoficamente o clero quando foi injusto e ajudou derrubar
ditadores; atuando sempre sem uso de armas, somente com inteligência sem privar
a liberdade do próprio homem enxergar seus erros por si mesmo.
Leitor tenha ideia de como a maçonaria foi e
é importante para manter a liberdade do ser humano e aproveitando para dizer
que os maçons nada tem contra religiões e políticos e sim contra os abusos de
qualquer parte e pessoa.
Em nosso meio maçônico já tivemos todo tipo
de autoridades maiores, inclusive Papas e principalmente chefes de estado,
ainda temos muitos padres, reis e Presidentes que cooperam junto a maçonaria
com seus graus maçônicos a bem da verdade.
A maçonaria foi justamente a responsável por
permitir que o homem fosse livre de verdade, depende-se de homens ignorantes a
mulher e o povo não seria nada, além de um objeto; mas a justiça é que, a
maioria dos homens são bons e junto desses, damos as mãos.
Por tanto, nossa origem é dessa Ordem
Maçônica, vinda da França respeitada pelas outras, e que se não foi mãe direta
de Potências conhecidas, foi responsável em parir o que se conhece como
Respeitáveis Grandes Lojas que se juntaram e são Unidas.
Sendo assim, se nossa Grande Loja Mãe
francesa não deu origem diretamente a todas maçonarias, inspirou-as com
ações e pensamentos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
E com essa virtude nascemos, hoje somos
Potência brasileira da maçonaria exclusiva de mulheres.
Sua iniciação será feita depois de cumpridas
etapas, incluindo reuniões de instrução que são sindicância para
conhecê-la melhor. Após isso, será instalada como membro de Triângulo
maçônico onde aguardará momento oportuno de ser iniciada numa de nossas Loja
maçônicas femininas; caso não exista Loja na sua cidade será iniciada em
outra, mas até isso acontecer será nossa afilhada e deverá frequentar
Triângulos maçônicos na sua cidade e onde mais puder ir.
Por
dentro do templo maçônico
Um passeio pela Grande Loja da Argentina de
Maçons Livres e Aceitos, com explicação para tudo que você veria lá dentro:
• ALTAR
Corresponde ao Santo dos Santos, o lugar mais
sagrado do antigo Templo de Jerusalém. A poltrona central é usada apenas pelo
venerável-mestre, que conduz os rituais.
•
COMPASSO E ESQUADRO
Remetem ao tempo em que os maçons eram
pedreiros. Por desenhar círculos perfeitos, o compasso representa a busca da
perfeição. Já o ângulo reto do esquadro sugere honestidade. A letra “G” vem de
God – “Deus” em inglês.
• SOL
E CÉU AZUL
São vários os significados atribuídos ao Sol
na maçonaria. Rente ao teto do templo, ele pode ser interpretado como
conhecimento e esclarecimento mental ou intelectual. O céu azul simboliza a natureza
e o Universo.
• CIÊNCIA,
JUSTIÇA E TRABALHO
Os 3 adultos à esquerda, neste quadro do
italiano Enrique Fabris, representam a ciência (ancião com a tocha da razão), a
justiça (mãe carregando o filho) e o trabalho (homem vigoroso com ferramentas).
A esfinge central refere-se à sociedade iniciática e o longo caminho a ser
seguido pelo homem na busca do conhecimento. O Sol simboliza a natureza,
presente em seus 4 elementos: água, fogo, ar e terra. Deles, apenas a água não
pode ser dominada pelo homem – daí o mar revolto no quadro.
• AVENTAL
Símbolo de trabalho, ele protege o maçom e
indica seu grau (na foto, Angel Jorge Clavero, grão-mestre da Loja Argentina de
Maçons Livres e Aceitos). As luvas, sempre brancas, significam pureza, retidão
moral e igualdade.
•
ESTRELA DO ORIENTE
Com 5 pontas, ela simboliza o homem em seus 5
aspectos – físico, mental, emocional, intuitivo e espiritual. Ao fundo,
observa-se a pirâmide com o olho que tudo vê, uma alusão a Deus.
• PISO
XADREZ
Representa povos do mundo unidos pela
maçonaria. Os triângulos e quadrados simbolizam a harmonia que pode existir na
diversidade. Também sintetizam os contrários: Bem e Mal, corpo e espírito.
Porque
a Maçonaria masculina não inicia mulheres
A Maçonaria não admite, por tradição, as
mulheres em suas Lojas como membros ativos. Mas, em muitas Lojas, têm a seu
cargo os trabalhos assistenciais da Oficina, e espalham a seu redor o carinho,
o amor ao próximo e todas as virtudes peregrinas que formam os dotes da
sensibilidade feminina.
A base da Instituição maçônica é a
fraternidade. Por isso reúne os homens em suas Lojas, nas quais reinam a moral,
a tolerância e a solidariedade.
Porém, a Maçonaria também dedica à família o
melhor de suas atenções. E embora a mulher não participe diretamente dos
trabalhos maçônicos, não se pode dizer que não lhes presta a sua colaboração,
pois, enquanto os maridos se dedicam aos trabalhos da Loja, as esposas se
constituem em guardiãs do lar e dos filhos.
Os Maçons tributam, portanto, à mulher não
somente o respeito que ela merece como mãe, esposa, irmã e filha, mas também
pela admiração a que tem direito por ser o ornamento da humanidade, na qual tem
exercido um grande papel civilizador e propulsor do progresso dos povos.
A Maçonaria masculina, mesmo não iniciando
mulheres, demonstra um grande respeito à energia feminina. Antes de 1893 a
filiação maçônica só era facultada aos adultos do sexo masculino. Naquele ano
uma Loja da França procedeu à admissão de uma mulher em seus quadros, episódio
que deu origem a Lojas Maçônicas mistas, que se reuniram e formaram a ordem mista
internacional “O Direito Humano”.
Posteriormente outras Lojas mistas foram
surgindo e hoje existe até mesmo Potência Maçônica feminina, como por exemplo,
nos Estados Unidos, a RainBow.
