sexta-feira, 20 de março de 2015

Nazismo


 Biografia de Adolf Hitler

Nascido em 1889, na cidade austríaca de Braunau, Alta Áustria, Adolf Hitler era filho de Alois Hitler, funcionário aduaneiro. Sua mãe, Klara Hitler era prima de seu pai e foi até a casa de Alois para cuidar da sua mulher que já se apresentava adoentada e prestes a morrer. Depois de enviuvar-se, Louis decidiu casar-se com Klara. Para isso, teve que pedir permissão à Igreja Católica, que só liberou o casamento depois da gravidez de Klara.
Do matrimônio de Louis e Klara nasceram dois filhos: Adolf e Paula. Durante os primeiros anos de sua juventude, Adolf era conhecido como um rapaz inteligente e mal-humorado. Na adolescência, foi duas vezes reprovado no exame de admissão da Escola de Linz. Nesse mesmo período começou a formular suas primeiras ideias de caráter antissemita, sendo fortemente influenciado pelo professor chamado Leopold Poetsch.

A relação de Hitler com seus pais era bastante ambígua. À mãe, dedicava extremo carinho e dedicação. Com o pai tinha uma relação conflituosa, marcada principalmente pela oposição que Louis fazia ao interesse de Adolf pelas artes e pela arquitetura. Frustrado com o seu insucesso na sequência de seus estudos, Hitler mudou-se para Viena, aos 21 anos, vivendo de pequenos expedientes. Vivendo em condições precárias, mudou-se para Munique quando tinha 25 anos de idade.

Em 1913, partiu para Munique (Alemanha), a fim de enganar o serviço militar do seu país. O início da I Guerra Mundial, em 1914, fez com que Hitler resolvesse se alistar voluntariamente no exército alemão. Logo passou a ser cabo e, como fruto de suas feridas em combate, foi condecorado com a Cruz de Ferro.
Em setembro de 1919, Hitler afiliou-se ao Partido Trabalhista Alemão, onde rapidamente ganhou liderança ao conclamar seus correligionários à criação de uma grande Alemanha, à abolição do Tratado de Versalhes e à luta contra os judeus.
Em 1921, fundou o Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores, também chamado de Partido Nazista, do qual Hitler passaria rapidamente a ser o chefe absoluto.
Com o apoio do ex-militar Erich Ludendorff, Hitler liderou um golpe de estado conhecido como o putsch (golpe) da cervejaria de Munique. O movimento fracassou e Hitler foi condenado a cinco anos de prisão, dos quais cumpriu somente nove meses de pena. Durante este período escreveu Mein Kampf (Minha Luta), livro no qual, entre outros tópicos, apresenta sua visão da conquista do espaço vital alemão. Já em liberdade, em 1925, Hitler reconstruiu o partido e o preparou para a conquista do poder por via eleitoral.
Em 1933, Hindenburg nomeou Hitler chanceler da Alemanha. Imediatamente, Hitler, sob uma série de manobras políticas, tornou-se ditador e instaurou o III Reich. Destruiu o regime constitucional e o substituiu por um regime totalitário. Assim, estabeleceu o nacional socialismo como o único partido e realizou uma sangrenta repressão contra os dissidentes. A perseguição contra os judeus, iniciada coma as Leis de Nuremberg (1935), culminou com o extermínio de judeus europeus, ciganos, comunistas e homossexuais, fato que ficou conhecido como a Solução Final. Ao mesmo tempo, organizou uma avançadaindústria bélica, assim, armou fortemente a Alemanha e reativou sua economia.
Consolidado no poder, Hitler dedicou-se à execução do seu sonho político: a expansão do III Reich pela Europa. Depois da anexação da Áustria (1938), da invasão da Tchecoslováquia (1938) e o ataque à Polônia (1939), a França e o Reino Unido reagiram declarando guerra à Alemanha. Começava a Segunda Guerra Mundial.
O desenvolvimento inicial deste conflito foi favorável a Hitler, mas a partir de 1944, a guerra muda com o ataque alemão à União Soviética. Isto se deve a abertura deste flanco, à resistência soviética e ao desembarque das tropas aliadas na Normandia, levaram os alemães a contemplar sua derrota. Leia mais sobre a Batalha da Normandia.
Desde janeiro de 1945, quando a invasão aliada da Alemanha era só questão de tempo, Hitler e sua mulher, Eva Braun, se abrigaram no bunker da chancelaria de Berlin. No dia 30 de abril, no dia seguinte ao do seu matrimônio, Eva e Hitler 

Consequências que levaram a formação do Nazismo e o sentimento de Hitler para ascender a 2º Guerra

No começo do século XX, havia enorme tensão e rivalidade entre as grandes potências européias, como França, Inglaterra e Alemanha. Isso resultava em uma disputa por mercados e territórios em vários lugares do mundo.
Antes de 1914 teve origem a chamada paz armada: como o clima era tenso, as potências deram início a uma corrida armamentista prevendo uma guerra.
Além da corrida armamentista, alguns países também deram início a formação de alianças militares. A Europa, em 1907, ficou dividida em dois grandes blocos:
* Tríplice Aliança – formada em 1882, era composta inicialmente pela Áustria, Alemanha e Itália.
* Tríplice Entente – formada em 1907, como uma forma de resposta a Tríplice Aliança, era composta inicialmente pela Rússia, Inglaterra e França.
Em 1915 a Itália passou para a Tríplice Entente devido a uma rivalidade particular em torno das Províncias Irredentas, em que a maioria da população era italiana, mas pertencia a Áustria.
Momentos de crise
Duas grandes crises contribuíram para o acirramento das rivalidades internacionais:
Crise balcânica: No ano de 1908, a Áustria anexou a Bósnia-Herzegovina, o que contrariava os interesses da Sérvia que era apoiada pela Rússia. A Sérvia pretendia incorporar aquelas regiões e criar a Grande Sérvia. Os movimentos nacionalistas reagiram violentamente contra a anexação da Bósnia-Herzegovina. Havia um choque entre o nacionalismo da Sérvia com o expansionismo da Áustria (aliada da Alemanha). 
Crise de Marrocos: Entre 1905 e 1911, a França e a Alemanha quase entraram em guerra pelo controle de Marrocos. Para evitar uma possível guerra, a França cedeu aos alemães parte do Congo Francês em troca da posse de Marrocos.