O fato vai aqui anotado como constante de que
a mulher passou a ter oportunidade de filiação em Lojas Maçônicas mistas ou
exclusivamente femininas, o que desobriga as lojas originalmente masculinas,
originárias das corporações medievais, de recebê-las em seus quadros, sem que
isso signifique discriminação de sexo, e sim um apego ao Antigo da Maçonaria…
Há,
basicamente, dois fundamentos para a Maçonaria não aceitar mulheres como
membros:
1º – a origem Operativa da Ordem;
2º – por ser, a Maçonaria, um rito solar (masculino).
Ritos masculinos e ritos femininos:
O grupo de primatas, do qual descendemos, provém de um tronco insetívoro. Esse grupo subdividiu-se: alguns se tornaram herbívoros e, outros, carnívoros.
Esses carnívoros tiveram que se lançar na
competição com outros animais terrestres e, tornaram-se melhores caçadores.
Começaram a utilizar instrumentos e aperfeiçoaram as técnicas de caça, com a
cooperação social. Diferentemente dos lobos, os hominídeos não se dispersavam
após o ataque – e, o grupo caçador era formado por machos.
As fêmeas estavam muito ocupadas em cuidar da
prole, e não podiam participar ativamente na perseguição e captura das presas.
Assim, o papel de cada sexo tornou-se diferenciado.
Socialmente, os machos aumentaram a
necessidade de comunicação e cooperação com os companheiros, e desenvolveram
expressões faciais e vocais – em seus grupos caçadores, exclusivamente formados
por machos.
Com o advento da agricultura e da
domesticação de vários animais, como cabras e ovelhas, os machos tiveram suas
funções caçadoras, diminuídas.
Essa falta, muito provavelmente, foi compensada pelo trabalho e por associações masculinas – proporcionando oportunidade para a interação entre machos e para atividades em grupo. Nessas associações, há um forte sentimento emocional de união masculina.
Essa falta, muito provavelmente, foi compensada pelo trabalho e por associações masculinas – proporcionando oportunidade para a interação entre machos e para atividades em grupo. Nessas associações, há um forte sentimento emocional de união masculina.
O mesmo não ocorre com as mulheres. Esses
grupos, associações, se preocupam com a união entre machos, que já existia nos
primitivos grupos de caçadores cooperativos – essas entidades exercem um
importante papel na vida de machos adultos, revelando a manutenção de instintos
básicos ancestrais.
Muitas mulheres ressentem-se quando seus
maridos saem para compartilhar sua masculinidade essencial – ou desejam fazer
parte dessas associações, o que é um equívoco, porque trata-se apenas da
necessidade moderna da tendência ancestral da espécie para formar grupos de
machos caçadores.
É interessante observar, que grande parte
desses encontros masculinos, termina com um jantar, um lanche, um banquete,
cervejinha, etc. – o sucedâneo da partilha da comida (caça).
Assim, mulheres e homens, geneticamente,
possuem necessidades diferentes. E, criaram-se mistérios masculinos e
femininos.
Para a mulher a maternidade, a comunhão com a
flora, etc. Para o homem, a caça, a guerra, a comunhão com a fauna. A mulher, a
Lua; o homem, o Sol.
Porém, para recriar os ciclos da Natureza, o
princípio feminino e o masculino juntam-se: diferentes, porém complementares.
A Maçonaria reverencia o feminino – seus
Templos apresentam o Sol e a Lua como símbolos: o positivo e o negativo.
O Sol e a Lua são símbolos herméticos e
alquímicos (ouro e prata). O Sol é a vida, o masculino – A Lua, sua
complementaridade, o feminino.
A Maçonaria é uma Ordem Solar (masculina), porém, os maçons, trabalham à noite, em suas Lojas, sob a energia feminina, equilibrando os dois polos.
A Maçonaria é uma Ordem Solar (masculina), porém, os maçons, trabalham à noite, em suas Lojas, sob a energia feminina, equilibrando os dois polos.
O Sol deve estar presente na decoração do
Templo, no teto, mostrando a Luz que vem do Oriente, com a Lua, que representa
a Mãe Universal que fertiliza todas as coisas.
A mulher é a formadora, a que reúne, rega e
ceifa – a Natureza do princípio passivo é reunir e fecundar. As forças da Lua
são magnéticas, opostas e complementares às do Sol, que são elétricas.
A Ordem, por ter uma origem muito, muito
antiga, respeita a diversidade entre as energias masculinas e femininas. Os
maçons usam três pontos dispostos em triângulo (. ’.), como símbolo – símbolo
solar, símbolo masculino.
Os Três Pontos têm uma origem bem antiga –
nos objetos celtas do século IX a. C e, muito antes, nas cerâmicas egípcias e
gregas. A tradição grega considerava o triângulo a imagem do céu.
Os Três Pontos traduzem a concepção piramidal
egípcia. Símbolo sexual masculino completo (pênis mais testículos). O sexo em
função procriativa. Procriação, que necessita do masculino e feminino.
Giz G. Huard que no seu famoso discurso,
datado de 21 de março de 1737, Ramsay justificou a exclusão das mulheres da
Maçonaria, alegando que a sua presença poderia alterar a pureza dos costumes.
Sabemos, no entanto, que os motivos são muito
diferentes e remontam aos alvores das sociedades humanas.
No que se refere propriamente à instituição
maçônica, convém ter na devida conta que, ao ser fundada a Maçonaria Moderna,
as suas reuniões se realizavam em tavernas, as quais, por mais seletas que
fossem não eram locais muito apropriados para as senhoras.
Além da tradição da arte dos pedreiros que
excluía as mulheres da profissão, os clubes, então em grande voga, só admitiam
homens que se reuniam entre si para tratar dos seus negócios. Os ingleses
sempre gostaram dos clubs only for man (clubes somente para homens) e a maçonaria
nasceu na Inglaterra.
Esta regra, contudo, não foi expressa em
palavras precisas em nenhum dos “Antigos Deveres” (Old Charges), embora todos
os regulamentos se refiram apenas a homens e muitos deles, de forma alguma,
poderiam ser aplicados a mulheres.
Os regulamentos corporativos proibiam o
emprego das mulheres na indústria, com exceção da viúva do mestre da oficina, e
mesmo de sua filha.
A exclusão da mulher, na Maçonaria operativa,
prendia-se, muitas vezes, ao fato de a mulher operária daquela época, ganhando
salário inferior ao homem, tornar-se uma concorrente tão poderosa quanto
nefasta, ou pelo menos assim julgava uma sociedade que vivia atrofiada pela
falta de mercados e de empregos.
Mas se a corporação deixava a mulher viúva ou
filha órfã, do mestre, continuar o negócio-privilégio do marido para poder
manter-se e aos filhos, não lhe permitia, contudo, aceitar aprendizes, por lhe
faltarem conhecimentos profissionais para instruí-los devidamente.
Sabe-se, porém, por meio das relações do
imposto de capitação, da existência de mulheres gesseiras, almofarizeiras, e
mais raramente pedreiras. Não obstante, Bernard E. Jones fala de várias viúvas
que faziam parte da Companhia de Maçons de Londres.
Somente em 1723, nas Constituições maçônicas
é que, pela primeira vez, a palavra “mulher” foi introduzida na lei. Diz-se, e
de maneira explicita, que “as pessoas admitidas como membros de uma Loja devem
ser homens bons e verdadeiros… e não escravos, nem mulheres etc.”
Eliane Brault em La F.M. et l’Émancip. des
Femmes (A Franco-maçonaria e a emancipação da mulher) expõe os motivos dessa
medida. Dizendo:
“Decretando desde a sua fundação que não
aceitaria senão homens livres e de bons costumes, a Maçonaria afastava os
mercenários (o termo proletário não existia ainda naquela época) como privados
de liberdade, os assalariados dependendo de um patrão, os judeus que não tinham
ainda conquistado os direitos de cidadãos, os comediantes e os artistas, que
não eram considerados como de bons costumes, já que o acesso à igreja lhes era
proibido; a fortiori era obrigada a afastar as mulheres, visto que as leis e os
costumes as mantinham em estado de menoridade e de subordinação”.
Estados maçons da América
Assim como muitos europeus, foi emigrando
para a América que a maçonaria atingir o seu potencial. Na verdade, o grande
"segredo" revelado no best seller de Dan Brown é consenso entre
historiadores: em nenhum país a maçonaria foi tão importante quanto nos EUA.
Para começo de conversa, os maiores
acontecimentos que marcaram a independência do país foram decididos em lojas
maçônicas. Em 1773, não foi de improviso que comerciantes jogaram caixas e
caixas de chá no mar, em protesto contra impostos extorsivos dos ingleses. A
"festa do chá" de Boston foi um evento organizado por irmãos.
Nove dos 55 homens que assinaram a Declaração
de Independência vinham da maçonaria, assim como um terço dos 39 que aprovaram
a Constituição. Benjamin Franklin era maçom convicto, e George Washington,
grão-mestre da Loja Alexandria, teria aparecido de avental cerimonial no
lançamento da pedra fundamental da nova cidade.
Por falar em capital, a cidade de Washington
é cheia de referências à maçonaria. Algumas são forçadas: encontram-se
compassos e estrelas no traçado das ruas de qualquer cidade - como é
esclarecido já no 6º dos 133 capítulos de O Símbolo Perdido. Outras são
explícitas: o tema "George Washington foi maçom" inspirou pinturas e
esculturas, marcando presença nas portas do Senado e no teto do Capitólio. Além
disso, como Robert Langdon confere ao longo de 12 horas movimentadas, a cidade
tem pelo menos 17 edifícios com arquitetura típica da ordem - uma mistura de
estilo grego e romano, sempre acompanhada de esquadros, compassos e letras G
(de God, "Deus" em inglês). Entre eles, a agora célebre Casa do
Templo (no original, House of the Temple), sede americana do Rito Escocês
Maçônico, cenário do prólogo e do clímax do livro.
Após o sucesso da independência americana, em
1776, a maçonaria passou a ditar o passo das mudanças do planeta. Ser maçom no
final do século 18 e no começo do 19 era muito cool: um clube que reunia as
mentes mais inquietas e influentes.
Trazendo liberdade, igualdade e fraternidade
no DNA, claro que a maçonaria estava na Revolução Francesa, em 1789. Os
principais líderes, Danton e Robespierre, não eram da ordem, mas a Marselhesa
foi composta na loja de Marselha. Em 1810, a maçonaria inspirou a criação da
Carbonária, sociedade secreta que buscaria a independência da Itália. Três
futuros libertadores da América, o chileno Bernardo O’Higgins, o venezuelano
Simón Bolívar e o argentino José de San Martín, frequentavam a mesma loja em
Londres, uma convivência que mudou um continente. "A maçonaria participou da
independência de todos os países da América do Sul", diz Andrew Prescott,
diretor de estudos da maçonaria da Universidade de Sheffield, na
Inglaterra.
O que inclui o Império Brasileiro, do início
ao fim. Em 1822, nossa independência de Portugal foi proclamada por um
grão-mestre, dom Pedro 1º. E a Proclamação da República, em 1899, foi feita por
outro, o marechal Deodoro da Fonseca. E os maçons continuaram atuantes durante
a nossa República Velha, chegando inclusive à Presidência, com Nilo Peçanha e,
na sequência, Hermes da Fonseca.
Mundialmente, a ordem viveu uma crise a partir da década de 1930, quando seus membros mais à direita (fascistas) e à esquerda (comunistas) não vestiam mais o mesmo avental. Aliás, os maçons também estão entre as vítimas do Holocausto - entre 80 mil e 200 mil irmãos morreram em campos nazistas.
Mundialmente, a ordem viveu uma crise a partir da década de 1930, quando seus membros mais à direita (fascistas) e à esquerda (comunistas) não vestiam mais o mesmo avental. Aliás, os maçons também estão entre as vítimas do Holocausto - entre 80 mil e 200 mil irmãos morreram em campos nazistas.
Nos anos 50, a ordem chegou a ter uma
filiação recorde nos EUA - até Fred e Barney, dos Flintstones, frequentavam uma
paródia da maçonaria, o Clube dos Búfalos D’Água. Mas, a geração seguinte, dos
babyboomers, não se interessou - as revoluções passaram longe das lojas.
"Mas, mesmo onde não voltou a ter a influência de antes, a maçonaria nunca
ficou irrelevante", diz o historiador alemão Jan Snoek, que pesquisa o
tema na Universidade de Heidelberg.