Início da Primeira Guerra Mundial

O assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, e de sua esposa, na cidade de Sarajevo (Bósnia), em 1914 é considerado a causa imediata do início da Primeira Guerra Mundial. O assassino pertencia a uma organização secreta nacionalista da Sérvia, denominada Mão Negra, e que inclusive contava com o apoio do governo sérvio. A Áustria sabendo de tal apoio reagiu militarmente contra a Sérvia. Devido à política de alianças, outros países entraram na guerra.
Veja como ocorreu a sucessão de acontecimentos:
· 28 de julho: Áustria declara guerra à Sérvia
· 29 de julho: Devido a aliança com a Sérvia, a Rússia entra na guerra contra a Áustria e Alemanha.
· 1° de agosto: Alemanha declara guerra à Rússia, e posteriormente, à França.
· 4 de agosto: Com o intuito de atingir a França, os exércitos alemão e austríaco invadiram a Bélgica, que até então estava neutra no conflito.
· 5 de agosto: A invasão da Bélgica foi o pretexto para a Inglaterra entrar no conflito. Com a entrada das colônias britânicas, a guerra deixa de ser apenas européia, e se torna mundial.
Ainda em 1914, os japoneses declaram guerra aos alemães, pois tem interesse em territórios da Alemanha na China. A Turquia, devido aos ressentimentos com a Sérvia, entra na guerra ao lado da Tríplice Aliança. Nenhuma nação teve vitórias significativas sobre as outras em 1914. Houve um equilíbrio entre forças.
Já entre 1915 – 1917, a intensa movimentação de tropas deu lugar a uma guerra de trincheiras, onde cada lado visava garantir suas posições, evitando aproximações do rival.
Durante 1917 – 1918 houve a entrada de outros países no conflito. A marinha alemã afundou navios de nações que eram vistas como neutras, alegando que transportavam alimentos para os rivais. Esse foi o caso dos Estados Unidos, Panamá, Brasil, dentre outros. Houve dois destaques nessa fase: a entrada dos Estados Unidos na guerra e a saída dos exércitos da Rússia.

O fim da Primeira Guerra Mundial

O apoio fornecido pelos Estados Unidos aos seus aliados foi extremamente importante para a vitória da Entente e de seus aliados. Os recursos da Tríplice Aliança eram muito inferiores aos da Entente. No começo de 1918, as tropas da Alemanha ficaram isoladas e sem condição de sustentar o combate. No dia 11 de Novembro do mesmo ano, o governo alemão assinou um acordo de paz (armistício) em situação bastante desfavorável. Por exemplo, a Alemanha aceitava retirar todas as suas tropas de todos os territórios ocupados durante a guerra, devolver aos rivais materiais de guerra pesados e submarinos apreendidos e pagar indenizações pelos territórios ocupados.
O clima de patriotismo eufórico se tornou, em 1918, um clima generalizado de profunda desolação e desesperança.

Tratado de Versalhes

De todos os tratados impostos as nações derrotadas, o mais se destaca é o de Versalhes, que determina uma série de atrocidades a Alemanha. De acordo com o Tratado de Versalhes:
- A Alemanha é o único país responsável guerra.
- Perde as suas colônias para Inglaterra, França e Japão.
- Entrega todas as suas armas de guerra, de terra, mar e ar.
- Fica proibida de ter marinha ou aeronáutica. Sendo permitido apenas um pequeno exército constituído por voluntários.
- Paga uma indenização de aproximadamente 33 bilhões de dólares em dinheiro aos países vencedores.
Os alemães achavam as condições impostas pelo tratado injustas, humilhantes e vingativas. Anos mais tarde, essas imposições motivariam a volta do nacionalismo alemão.

Inicio da formação do Nazismo

Em 1917, a Rússia, comandada pelo socialista Lênin, derrubou o governo do Czar Nicolau II e instaurou uma nova forma de governo democrático: o comunismo. Os países que baseavam suas economias no capitalismo e na exploração do trabalhador se viram ameaçados. Uma onda de movimentos antidemocráticos surgiu no cenário mundial, com o intuito de conter o crescimento do comunismo. Na Itália predominava o fascismo; em Portugal, o salazarismo; na Espanha, o franquismo; e na Alemanha, o nazismo. A palavra nazismo vem de Nazi, que é a abreviação de Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, que de socialista não tinha nada. Seu líder chamava-se Adolf Hitler e o partido adotou como símbolo a “suástica”, uma cruz encontrada em diversas tribos.
A Alemanha tornou-se um país republicano em 1918, com a fundação da República de Weimar. Até então, a história do Império e do período de divisão imposto pelo Congresso de Viena impedira o desenvolvimento das estruturas democráticas.
Desde a fundação do II Reich, em 1871, a Alemanha conheceu um grande processo de desenvolvimento industrial, equiparando-se às grandes potências da época em vários setores da produção. Mas desde logo sofreu uma ruptura profunda no seu interior, entre uma classe formada pela alta nobreza e pela alta burguesia e uma classe trabalhadora que exigia também a participação no poder, o que lhe era veementemente negado.
A rendição militar e a profunda crise financeira abalaram profundamente as estruturas do país, possibilitando uma rápida polarização, que na prática fez com que a República nascesse destinada a morrer. Desde o final da Guerra a preocupação da maioria dos alemães foi encontrar um culpado para a derrota. A elite militar e empresarial, os meios de comunicação, radicalizaram seu discurso autoritário e preconceituoso, no sentido de propagar a idéia de não houve uma derrota militar, mas sim um ato de traição de grande parcela da sociedade, estimulada pelos partidos de esquerda e pelos agentes do capitalismo internacional, os judeus. Acusavam ainda a Paz de Versalhes pela situação de ruína do país, imposta pelas grandes potências e aceita pelos republicanos, apresentados então como os traidores da pátria.
Os conservadores de direita defendiam a reorganização da monarquia e os mais radicais propunham uma ditadura; enquanto que os grupos de esquerda criticavam as reformas republicanas como insuficientes. Desde o início caracterizou-se uma profunda polarização ideológica, com forte efeito sobre os grupos de centro e a maioria da sociedade, situação reforçada pelo constante e rápido agravamento da crise econômica.


ORIGEM DO PARTIDO NACIONAL SOCIALISTA

Desde o final da guerra, com a acentuada polarização entre forças de direita e esquerda, surgiram diversos agrupamentos políticos. Cerca de 70 desses grupos possuíam discurso fascista, culpavam os judeus, democratas, liberais e marxistas pela derrota na guerra.
O nome do Partido Nazista era "National Sozialistische Deutsche Arbeiterpartei" (N.S.D.A.P.) ou em português, Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. O nome socialista era usado embora fosse radicamente anti-socialista ou anti-comunista no sentido que hoje é entendido o socialismo-comunismo. O termo "National Sozialistische" que em alemão dá origem a "Nazismo" era utilizado como forma de se contrapor ao termo comunismo, ou internacional Socialista no sentido utilizado pelo marxismo. Em 1920 o grupo adotou o nome Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP) e definiu seu programa político, caracterizado pelo anti-semitismo, extremo nacionalismo e críticas ao capitalismo internacional. De um conjunto de 25 pontos do programa do partido, vários referem-se aos judeus, exigindo que sejam eliminados dos cargos públicos e da imprensa, exigindo uma legislação específica para os mesmos, que seriam comparados a estrangeiros. O discurso radical contra os judeus foi um dos fatores de atração sobre outros partidos de extrema direita e grupos anti-semitas; outro fator foi a capacidade retórica de Hitler e toda a encenação montada para seus discursos, e ainda a incorporação de grupos paramilitares, devido a suas relações privilegiadas com o exército.
No período de 3 anos o partido cresceu de forma significativa chegando a 55 mil filiados, sendo que parte significativa eram quadros da burocracia do governo, militares e elementos da alta burguesia que enxergavam o NSDAP como uma força significativa na luta contra os grupos de esquerda.O nazismo pode ser considerado uma forma extrema de fascismo, muitas vezes chamado de nazifascismo. Os vários tipos de fascismos se identificam enquanto anti-socialistas.
Hitler dizia que o termo "socialista" era uma palavra de origem alemã, correspondente a um modelo ideal de terras semi-coletivas, semi-privadas que existia entre os antigos povos germânicos do 1o Reich, e afirmava que Karl Marx, um judeu, havia "roubado" esta palavra para sua teoria subversiva, o comunismo. Foi justamente para diferenciar a sua proposta de novo modelo de sociedade do socialismo primitivo, que Marx criou o termo comunismo (enquanto estágio pós-socialista). Hitler defendia o retorno ao "socialismo" germânico do 1o Reich. Assim, na Alemanha, havia uma disputa retórica e linguístico-formal entre nazistas e comunistas em torno do uso e do significado do termo "socialismo" na língua alemã.


O PUTSCH DE MUNIQUE

Inspirado no movimento fascista de Mussolini na Itália, Hitler, em novembro de 1923, organizou um golpe a partir da cidade de Munique, tendo como pano de fundo a grave crise econômica no país, onde em 3 anos os preços dos produtos haviam se multiplicado por 1000. Apesar do fracasso do movimento, projetou o partido e suas ideias em nível nacional. No julgamento realizado em 1 de abril de 24 ficou claro que os juízes simpatizavam com as ideias de Hitler, atestando "um esforço sério" e um "espírito puro e nacional" em seus objetivos. Condenado a 5 anos de prisão, ficou detido por apenas 8 meses. Durante esse período deu início a sua obra "Mein Kampf", definindo sua doutrina. O número de votos do partido diminuiu nas eleições seguintes e Hitler foi proibido de discursar em várias províncias alemãs. No entanto perceberemos que estas consequências negativas se expressarão por um curto período. A partir de então o partido considera que é necessário conquistar o poder pela via legal, apesar de não abrir mão do uso da força. A institucionalização do partido foi marcada por sua presença cada vez maior nas associações já existentes na sociedade civil e pelo desenvolvimento do culto à personalidade, tendo a figura do Führer como o centro das atenções. Percebe-se a importância do "líder" na própria organização interna: organiza-se a juventude Hitleriana e não a juventude nazista.
Apesar de toda a propaganda exercida pelo partido, tanto dos conceitos anti-semitas, como da figura do líder, sua votação na década de 20 manteve-se constante. Até 1929, apesar da crise, setores da economia apresentavam sinais de recuperação, fruto dos investimentos de grupos norte-americanos. Essa situação modificou-se completamente após a crise de 29. De setembro de 29 para setembro do ano seguinte o número de desempregados triplicou
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A propaganda Nazista

De dois em dois anos nos deparamos com (desagradáveis, para alguns) programas políticos, seja no rádio, na televisão ou na internet. Candidatos segurando criancinhas no colo, beijando velhinhos, abraçando mendigos, prometendo melhorias na saúde, educação, transporte, lazer e cultura. O que poucos sabem é que essa prática se tornou comum na década de 30, da idade atual, na Alemanha, graças a Joseph Goebbels, ministro da propaganda no governo nazista de Adolf Hitler.
Nascido em 29 de outubro de 1897 na Renânia, Prússia, Goebbels lutou na Primeira Guerra Mundial (da qual foi dispensado por ter uma perna maior que a outra), o que lhe intensificou o espírito nacionalista. Hábil orador, em 1924 foi admitido no Partido Alemão Nacional Socialista. Fervoroso seguidor do partido, Goebbels se tornou o braço direito de Hitler. Quando o terceiro Reich foi estabelecido, foi nomeado Ministro da Propaganda.
Goebbels foi o responsável pela criação do mito “füher”. Cineasta, jornalista, literato e filósofo, possuía uma retórica única. Produzia filmes emocionantes divulgando o nazismo. Neles mostrava uma Alemanha melhor, próspera e feliz com a supremacia da raça ariana. Seus filmes estimulavam o preconceito étnico, a xenofobia, o patriotismo e o heroísmo e condenavam os judeus, alegando que eram culpados de acumular riquezas, explorando o povo. Segundo o escritor Roberto Catelli Junior: “A propaganda e os filmes não apenas criticavam os inimigos, mas também criavam modelos de comportamento a serem seguidos pelos alemães, como ser comedidos economicamente e evitar o luxo1.” Para consolidar suas ideias, Goebbels censurou toda a imprensa alemã, fechando jornais, editoras e emissoras de rádio e televisão. A propaganda de Goebbels surtiu efeito. Milhares de alemães filiaram-se ao partido e contribuíram para o Holocausto de Hitler, torturando e matando seus próprios compatriotas.
Autor de frases célebres como: “O ano de 1789 está, a partir daqui, erradicado da história (fazendo uma referência à Revolução Francesa, baseada na liberdade, igualdade e fraternidade)” e “Uma mentira dita cem vezes se torna verdade”, Goebbels, após o suicídio de Hitler e a derrota alemã na Segunda Guerra, assassinou seus seis filhos e se suicidou junto com a esposa, Magda Quandt.

A cruz suástica e o Nazismo

Na Alemanha, a suástica foi adotada primeiramente por organizações militares e nacionalistas, sendo transformada, a partir dos anos 30, em símbolo do Regime Nazista. Assim, tornou-se uma das maiores marcas da propaganda nazista, que era comandada por Joseph Goebbels e pregava que, devido à compreensão limitada do povo, os símbolos e slogans deveriam ser simples, fortes e repetidos à exaustão. Por esse motivo, a suástica era constantemente exibida em cartazes, bandeiras e demais manifestações.
Para Sirlei Gedoz, coordenadora do curso de História da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), a "utilização da suástica pelo Nazismo está ligada ao fato de que é um símbolo forte, sedutor e que cativa o olhar. Nesse sentido, servia aos propósitos da propaganda nazista de apelo às massas humanas". Além disso, a representação gráfica da suástica nazista transmite a noção de movimento, que significaria o progresso da nação alemã.