Maçom 24 horas
Tudo indica que uma ditadura mundial não está nos planos, mas não se engane: todo maçom tem uma agenda. Se não secreta, certamente lotada. Mas, para a maioria dos membros, compensatória.
As regras começam já na candidatura - geralmente
posterior a um convite de um maçom. Não basta ter fé em um deus e cromossomo
XY: é preciso ser maior de idade, ter endereço fixo e renda própria e declarar
seus motivos para fazer parte da ordem (dica: "Li sobre vocês na SUPER e
quis ver qual era" não vai levar longe). Se for casado, a patroa precisa
estar de acordo. Se for homossexual, de acordo com as regras, não entra.
Os maçons também pesquisam os amigos, o
emprego e a vida financeira e policial do irmão em potencial. Depois de
investigado por 6 meses a 1 ano, o nome é avaliado por toda a loja - e precisa
ser aprovado por unanimidade. Aí basta participar da iniciação e prometer não
revelar o que escutar - o tal pacto de silêncio da irmandade.
O iniciante é reavaliado com frequência, e
tem a obrigação de participar de uma reunião semanal, que ocupa uma noite
inteira em dia útil. Para faltar, só por causa de trabalho ou de estudo, vai
ser necessário pedir autorização.
Além disso, as lojas maçônicas da mesma cidade se visitam, e é aconselhável participar de alguns desses momentos de intercâmbio. Isso para não falar de viagens mais longas, no caso de visitas a maçons de outros estados. E, a cada 3 anos, é preciso se envolver na votação para grão-mestre, coordenada por um Tribunal Eleitoral Maçônico.
Além disso, as lojas maçônicas da mesma cidade se visitam, e é aconselhável participar de alguns desses momentos de intercâmbio. Isso para não falar de viagens mais longas, no caso de visitas a maçons de outros estados. E, a cada 3 anos, é preciso se envolver na votação para grão-mestre, coordenada por um Tribunal Eleitoral Maçônico.
Tem mais: cada loja cobra uma mensalidade
que, em São Paulo, gira em torno R$ 150. Motivo: toda loja tem um fundo de
amparo que cobre despesas inesperadas de irmãos. O fundo também funciona como
uma previdência paralela: viúvas de maçons recebem pensão mensal.
Nos fins de semana, os maçons ainda fazem
trabalho voluntário nas instituições mantidas pela ordem - na maioria dos
casos, creches e hospitais. Esse é o momento em que levar a esposa e os filhos
não só é possível como recomendável. "Chamamos as esposas dos irmãos
maçons de cunhadas e os filhos de sobrinhos", diz o aposentado baiano
Paulo Borges, maçom em Salvador há 15 anos. É comum que um irmão em dificuldade
seja socorrido a qualquer hora por outros maçons. Ótimo quando é você quem
precisa, mas significa que o celular precisa estar ligado o tempo todo.
Clube de vantagens
Os irmãos garantem que dá um gás na
autoestima: sentem-se parte de um clube exclusivíssimo, que seleciona seus
membros com rigor. "A sensação de ser aceito depois de meses de
investigação é muito boa. E a cerimônia de iniciação é um dos momentos mais
gratificantes e emocionantes da vida de um maçom", afirma o empresário
Adriano Aparecido Moraes, maçom há 19 anos, de Sorocaba. A loja aparentemente
até transforma o comportamento: "Eu era muito temperamental, agressivo.
Com a maçonaria, mudei", diz o baiano Paulo Borges.
Bonito, bonito. Mas, além das recompensas
psicológicas, há critérios mais palpáveis. "Não fosse a maçonaria, a gente
não teria acesso a diretor da Polícia Federal, a funcionário público do alto
escalão, a empresários que são possíveis clientes", diz Adriano. "Não
é privilégio, porque o maçom deve corresponder às expectativas profissionais.
Mas ajuda bastante, cria oportunidades."
Um maçom do Rio de Janeiro, que prefere se
manter anônimo, afirma: "Se o maçom é vendedor e o comprador da empresa é
irmão, ele vai ser atendido mais rápido. Conheço filhos de maçons que, graças
aos contatos do pai, conseguiram estágios em empresas com irmãos na
diretoria". E conclui: "Claro, o talento é o que consolida
profissionalmente, mas a maçonaria abre portas em todos os lugares".
Em uma grande metrópole, onde as relações de
poder são mais diluídas, as amizades da loja talvez não façam tanta diferença.
Mas imagine o impacto desses contatos em uma cidade pequena, em que o delegado,
o prefeito, o dono do jornal e o do supermercado são maçons. Na verdade, não
precisa nem imaginar: em São Vicente, praia no litoral paulista ao lado de
Santos, o ex-prefeito Márcio França disponibilizou um assessor maçom para
atender as demandas da ordem. França hoje é deputado federal e líder do
"bloquinho" (formado por PSB, PDT, PCdoB, PMN e PRB).
A influência também se dá em outras esferas
do Estado. Funcionários e pessoas ligadas à Petrobras se reúnem por todo o país
em lojas maçônicas chamadas Monteiro Lobato - que não era maçom, mas disse que
"o petróleo é nosso". Dizem que há dinheiro da empresa nisso, mas a
Petrobras não confirma o envolvimento com os "irmãos monterianos",
que fazem debates e ações junto a políticos em defesa do patrimônio
nacional.
Independentemente da ambição dentro da
estrutura da maçonaria, é preciso manter a linha. Barracos, bebedeiras,
adultério e prisões são inaceitáveis. "Temos o objetivo de fazer homens
bons ser ainda melhores e levamos essa meta muito a sério", diz o maçom
paulistano Fábio Amauchi, engenheiro de 37 anos. É esse conceito de
"homens bons" que explica a recusa de gays, por exemplo. "Não se
pode dizer que esse seja um bom costume", diz Fábio.
Secretos mais não discretos
"Os maçons já foram secretos. Ao longo
do século 20, passaram a se definir como discretos. Hoje, caminham para se
tornar uma sociedade civil aberta", diz o ex-maçom britânico Martin Short,
autor de Inside the Brotherhood, que critica a ordem.