Também conhecida como Cruz Gamada, a suástica é um símbolo encontrado em muitas culturas, algumas das quais sequer tiveram contato entre si. "Sua origem se perde em tempos imemoriais. Pode-se apontar que vários povos ou civilizações fizeram uso dela: celtas, romanos, hindus (em sânscrito, significa 'aquilo que traz sorte'), índios navajos e maias¿, informa Sirlei.
Existem, inclusive, muitas representações gráficas da suástica. "Em outros povos, ela não era utilizada com formas geométricas retas, como no Nazismo, mas sim circulares. No Nazismo, o símbolo se apresenta em sentido horário, enquanto em outras culturas é anti-horário e mais esférico", relata a professora.

OS EFEITOS DA CRISE DE 29 e a escalada de Hitler ao poder.

O processo eleitoral de 1930 foi fortemente influenciado pelos efeitos da crise econômica. O Partido Nazista reforçou sua ação propagandística baseada no ataque aos "inimigos do povo alemão", numa referência principalmente aos judeus, ao mesmo tempo em que realizou ações concretas, como a doação de sopa aos pobres e manteve a violência de seu grupo paramilitar contra as associações e partidos de esquerda. Os nazistas procuravam reforçar a imagem de modernidade tecnológica, de decisão e de ativismo jovem.
Ao mesmo tempo as forças democráticas e republicanas entram em crise. Destaca-se cada vez mais a figura de Alfred Hugenberg, o magnata da imprensa alemã, representando a direita conservadora, responsável por forte oposição à república.

Nas eleições para a assembléia Nacional, assim como nas eleições nas províncias, o partido de Hitler amplia sua votação, em detrimento dos partidos políticos de centro. O poder estava nas mãos do marechal Hindenburg, monarquista tradicional que, com uma política dúbia, evita a ascensão de Hitler, mas ao mesmo tempo abre caminho para que os grupos conservadores se consolidem no poder. Essa política fica clara com a nomeação de Franz von Papen como chanceler, que organiza um ministério formado por nobres, sem filiação partidária, porém anti-republicanos. As principais medidas do novo governo permitem perceber sua política: Deposição do governo social democrata liderado por Otto Braun na Prússia, permissão para a reorganização da SA; dissolução do Parlamento e eliminação das convenções coletivas de trabalho.
Em 2 semanas ocorrem duas eleições para o Parlamento e von Papen não consegue maioria. A crise institucional mais uma vez beneficia Hitler e seu discurso antidemocrático. Em 30 de janeiro de 1933 o presidente Hindenburg entrega o poder a Hitler. Na prática essa foi a forma que os mais variados grupos conservadores, representando diversos setores da elite encontraram para preservar seus privilégios, recuperar o poder e instaurar um Estado autoritário. Não só a elite apoiou a ascensão do Führer, grande parcela da sociedade o fez, refletindo as incertezas da situação de miséria que se ampliava no país, como os efeitos da propaganda anti-semita, reforçada desde o final da Primeira Guerra.
Apesar de o contexto político, social e econômico ter favorecido a tomada de poder por Adolf Hitler, seus esforços no sentido de angariar apoio também foram cruciais para o alcance dessa posição dominante. Ao se aliar a personalidades políticas do regime de Weimar, o líder nazista conseguiu amplo poder de intervenção nas esferas administrativa, econômica, social e militar do Estado, estabelecendo uma posição diplomática importante na Europa.

Assim, as negociações e pactos políticos foram decisivos para que Hitler se convertesse em Führer (chefe do Estado), haja vista que, como vimos acima, ele foi nomeado chanceler sem precisar de uma eleição ou golpe de Estado, propriamente ditos.

Além disso, alguns historiadores também têm ressaltado a importância do apoio de grande parte da sociedade em relação ao nazismo. Segundo esses estudiosos, muitos alemães teriam endossado o governo de Hitler, sobretudo devido ao receio de uma tomada de poder pelos comunistas.
O consenso alemão em relação à emergência do nazismo também pode ser explicado pelo misticismo através do qual o ditador nazista revestiu sua imagem. Hitler representou-se a si mesmo, através da propaganda nazista, como um redentor do que chamava de “a raça alemã”. O uso de técnicas de persuasão pautadas na exaltação do orgulho nacional de forma emotiva e irracional contribuiu fortemente para o sucesso do chefe totalitário.

A Organização do Estado

A nova ordem — que, segundo Hitler, marcaria a Alema­nha por mil anos — estabeleceu-se no quadro de um Estado to­talitário fundado sobre o fanatismo nacional e o fervor racista.
A vanguarda dessa transformação era composta pelo Partido Nazista, partido único, diretamente dirigi­do pelo Führer, tendo como suplente Rudolf Hess e, depois de 1941, Martin Borman. O partido controlava a adminis­tração oficial e se apoiava sobre a poderosa SS, que possuía 500000 membros, comandados por Himmler, e que era também responsável pela polícia. Em 1936, Himmler criou a Gestapo, submetendo a Alemanha a um rígido controle.
A ação do nazismo rapidamente se estendeu sobre a po­pulação alemã, graças ao controle dos meios de informação e à propaganda, confiada a um ministro especializado: Gõebbels orientou a imprensa, o rádio, o cinema e a literatura em direção à nazificação. A juventude era considerada a mais séria garantia do regime: a educação deveria ser executada em favor do Estado e do partido; em 1935, oficializou-se o serviço militar obrigatório para todos os jovens, para o coroamento de sua formação ideológica. Da mesma forma, inú­meras medidas foram tomadas para unificar a classe trabalha­dora ao nazismo.
Paralelamente desencadeava-se uma grande luta contra os adversários do nazismo. O anti-semitismo oficial surgiu em 1933, quando os judeus foram excluídos da administração, do ensino, da imprensa e das atividades literárias e artísticas. Em 1935, as "leis de Nuremberg" privaram-nos de seus direi­tos civis, reduzindo-os à total marginalidade, proibindo-lhes o acesso a lugares públicos. Numerosos judeus abandonaram a Alemanha, mesmo perdendo seus bens. A partir de 1938, as violências se delineiam: formaram-se pogroms (ações contra os judeus), destruíram-se suas sinagogas e casas e proibiram-nos de deixar a Alemanha.
Outros adversários não foram poupados: Einstein e Thomas Mann foram obrigados a se exilar; milhares de obras li­terárias foram proibidas ou destruídas, obras de arte cubistas e impressionistas foram consideradas degeneradas e ex­cluídas dos museus. A partir de 1933, abriu-se uma centena de campos de concentração — Dachau, Buchenwald, Sachsenhausen etc. — onde os prisioneiros políticos eram subme­tidos a violências físicas e morais, foi o holocausto.
A luta anti-religiosa foi também inevitável. Com o Papa Pio XI foi assinada uma concordata que submetia os bispos a prestar juramento ao chanceler. Mas em 1937, através da encíclica Mit brennender Sorge, o paganismo nazista foi condenado. Uma constituição de 1933 unificou a Igreja lute­rana, da qual foi nomeado chefe o Dr. Müller, bispo do Reich; 500 pastores indisciplinados foram enviados para os campos de concentração.

A Doutrina Nazista

"Ein Volk, ein Reich, ein Führer": com esse slogan o nazismo estabeleceu o novo Weltanschauung.
A base da doutrina era o racismo. A palavra volk (no sentido literal, povo ou nação), exprime uma comunidade ra­cial fundada sobre o mesmo sangue, no mesmo solo. Os na­zistas postulavam a existência de uma raça superior, os aria­nos, cujos mais puros representantes, os germânicos, "povo senhor", tinham a missão de dominar o mundo.
Hitler insistia em exaltar as qualidades guerreiras dos antigos povos germâ­nicos e seu sentido de dever, disciplina, vontade e poder. Mas, segundo o Führer, essa raça pura estava ameaçada de contaminação pelas raças inferiores, arriscada à degeneração. Portanto era necessário eliminar as forças ruins que alteravam a pureza ariana: a ideologia liberal, a internacional marxista, a internacional católica, os judeus, o espírito crítico, o individualismo, o intelectualismo.
Era necessário fazer dos alemães um povo forte, pelo encorajamento da natalidade, da prática do esporte e sobretudo da formação racial da ju­ventude: "Todo sistema educacional, declara Hitler, deve vi­sar a dar às crianças a convicção de que são superiores aos outros povos". A raça alemã, purificada, poderia então empreender a conquista do "espaço vital" (Lebensraum — a Po­lônia e a Ucrânia) necessário à sua sobrevivência.
Ein Reich representava a expressão política do Terceiro Reich. "O novo império não se deve edificar sobre a base do país, mas sobre a base nacional e sobre o Partido Nazista, que une toda a nação alemã". O Terceiro Reich seria um Estado totalitário diante do qual se dissolveria o indivíduo: como o fascismo, o nazismo é antiparlamentar, antigualitário e antidemocrático.
O Estado deveria ser constituído por uma rigorosa hie­rarquia, e todas as decisões seriam submetidas à autoridade do Reichsführer, considerado absoluto e infalível. "Eu não possuo mais consciência, declara Gõering, minha consciên­cia se chama Adolf Hitler". No Terceiro Reich não havia outra lei senão a vontade do Führer, símbolo da Alemanha.

Militarização e recuperação econômica

Com a morte do marechal Paul Hindenburg em 1934, Hitler acumulou também a função de presidente. Sua política militarista tomava forma e as Forças Armadas passaram a prestar-lhe juramento como der Führer (líder ou guia). Em 1935, foram declaradas extintas as restrições militares do Tratado de Versalhes, introduzindo-se o serviço militar obrigatório no país. Restabeleceu-se assim a soberania militar do Reich.
A frágil República de Weimar (de 1919 a 1932) não durou o suficiente para que o sistema liberal-democrático fixasse raízes na sociedade alemã. O caos durante esse período deixou muitos alemães propensos à ditadura nacional-socialista. Os violentos conflitos internos, manifestados em sangrentas batalhas de rua entre adversários políticos, e o desemprego em massa abalaram a confiança do povo no Estado.
Hitler, porém, conseguiu dinamizar novamente a economia. Seu regime impôs uma combinação extremada de capitalismo e socialismo estatal, em que tanto os proprietários de grandes empresas como os operários se subordinavam ao controle do Estado e ao poder público totalitário. Dois planos quadrienais, iniciados em 1936, deram à economia um aspecto de guerra, com destaque para a produção de sintéticos.
Programas de geração de empregos e a produção de armas levaram à diminuição da multidão de desempregados. O fim da crise econômica mundial favoreceu tal política. Os judeus foram sendo excluídos da vida econômica, tendo seus bens confiscados em novembro de 1938.

Política externa nazista

No âmbito da política externa, Hitler também conseguiu, inicialmente, impor seus objetivos. A pouca resistência encontrada foi fortalecendo sua posição. Em 1935, a região do Sarre, até então sob a administração da Liga das Nações, foi reintegrada ao território nacional. Em 1936, as tropas alemãs invadiram a Renânia, zona desmilitarizada desde 1919. A assinatura de um pacto com o Reino Unido, em 1935, permitiu o rearmamento naval do país. Desmoronava, assim, todo o esquema de contenção da Alemanha armado pelos franceses após a Primeira Guerra Mundial.
A Guerra Civil espanhola, iniciada em 1936, motivou um confronto entre esquerda e direita. Enquanto o governo republicano foi apoiado pela União Soviética, os rebeldes franquistas tiveram ajuda da Itália e da Alemanha. Os dois países aliaram-se em outubro do mesmo ano no eixo Roma-Berlim.
Japão e Alemanha, por outro lado, haviam se unido no Pacto Anti-Komintern (contra a Internacional Comunista, fundada por Vladimir Lenin e pelo Partido Comunista da União Soviética em 1919). Com a adesão da Itália a este, em 1937, configurava-se a Tríplice Aliança, que se manteria até a Segunda Guerra.
O avanço para a formação do Terceiro Reich prosseguiu: em 1938, a Áustria foi anexada (Anschluss), representando a conquista de um dos primeiros objetivos que Hitler fixara no livro Mein Kampf(Minha Luta). As potências ocidentais permitiram que ele incorporasse ainda a região dos Sudetos, na então Tchecoslováquia, em 1939 – ano em que começou a Segunda Guerra Mundial.

A segunda Guerra Mundial

A Segunda Guerra Mundial ocorreu entre 1939 e 1945. Esse conflito envolveu um grande número de países que travaram uma guerra, em grande parte, em território europeu.

Entre os principais motivos que levaram a esse acontecimento estavam as intenções de aplicação de projetos de caráter expansionista de países como Alemanha, Itália e Japão. Tais nações desejavam alcançar a condição de potências hegemônicas e acreditavam que a forma para se conseguir tal feito era através da conquista de novos territórios.