No entanto, a abertura da sociedade secreta
mais conhecida do mundo incomoda alguns irmãos, que vêem a proliferação de
sites, jornais e revistas como um afastamento das origens. De fato, hoje já é
possível se candidatar a maçom por e-mail (apesar de que um convite pessoal é,
de longe, a forma mais garantida de entrar). Em seu site, a Grande Loja
Maçônica do Espírito Santo mantém uma Rádio Cultura Maçônica. E a página do
Grande Oriente do Brasil, seção Rio de Janeiro, oferece um tour virtual pelo Palácio
Maçônico do Lavradio.
"Não existem mais segredos na maçonaria.
Eles vêm sendo revelados lentamente", diz o historiador britânico W. Kirk
MacNulty, maçom há 4 décadas. "Se existe algum segredo, ele é individual,
intransferível - é a experiência dos rituais maçônicos. Como explicar o gosto
de uma laranja para quem nunca a comeu?", diz o pesquisador alemão
Snoek.Por outro lado, se faltam mistérios, sobram boatos.
Que tal uma bancada macônica? Um grão-mestre
garante que, nas últimas eleições para prefeitos e vereadores, a maçonaria no
estado de São Paulo fez campanha interna para que maçons votassem e apoiassem
candidatos maçons. Segundo ele, deu certo: a maçonaria teria emplacado 13
prefeitos e 54 vereadores - ele só não diz quem e onde. Pretendem fazer o mesmo
com deputados em 2010.
E esta é internacional: em Israel, a Grande
Loja de Tel-Aviv é um espaço de encontro de cristãos, judeus e muçulmanos.
Apesar de a maçonaria ser contra discussões políticas nos templos, todos ali
estão dispostos a encontrar soluções para os problemas milenares da região.
"Só em um local fechado e completamente sigiloso esse tipo de reunião
improvável pode acontecer regularmente", afirma o historiador alemão Jan
Snoek, que pesquisa o tema na Universidade de Heidelberg. Ou seja: se qualquer
plano de paz surgir daqui para a frente para resolver a questão entre israelenses
e palestinos, é possível que haja o dedo da maçonaria.
E o que os maçons acham de toda a curiosidade
em torno da ordem? Em conversas privadas, reclamam muito dos livros, filmes e
sites que prometem revelar seus segredos - de reportagens como esta também.
Argumentam que o tratamento é injusto e exagera aspectos menos importantes.
Nesse caso, a postura oficial é não se manifestar publicamente.
Mas há uma corrente do "falem mal, mas
falem de mim", da qual faz parte Christopher Hodapp, um americano ex-mestre
maçom e autor de livros sobre maçonaria, grato ao que Dan Brown e outros
fizeram pela ordem. "Tínhamos dificuldades para atrair novos membros.
Assim, o interesse é renovado", diz. "De certa forma, a divulgação
até ajuda, porque cria um fascínio que atrai muita gente para a ordem",
diz Adriano Moraes. "Enquanto o mundo externo se preocupa excessivamente
com detalhes pouco importantes, os verdadeiros mistérios estão bem
guardados."
Códigos secretos
A história de perseguição explica por que os
maçons desenvolveram códigos para se reconhecer no meio de outras pessoas. No
aperto de mão, por exemplo, um tocaria com o indicador no pulso do outro. Ao se
abraçar, eles colocariam um braço por cima, outro por baixo, em X, e bateriam 3
vezes nas costas. Mais uma forma de comunicação em lugares públicos seria ficar
em posição ereta e com wos pés em forma de esquadro.
Em seus textos, os maçons abreviam as
palavras usando 3 pontos em forma de delta. Exemplos: “Ir” é irmão, “Loj” é
loja. Hoje, boa parte desses segredos já virou de domínio público. Tanto que o
termo usado pelos maçons para se referir a Deus – Jahbulon, resultado da união
dos nomes Javé, Baal e Osíris – aparece em quase 30 mil páginas na internet.
Para ingressar na maçonaria, é necessário ter
ficha limpa, ser maior de idade e acreditar em um deus, seja ele qual for. O
candidato precisa ser convidado por um maçom e só se torna aprendiz após ser
aceito numa cerimônia de iniciação no templo, onde se compromete a não revelar
o que escutar ali dentro.
“Nossa meta é formar homens melhores,
ensiná-los a se libertar dos dogmas e a pensar por si mesmos”, diz o
grão-mestre argentino Jorge Clavero. “A maçonaria não é como um partido
político, que fixa posições. Ela atua na sociedade por meio de seus homens, silenciosamente.
O iniciado faz sua obra entre a família, os amigos e em seu local de trabalho.”
Degraus do conhecimento
No Brasil, o rito mais praticado é o escocês,
mas o de York prevalece no resto do mundo:
·
RITO ESCOCÊS:
1º grau - Aprendiz iniciado
2º grau - Companheiro de ofício
3º grau - Mestre maçom
4º grau - Mestre secreto
5º grau - Mestre perfeito
6º grau - Secretário íntimo
7º grau - Preboste e juiz
8º grau - Intendente dos edifícios
9º grau - Mestre eleito dos 9
10º grau - Mestre eleito dos 15
11º grau - Cavaleiro eleito dos 12
12º grau - Grão-mestre arquiteto
13º grau - Mestre do 9º arco
14º grau - Grão-eleito perfeito e sublime
15º grau - Cavaleiro do Oriente
16º grau - Príncipe de Jerusalém
17º grau - Cavaleiro do Oriente e do Ocidente
18º grau - Cavaleiro Rosacruz
19º grau - Grão-pontífice
20º grau - Mestre ad Vitam
21º grau - Patriarca noaquita
22º grau - Príncipe do Líbano
23º grau - Chefe do tabernáculo
24º grau - Príncipe do tabernáculo
25º grau - Cavaleiro da serpente de bronze
26º grau - Príncipe da mercê
27º grau - Comendador do templo
28º grau - Cavaleiro do Sol
29º grau - Cavaleiro de Santo André
30º grau - Cavaleiro kadosh
31º grau - Grão-inspetor inquisidor
comendador
32º grau - Sublime príncipe do real segredo
33º grau - Soberano grão-inspetor geral
·
RITO DE YORK:
Mestre de marca
Past master (virtual)
Mui excelente mestre
Maçom do real arco
Mestre real
Mestre eleito
Mestre superexcelente
Ordem da Cruz Vermelha
Ordem dos Cavaleiros de Malta
Ordem dos Cavaleiros Templários
A escalada na hierarquia
A estrutura da maçonaria tem a forma de duas
escadas que começam e terminam juntas. O 1º passo do candidato é se tornar
aprendiz. O 2º nível é o de companheiro de ofício e o 3º, de mestre maçom. Os 3
degraus iniciais são comuns ao rito escocês e ao de York. Depois disso, quem
quiser subir na hierarquia deve escolher entre os dois sistemas ritualísticos.