A partir dessa ideologia, os países citados promoveram invasões a outros territórios com a intenção de anexá-los aos seus respectivos domínios. A Alemanha se apoderou de países próximos, como a Áustria e a Tchecoslováquia, em 1938. Em 1939, foi a vez da Itália, que conquistou a Albânia. O Japão invadiu diversos territórios na região do Pacífico.

A consolidação da guerra aconteceu somente em 1939, quando a Alemanha invadiu a Polônia. Com esse ato, imediatamente, Inglaterra e França saíram em defesa do país invadido, declarando guerra à Alemanha. Mais tarde, em 1941, a então União Soviética ingressou também no conflito pelo fato de ter sido invadida pelo exército alemão. Ainda no mesmo ano, os Estados Unidos entraram no conflito após receber um ataque aéreo japonês em sua base naval de Pearl Harbor.

O conflito ocorreu envolvendo dois grupos de países, denominados: Eixo e Aliados. O primeiro grupo era composto por Alemanha, Itália e Japão. Já o segundo, tinha como integrantes: França, Inglaterra, União Soviética, Estados Unidos, Brasil, entre outros.

Após muitos confrontos envolvendo os países do Eixo e Aliados, que teve a duração de anos, a guerra deu sinais de que iria terminar, pelo fato da rendição da Itália no ano de 1943. Dois anos mais tarde, Alemanha e Japão não suportaram e se rederam também, consolidando a derrota do grupo do Eixo. O Japão se rendeu após ter sido atingido por duas bombas atômicas, uma na cidade Hiroshima e outra em Nagasaki.

Elementos que causaram a segunda guerra mundial e a batalha de  Stalingrado

O regime de Hitler ambicionava criar um novo e vasto império cujo território unisse a Alemanha e o leste da Europa em um só país, um "espaço vital" (Lebensraum) para assegurar o crescimento germânico em termos populacionais e econômicos, com acesso a mais recursos naturais que os que existiam em solo alemão. Segundo os idealizadores do projeto de domínio alemão sobre Europa, tal império somente poderia ser construído através de uma guerra.
Depois de assegurar a neutralidade da União Soviética, através do Pacto de Não-Agressão Germano-Soviético de agosto de 1939, a Alemanha deu início à II Guerra Mundial ao invadir a Polônia no dia 1 de setembro de 1939. No dia 3 de setembro do mesmo ano, a Inglaterra e a França responderam à agressão com declarações de guerra aos alemães. Em um mês, a Polônia foi derrotada pela combinação das forças alemãs e soviéticas, e teve seu território dividido entre a Alemanha nazista e a União Soviética.
A relativa calmaria que ocorreu logo após a derrota da Polônia, terminou no dia 9 de abril de 1940, quando as forças alemãs invadiram a Noruega e a Dinamarca. Em 10 de maio daquele mesmo ano, a Alemanha iniciou uma série de ataques contra a Europa ocidental, invadindo os Países Baixos—Holanda, Bélgica, e Luxemburgo—que haviam assumido uma postura de neutralidade, e também ocuparam a França. Em 22 de junho de 1940, franceses colaboracionistas assinaram um tratado de cessar-fogo com a Alemanha, autorizando este último país a ocupar a parte norte da França, bem como a costa mediterrânea, e criando um regime pró-nazista no sul daquele país, com sede na cidade de Vichy.
Encorajada pela Alemanha, em junho de 1940 a União Soviética ocupou os países bálticos-- Lituânia, Letônia e Estônia--anexando-os formalmente à URSS. A Itália, como parte do “Eixo”, países aliados à Alemanha, aderiu à guerra em 10 de junho de 1940. Entre 10 de julho e 31 de outubro de 1940, os nazistas levaram a cabo uma intensa batalha aérea contra a Inglaterra, conhecida como a “Batalha da Inglaterra”, no fim da qual foram derrotados.
Após garantir sua posição na região dos Balcãs, através da invasão da Iugoslávia e da Grécia em 6 de abril de 1941, os alemães e seus aliados invadiram a União Soviética em 22 de junho de 1941, em violação direta aos termos do Pacto de Não-Agressão Germano-Soviético. Em junho e julho de 1941, os alemães também ocuparam os estados bálticos. O chefe de estado soviético, Joseph Stalin, opôs-se à Alemanha nazista e seus parceiros do “Eixo”, tornando-se a partir daquele momento um importante líder das forças Aliadas. Durante o verão e o outono de 1941, as tropas alemãs avançaram sobre o território soviético, mas a forte resistência oferecida pelo Exército Vermelho impediu que capturassem as cidades-chave de Leningrado (atual São Petersburgo) e Moscou. Em 6 de dezembro de 1941, as tropas soviéticas contra-atacaram, fazendo com que as forças alemãs saíssem definitivamente dos arredores de Moscou. Fazendo assim, que o poderoso exercito nazista fosse vencido, o que deu inicio ao declínio da Alemanha Nazista.

HOLOCAUSTO NAZISTA

O Holocausto foi uma prática de perseguição política, étnica, religiosa e sexual estabelecida durante os anos de governo nazista de Adolf Hitler. Segundo a ideologia nazista, a Alemanha deveria superar todos os entraves que impediam a formação de uma nação composta por seres superiores. Segundo essa mesma idéia, o povo legitimamente alemão era descendente dos arianos, um antigo povo que – segundo os etnólogos europeus do século XIX – tinham pele branca e deram origem à civilização européia.
Dessa forma, para que a supremacia racial ariana fosse conquistada pelo povo alemão, o governo de Hitler passou a pregar o ódio contra aqueles que impediam a pureza racial dentro do território alemão. Segundo o discurso nazista, os maiores culpados por impedirem esse processo de eugenia étnica eram os ciganos e – principalmente – os judeus. Com isso, Hitler passou a perseguir e forçar o isolamento em guetos do povo judeu da Alemanha.
Dado o início da Segunda Guerra, o governo nazista criou campos de concentração onde os judeus e ciganos eram forçados a viver e trabalhar. Nos campos, os concentrados eram obrigados a trabalhar nas indústrias vitais para a sustentação da Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Além disso, os ocupantes dos campos viviam em condições insalubres, tinham péssima alimentação, sofriam torturas e eram utilizados como cobaias em experimentos científicos.
É importante lembrar que outros grupos sociais também foram perseguidos pelo regime nazista, por isso, foram levados aos campos de concentração. Os homossexuais, opositores políticos de Hitler, doentes mentais, pacifistas, eslavos e grupos religiosos, tais como as Testemunhas de Jeová, também sofreram com os horrores do Holocausto. Dessa forma, podemos evidenciar que o holocausto estendeu suas forças sobre todos aqueles grupos étnicos, sociais e religiosos que eram considerados uma ameaça ao governo de Adolf Hitler.
Dentre os vários campos de concentração construídos pelos nazistas, existiram três que se destacaram:

Os três campos principais:

. Auschwitz I - Campo de concentração original que servia de centro administrativo para todo o complexo. Neste campo morreram perto de 70.000 intelectuais poloneses e prisioneiros de guerra soviéticos.
. Auschwitz II (Birkenau) - Era um campo de extermínio onde morreram aproximadamente um milhão de judeus e perto de 19.000 ciganos.
. Auschwitz III (Monowitz) - Foi utilizado como campo de trabalho escravo para a empresa IG Farben
O número total de mortes produzidas em Auschwitz-Birkenau está ainda em debate, mas se estima que entre um milhão e um milhão e meio de pessoas morreram ali.
Como todos os outros campos de concentração, os campos de Auschwitz eram dirigidos pela SS comandada por Heinrich Himmler. Os comandantes do campo foram Rudolf Hoess até o verão de 1943, seguiu-lhe Artur Leibehenschel e Richard Baer. Hoess deu uma descrição detalhada do funcionamento do campo durante seu interrogatório ao final da Segunda Guerra Mundial, detalhe que complementou em sua autobiografia. Ele foi executado em 1947 em frente da entrada do forno crematório de Auschwitz I.
Durante os anos de operação do campo, perto de 700 prisioneiros tentaram escapar do campo, dos quais 300 tiveram êxito. A pena aplicada por tentativa de fuga era geralmente a morte por inanição. Geralmente, as famílias dos “escapados” eram presas e "internadas" em Auschwitz para serem exibidas como advertência a outros prisioneiros.
Nos meses que antecederam o final da Guerra os guardas das SS transferiram os prisioneiros dos campos em trens, ou em marchas forçadas conhecidas como "marchas da morte", na tentativa de evitar que os Aliados os liberatssem. Conforme as forças Aliadas atravessavam a Europa, em uma série de ofensivas contra a Alemanha, elas começaram a encontrar e a libertar prisioneiros dos campos de concentração e aqueles que estavam sendo levados de um campo para outro. Estas marchas continuaram até o dia 7 de maio de 1945, o dia em que as forças armadas da Alemanha se renderam incondicionalmente aos Aliados. Para os Aliados ocidentais a Segunda Guerra Mundial terminou oficialmente na Europa no dia seguinte, em 8 de maio, o (V-E Day, o Dia da Vitória, no entanto as forças soviéticas proclamaram seu "Dia da Vitória" como 9 de maio de 1945.
Com o fim dos conflitos da 2ª Guerra e a derrota alemã, muitos oficiais do exército alemão decidiram assassinar os concentrados. Tal medida seria tomada com o intuito de acobertar todas as atrocidades praticadas nos vários campos de concentração espalhados pela Europa. Porém, as tropas francesas, britânicas e norte-americanas conseguiram expor a carnificina promovida pelos nazistas alemães.

Após o Holocausto muitos sobreviventes encontraram abrigo nos campos para deslocados de guerra (DP) administrados pelos poderes Aliados. Entre 1948 e 1951, cerca de 700.000 sobreviventes emigraram da Europa para Israel. Muitos outros judeus deslocados de guerra emigraram para os Estados Unidos e para outras nações, tais como o Brasil. O último campo para deslocados de guerra foi fechado em 1957. Os crimes cometidos durante o Holocausto devastaram a maiorias das comunidades judaicas da Europa, eliminando totalmente centenas destas comunidades centenárias.
Depois de renderem os exércitos alemães, seus principais líderes foram julgados por um tribunal internacional criado na cidade alemã de Nuremberg. Com o fim do julgamento, muitos deles foram condenados à morte sob a alegação de praticarem crimes de guerra. Hoje em dia, muitas obras, museus e instituições são mantidos com o objetivo de lutarem contra a propagação do nazismo ou ódio racial.
Outro fator que também ocorreu na Alemanha nazista foi o antissemitismo. Com a eclosão da Segunda Guerra, o antissemitismo se viu manifesto nas atrocidades, abusos e violências experimentados nos campos de concentração.
Com o passar deste conflito, a questão antissemita ganhou novos contornos com a criação do Estado de Israel, na região da Palestina. A ocupação feita pelos judeus a esse território acabou incitando a rivalidade contra os árabes palestinos que lá se encontravam antes da formação do Estado judaico. Nesse contexto, o ódio contra os judeus se assenta em argumentos que criticam a relutância de alguns grupos políticos em reconhecer a formação de um Estado Palestino e os recorrentes conflitos na região.



O FIM DA ALEMANHA NAZISTA

Mesmo diante das derrotas tanto na frente oriental contra a União Soviética quanto na Frente Ocidental contra a Inglaterra e Estados Unidos, a Alemanha nazista não se rendia, a imprensa de Goebbels afirmava que apesar das atuais derrotas, a vitória final seria da Alemanha. Tribunais nazistas obrigaram a população civil a lutar. Em 25 de abril de 1945, Berlim estava totalmente cercada pelos soviéticos. Em 30 de abril, Hitler e sua mulher Eva Braun, cometeram suicídio no Führerbunker, o bunker de Hitler em Berlim, mesmo assim, Hitler não demonstrou arrependimento ou descrença na ideologia nazista, tendo afirmado em seu testamento:
Eu encarrego os líderes deste país e seu povo a resistir implacavelmente ao envenenador universal de todas as nações, o povo judeu internacional.
Hitler separou seu cargo de Führer em Chanceler, que se tornou Josef Goebbels e Presidente que se tornou Karl Donitz. Em 1 de maio Goebbels e sua família também cometeriam suicídio. No dia 8 de maio de 1945, ocorreu a rendição incondicional da Alemanha, no que é considerado o Dia da Vitória na Europa, embora os partidários do nazismo continuassem lutando por mais uma semana.
Os acusados nos bancos dos réus nos Julgamentos de Nuremberg. Hermann Göring pode ser visto na borda esquerda na primeira fila de bancos.Entre os anos de 1945 e 1946, instalou-se em Nuremberg um tribunal militar internacional, que condenou os principais líderes nazistas por crimes contra a humanidade, onze deles foram condenados à morte por enforcamento, o principal alvo do Ministério Público foi Hermann Göring considerado o mais importante sobrevivente oficial do Terceiro Reich. A morte de Hitler e a queda da Alemanha nazista não significou, todavia o fim da ideologia nazista, visto que esta sobrevive até os tempos atuais, mas representou o fim das pretensões hegemônicas da Alemanha.
Divisão da área da cidade de Berlim.Em Janeiro de 1946 o Conselho de Controle dos Aliados dividiu a Alemanha em 4 zonas controladas pelos países vitoriosos Estados Unidos, Reino Unido, França e União Soviética, esses países governaram a Alemanha de 1945 até 1948. Ocorreram detenções maciças, contabilizando somente nas zonas ocidentais cerca de 182.000 prisioneiros, dos quais em 1 de Janeiro de 1947 aproximadamente 86.000 foram libertados.