No escocês são 33 graus, enquanto o de York tem apenas 10. A história dos ritos
também é diferente: para muitos estudiosos da maçonaria, o ritual escocês foi
fundado na França por imigrantes que fugiam de perseguições. Já o de York
surgiu na cidade inglesa de mesmo nome, onde teria sido aberta a primeira loja
maçônica da Grã-Bretanha. No Brasil, o rito mais praticado é o escocês, mas
estima-se que 85% dos maçons em todo o mundo pratiquem o de York.Alguns
personagens importantes da tradição maçônica aparecem sobre os degraus desta
ilustração, publicada pela primeira na revista americana Life, em 1956. Entre
eles, o rei Salomão (indicando o caminho na base do rito escocês), que
construiu o 1º Templo de Jerusalém, e George Washington (no 20º grau do mesmo
rito, mestre ad Vitam), primeiro presidente dos EUA. Sob o arco estão as
organizações irmãs da maçonaria. Mestres maçons são aceitos na Grotto e na
Altos Cedros do Líbano. Meninas que têm um maçom na família podem ingressar na
Filhas de Jó ou na Ordem das Garotas do Arco-Íris; mulheres, na Estrela do
Oriente; e rapazes, na DeMolay. Apenas maçons de grau 32 e Cavaleiros
Templários podem entrar para o Shrine. E a mulher de um Shrine pode ser uma
Filha do Nilo.
18.
Grandes nomes da Maçonaria
GEORGE
WASHINGTON - 1732-1799
Foi o primeiro e único a exercer ao mesmo
tempo os cargos de mestre de uma loja e presidente dos EUA. Um terço dos
presidentes americanos foram da maçonaria.
AMADEUS
MOZART - 1756-1791
Um dos maiores compositores de todos os
tempos, ingressou na maçonaria a convite de Joseph Haydn, outro gênio da
música, membro de uma loja em Viena.
DOM
PEDRO 1º - 1798-1834
Chegou ao posto de grão-mestre no Brasil.
Deixou a maçonaria assim que foi declarado imperador e proibiu os trabalhos da
organização no país, temendo que seu poder fosse contestado.
WINSTON
CHURCHILL - 1874-1965
Primeiro-ministro britânico durante a 2ª
Guerra Mundial, foi iniciado em 1901, aos 26 anos de idade, na loja maçônica
Studholme, em Londres, quando já era parlamentar.
HUGO
CHÁVEZ - 1954
Iniciado por um guarda-costas, segue os
passos de outros maçons históricos que ele adora citar em discursos, entre
eles: Simon Bolívar, José Martí e San Martín.
NEIL
ARMSTRONG - 1930
O primeiro homem a pisar na Lua era maçom.
Ele teria vestido seu avental sobre o traje lunar durante a missão da Apolo 11,
mas não há provas de que isso realmente tenha acontecido.
Simbologia maçônica
O compasso e o esquadro reunidos tem sido
mais antiga bem como a mais comum representação da Instituição Maçônica. Tanto
se apresentou este símbolo compasso-esquadro, que ele é prontamente
reconhecido, até mesmo pelos profanos (pessoas não iniciadas na Maçonaria). É o
sinal distintivo do Venerável Mestre (Presidente da Loja) uma vez que
esotericamente representa a "Justa Medida".
A Justa Medida quer dizer em última análise a
Retidão. Faz lembrar aos maçons em geral e a cada instante que todo as suas
ações deverão ser plantadas com serenidade, bom senso e espírito de justiça.
Faz recordar o compromisso solene assumido pelo iniciado, de sempre agir dentro
de uma escola de perfeita honestidade e retidão.
O COMPASSO:
O Compasso é considerado um Símbolo da
espiritualidade e do conhecimento humano. Sendo visto como Símbolo da
espiritualidade, sua posição sobre o Livro da Lei varia conforme o Grau. No
Grau de Aprendiz, ele está embaixo do esquadro, indicando que existe, por
enquanto, a predominância da matéria sobre o espírito . A abertura indica o
nível do conhecimento humano, sendo esta limitada ao máximo de 90º, isto é ¼ do
conhecimento. A sua Simbologia ainda é muito mais variada, podendo ser
entendido como Símbolo da justiça, com a qual devam ser medidos os atos
humanos. Simboliza a exatidão da pesquisa e ainda pode ser visto como Símbolo
da imparcialidade e infalibilidade do Todo-Poderoso.
O ESQUADRO:
O ESQUADRO:
O primeiro instrumento passivo e companheiro
por excelência do Compasso é o Esquadro. Seu desenho nos permite traçar o
ângulo reto e, por tanto, esquadrejar todas as formas. Deste modo, é visto como
Símbolo, por excelência, da retidão. É também a primeira das chamadas Joias
Móveis de uma Loja, constituindo-se na Joia do Venerável, pois, dentre todos,
este deve ser o mais justo e equitativo dos Maçons. O Esquadro, ao contrário do
Compasso, representa a matéria; por isso é que, em Loja de Aprendiz, ele se
apresenta sobre o Compasso. Predominância da Matéria sobre o espírito.
A LETRA "G':
A LETRA "G':
É o
símbolo de Deus, o Divino Geômetra. Uma das razoes de ser tomada como símbolo
sagrado da Divindade, é que, com ela, a palavra Deus, se inicia em vários
idiomas. GAS, em Siríaco; GADA, em persa; GUD, em sueco; GOTT, em alemão; GOD,
em inglês, etc.
A
TROLHA Ou colher de pedreiro.
Trata-se de uma espécie de pá achatada com a
qual os Pedreiros assentam e alisam a argamassa. Sendo um instrumento neutro,
deve ser visto como um Símbolo da tolerância, com que o Maçom deve aceitar as
possíveis falhas e defeitos dos demais Irmãos. Pode ser vista, também, como um
Símbolo do amor fraternal que será, então, o único cimento que uniria toda a
Maçonaria. Desta forma, passar a Trolha, significa perdoar, desculpar, esquecer
as diferenças. Entendida desta forma, pode ser vista como Símbolo da Paz que
deve reinar entre os Irmãos.
O
Avental
É o símbolo do trabalho. É a parte principal
do vestuário maçônico, constituindo-se um dos símbolos mais importantes da
Maçonaria. Tem a forma de um retângulo, encimado por um triângulo; nos dois
primeiros graus são simples, sem enfeites ou adornos, e de tecido branco. Os
aventais dos demais graus, tem cor e desenhos variados, conforme os graus que
representa e conforme o rito adotado. O fundo, porém é sempre branco.
A Pedra
Bruta
Simboliza a inteligência do aprendiz maçom,
ainda rude, porque com os vestígios do Mundo Profano, está apenas iniciando sua
aprendizagem nos Mistérios da Maçonaria. As arestas desta Pedra Bruta cabe ao
aprendiz desbastar disciplinando, educando instruindo sua personalidade,
objetivando vencer suas paixões e subordinar sua vontade à prática do bem.
Assim a tarefa principal do Aprendiz consiste em trabalhar e estudar para
adquirir o conhecimento do simbolismo do seu grau e a sua interpretação
filosófica.
O MALHO E O CINZEL
Estas duas ferramentas servem para desbastar
a pedra bruta.
A primeira representa nossas resoluções
espirituais: é o cinzel de aço, que se aplica sobre a pedra com a mão esquerda
lado passivo, e corresponde à receptividade, ao discernimento especulativo
A segunda é a vontade executiva, o malho,
insígnia do mando, vibrado com a mão direita, lado ativo, relacionada coma
energia atuante e a determinação moral donde dinama a realização prática.
A PEDRA CÚBICA
Havendo o Aprendiz trabalhado na Pedra Bruta
como Malho e o Cinzel, transformando-a num cubo imperfeito, caber ao
Companheiro (Grau 2), polir este cubo com o auxílio do esquadro, do Nível e do
Prumo, tornando-a finalmente em pedra cúbica. Desbastadas as rudes arestas da
personalidade, ainda como Aprendiz, cabe agora, ao Companheiro disciplinar suas
ações através do conhecimento adquirido realizando contornos e nuances
delicadas em seus psiquismos, fazendo então, do seu "eu", um cubo
perfeito, a pedra polida que assim estará apta a ser utilizada na construção do
edifico do Templo, isto é, a humanidade Perfeita.
O MALHETE
É o instrumento de trabalho do Venerável
Mestre e dos Vigilantes (na hierarquia os dois cargos logo abaixo do Venerável
Mestre e que juntamente com ele dirige os trabalhos da loja)
Nada mais é que uma espécie de malho, e como
tal é símbolo da vontade, da força, do trabalho e da determinação. Um aspecto
fundamental na utilização deste instrumento é o do discernimento e lógica que
devem conduzir a vontade. Utilizando ao caso, com força apenas, ele passará a
ser um instrumento de destruição, incompatível com a Maçonaria.
O DELTA LUMINOSO
Também chamado de Triângulo Fulgurante,
representa na Maçonaria o Supremo Criador de todas as coisas, cujo olho
luminoso é o Olho da Sabedoria e da Providência, que observa tudo que vê e
provê. Ele simboliza também, os atributos da Divindade: Onipresença,
Onividência e Onisciência, que o verdadeiro maçom tem como lembrete divino de
sua suprema relevância para sua vida.
Não sendo efetivamente uma religião, a
Maçonaria compreende e reverencia todas as crenças e cada crente maçom pode ter
no Delta Luminoso a representação de todos os sentimentos de religiosidade.
Ele é como uma lembrança para uma advertência
permanente e solene, traduzida pela compreensão fraternal, que não procura
sobrepor a importância de qualquer religião em particular, as demais profissões
de fé.
Espiritualistas por princípio, sabem os maçons,
na interpretação do Triangulo Fulgurante, que há um Deus que tudo vê e por esta
razão entendem que uma oportunidade de fazer o bem que deixam escapar , é uma
eternidade que se lhes espera.
MAPA DA MINA
O centro histórico tem 33 quadras, número
mágico dos maçons.
DANDO BANDEIRA
DANDO BANDEIRA
A bandeira de Paraty tem 3 estrelinhas
"colocadas em forma triangular, lembrando a grande influência que a
maçonaria exerceu na história do município", diz a lei municipal de
1967.
GRANDES ARQUITETOS
GRANDES ARQUITETOS
Casas de maçons notórios receberam colunas na
entrada e decoração geométrica alusiva aos símbolos maçônicos e seus graus da
hierarquia.
AOS
TRIOS
Muitos cruzamentos possuem pilares de pedra
em só 3 das 4 esquinas, o que remete ao triângulo maçônico.
SÍMBOLO
DA CAPA DO LIVRO
Águia de duas cabeças
Símbolo antigo, usado por uma loja maçom pela
primeira vez em 1758.
Número 33
Número 33
É o grau mais alta que se pode chegar no Rito
Escocês.
Prática da conspiração
A lista de maçons poderosos ainda é grande.
Entre os 6 milhões de membros no mundo estão o presidente da Venezuela, Hugo
Chávez, o príncipe Philip, o premiê italiano, Silvio Berlusconi, e até Al Gore,
vice-presidente de Bill Clinton - um quase maçom, como você vê na página ao
lado. O fato de haver nos EUA muitos políticos e juízes membros da maçonaria é
explorado em O Símbolo Perdido: o vilão do livro ameaça colocar na internet um
vídeo que flagra a elite de Washington em rituais maçônicos - se não abalasse
os pilares da democracia, com certeza repercutiria no ´´ YouTube.´´
É inegável que a maçonaria ainda possui
membros influentes - o que não significa que ela ainda exerça influência. Um
exemplo prático vem do Reino Unido, onde, a partir de 1997 todos os maçons
trabalhando no sistema judiciário foram obrigados a declarar que eram membros
da ordem. O argumento era de que a lealdade dos irmãos à irmandade poderia
distorcer seu trabalho, e o público tinha direito de saber quem era maçom, para
poder acompanhar sua conduta a partir desse fato. Em 12 anos, "nenhuma impropriedade
ou má prática foi verificada por parte dos juízes pelo fato de eles serem
maçons", declarou o secretário de Justiça inglês, Jack Straw, ele mesmo um
apoiador da lei, que derrubou em 5 de novembro deste ano.
E quanto à Nova Ordem Mundial? Para quem não
está por dentro dessa teoria da conspiração, seria um governo único, que
comandaria todo planeta e que estaria sendo planejado por maçons - ou pelos
illuminati, ou pelos cavaleiros templários, pelo 4º Reich, enfim. Não há
informações sobre os últimos 3 grupos, até porque não consta que eles existam.
Isso é impedido pela própria forma como a maçonaria é organizada: as lojas
maçônicas são independentes, abrigam irmãos com pontos de vista muito
diferentes e não têm de onde tirar uma ação global coordenada. Ainda mais
secreta.
Na verdade, a grande mudança que espera quem
entra na maçonaria não é no mundo, mas na própria vida.
Segredos da Maçonaria
A Maçonaria é um dos grupos mais secretos e
controversos do mundo. Os maçons existem há séculos desde que se teve notícia
de sua existência, e provavelmente eles já existiam secretamente por mais tempo
ainda. Seja qual for a sua história, a especulação sempre foi um passatempo
agradável para descobrir os segredos mais escandalosos dos maçons.
Depois várias tradições e segredos passados
por gerações, fica difícil saber o que está desatualizado e que ainda é
praticado. Considere estas dez atividades maçônicas como fatos provisórias e
que não sabemos ao certo, mas é sempre um exercício interessante imaginar o que
poderia estar acontecendo nas nossas costas.
Eles não testemunham a verdade uns contra os
outros
Os maçons são orientados a não testemunharem
a verdade quando outro membro está em julgamento, inclusive admitem que podem
praticar o falso testemunho em juízo, mas para eles é um pecado muito maior não
proteger um dos membros da Maçonaria.
Eles
têm um aperto de mão secreto
Embora alguns membros negam ao público, os
maçons têm pelo menos um aperto de mão secreto. Supostamente, há até mesmo
frases maçônicas quem podem ser pronunciadas quando se enfrenta grave perigo,
fazendo com que os outros membros corram para o seu auxílio. Muitos acham que o
fundador do mormonismo, Joseph Smith era maçom também pois ele dissera uma
frase típica nos últimos momentos antes de sua morte.
: Oh, Senhor, meu Deus! Não há nenhuma
ajuda ao filho da pobre viúva?
A Maçonaria faz sacrifícios ou tem parte com
o diabo?
Não, estas mentiras foram inventadas na Idade
Média por setores tiranos da Igreja na época da Inquisição, com o intuito de
colocar o povo oprimido contra a Maçonaria, a única organização que o protegia
das perseguições do clero.
Desde sua origem, proclama a existência de um Princípio Criador, DEUS, sob a denominação de Grande Arquiteto do Universo.
É espiritualista; acredita na imortalidade da Alma e condena a discussão sectária de natureza política ou religiosa. Procurando unir a espécie humana pelos laços do amor fraternal, a Maçonaria cumpre a lei básica de qualquer credo religioso válido:
" Tens de amar o teu próximo como a ti mesmo" - MATEUS 22:39 e LEVÍTICO 19:18
Desde sua origem, proclama a existência de um Princípio Criador, DEUS, sob a denominação de Grande Arquiteto do Universo.
É espiritualista; acredita na imortalidade da Alma e condena a discussão sectária de natureza política ou religiosa. Procurando unir a espécie humana pelos laços do amor fraternal, a Maçonaria cumpre a lei básica de qualquer credo religioso válido:
" Tens de amar o teu próximo como a ti mesmo" - MATEUS 22:39 e LEVÍTICO 19:18
Eles têm várias senhas secretas
Este é um dos mais conhecidos fatos sobre os
maçons, mas a percepção geral é que eles tenham apenas uma senha. Na verdade,
existem várias senhas para diversas ocasiões e razões. Conta a história que a
única pessoa que tinha a última sílaba da senha secreta real foi assassinada
antes de revelar qual era, então eles a substituíram pela palavra “mor-bon-zi”,
mas apenas poucas pessoas conhecem e usam esta senha, ela geralmente é
utilizada para cerimônias. Outra senha é conhecida como “tu-bal-Caim” é a mais
comum e presente na ponta da língua de cada maçom.
Seus rituais envolvem um laço de forca
Nos rituais de iniciação, embora
descritos por maçons como belas cerimônias, incluem a presença de um
laço de forca. É difícil dizer se ela é utilizada apenas como uma ameaça, uma
chamada para manter o silêncio, ou simplesmente como o símbolo de um cordão
umbilical (como eles dizem), mas em qualquer caso é incomum o suficiente para
justificar sua utilização nos rituais.
Eles são obcecados pelo Sol
Os maçons acreditam que o leste simboliza o
renascimento. Eles cantam para o Sol, maravilhados com a
sua passagem através do céu. As lojas maçônicas tendem a
ser construídas no leste e no oeste, como uma tentativa de controlar a energia
solar para seus próprios propósitos.
Maçons não aceitam os ateus
É impossível tornar-se um maçom se você for
um ateu. O primeiro requisito é que os membros em potencial acreditem em um
poder superior de alguma forma. Você pode até mentir sobre isso, mas a religião
parece ser um ponto de honra entre eles. Por outro lado, os grupos
tradicionalmente excluídos na sociedade, como homossexuais, estão incluídos na
alvenaria desde que se comportem da mesma maneira moral como outros grupos. O
templo ainda exclui as mulheres, mas alguns grupos estão desafiando essa regra.
Seu símbolo está na nota de dólar
Se você já olhou atentamente para o dólar
dos EUA, você provavelmente já viu o Olho Que Tudo Vê acima da pirâmide.
Este símbolo é um símbolo maçônico, e a frase abaixo no Latim é um lema maçom,
que significa “nova ordem mundial”. Muitos dizem que a decisão de incluir este
símbolo maçônico não foi influenciado pelos maçons, mesmo Benjamin Franklin
sendo o único maçom no comitê de projetos, mas a coincidência continua
fascinando a muitos até hoje.
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