O Diário de Anne Frank

Anne nasceu na Alemanha em 1929. Seu verdadeiro nome era Annelies Marie. Era a segunda filha do casal Otto e Edith Frank. Sua irmã, Margot, era quatro anos mais velha. Quando tinha apenas 13 anos Anne mudou-se para a Holanda após a ascensão dos nazistas ao poder na Alemanha. Foi nesta altura também que lhe foi oferecido um diário onde Anne escreveu a sua trágica história. (Que passaremos a explicar melhor a seguir).
No mês de Julho de 1942, a família Frank recebeu a notícia de que seria obrigada a se mudar para um campo de trabalhos forçados. Para fugir desse destino, a família transferiu-se para um esconderijo no prédio onde funcionava o escritório do pai.
Para deixar a impressão de que haviam fugido apressadamente, Anne e seus familiares deixaram o apartamento todo desarrumado. Além disso, o pai deixou um bilhete, tratava-se de uma pista falsa com o intuito de levar os nazistas a acreditarem que a família estava tentando viajar para a Suíça.
O prédio comercial onde Anne e sua família se esconderam tinha dois andares, com escritórios, um moinho e depósitos de grãos. O esconderijo consistia em alguns cómodos num anexo que ficava nos fundos do prédio. Para disfarçar o esconderijo, uma estante de livros foi colocada na frente da porta que dava para o anexo.
 Assim começou o quotidiano do esconderijo onde vivia com os pais, a irmã e mais quatro pessoas. Foram 25 meses de medo. A tensão era enorme para manter o silêncio absoluto durante o dia. A fábrica funcionava normalmente, e somente alguns empregados sabiam do anexo. Por isso, as pessoas só podiam andar de cócoras, descalças, ficar sentadas e sussurrar. Apenas uma escada e uma estante as separavam do resto do armazém.
Na montagem do esconderijo, Otto Frank contou com a ajuda dos quatro funcionários em quem mais confiava: Victor Kugler, Johannes Kleiman, Miep Gies e Bep Voskuijl. Estes mais o pai de Johannes e o marido de Miep eram os únicos que sabiam da existência do esconderijo.
Na manha de 4 de Agosto de 1944, a polícia nazista invadiu o esconderijo, cuja localização foi descoberta por um informante que jamais foi identificado.
Anne Frank e sua família foram mandadas para o campo de Auschwitz, na Polónia. Mais do que um campo de concentração, era também um campo de extermínio. Idosos, crianças pequenas e todos aqueles que fossem considerados inaptos para o trabalho eram separados demais para serem exterminados de imediato.
Junto com as outras prisioneiras seleccionadas para o trabalho forcado, Anne foi obrigada a ficar nua para ser "desinfectada", teve a cabeça raspada e um número de identificação tatuado no braço. Durante o dia, as prisioneiras eram obrigadas a trabalhar. À noite elas eram reunidas em barracas geladas e apertadas. As péssimas condições de higiene propiciavam aparecimento de doenças.
Anne morreu com apenas 15 anos de idade, poucos dias depois de a sua irmã ter morrido. Os seus corpos foram colocados numa pilha de cadáveres e então cremados.
Em julho de 1945, a Cruz Vermelha confirmou as mortes de Anne e Margot. Foi entre que Miep Gies entregou para Otto Frank o diário que Anne havia escrito. Otto mostrou o diário à historiadora Annie Romein-Verschoor, que tentou sem sucesso publica-lo.
O diário finalmente foi publicado em 1947.


A noite dos ´´ Cristais´´

Em 9 de novembro de 1938, sinagogas foram incendiadas em toda a Alemanha. Polícia e bombeiros foram impedidos de agir pelo governo nazista.

Aquela que ficaria conhecida no próprio jargão nazista como a "noite dos cristais quebrados" marcou o início do Holocausto, que causou a morte de seis milhões de judeus na Europa até o final da Segunda Guerra Mundial.

A "Noite dos Cristais" (Kristallnacht ou Reichspogromnacht), de 9 para 10 de novembro de 1938, em toda a Alemanha e Áustria, foi marcada pela destruição de símbolos judaicos. Sinagogas, casas comerciais e residências de judeus foram invadidas e seus pertences destruídos.


A grande queima de Livros

O dia 10 de maio de 1933 marcou o auge da perseguição dos nazistas aos intelectuais, principalmente aos escritores. Em toda a Alemanha, principalmente nas cidades universitárias, montanhas de livros ou suas cinzas se acumulavam nas praças. Hitler e seus comparsas pretendiam uma "limpeza" da literatura.
Tudo o que fosse crítico ou desviasse dos padrões impostos pelo regime nazista foi destruído. Centenas de milhares de livros foram queimados no auge de uma campanha iniciada pelo diretório nacional de estudantes.
Albert Einstein, Stefan Zweig, Heinrich e Thomas Mann, Sigmund Freud, Erich Kästner, Erich Maria Remarque e Ricarda Huch foram algumas das proeminências literárias alemãs perseguidas na época.
O poeta nazista Hanns Johst foi um dos que justificou a queima, logo depois da ascensão do nazismo ao poder, com a "necessidade de purificação radical da literatura alemã de elementos estranhos que possam alienar a cultura alemã".
Assim como desde a pré-história se acreditava nos poderes purificadores do fogo, o regime do mestre da propaganda – Joseph Goebbels – pretendia destruir todos os fundamentos intelectuais da por ele tão odiada República de Weimar.


O que são SS:

SS é a abreviatura de Schutzstaffel, o termo alemão que em português significa "esquadrilha de proteção". Foi fundada em 1925, com o fim de proteger Hitler e os dirigentes nacional-socialistas.
A partir de 1929 evoluiu, com H. Himmler, até se transformar numa formação elitista. O Reichsführerda SS exigia que os seus membros demonstrassem a sua ascendência ariana até 1750, com a finalidade de criar uma ordem de combatentes de "raça pura". O eleito, de acordo com os princípios físicos de seleção, devia prestar juramente de fidelidade à pessoa de Hitler.
Estas condições predestinaram a SS para cumprir tarefas relativas à segurança e ao domínio do estado, como instrumento do terror na concretização de objetivos específicos do nazismo.
SS também pode ser a sigla que corresponde a "Serviços Secretos", sendo departamentos também conhecidos como serviços de inteligência, que fazem parte de vários governos. Esses serviços têm como objetivo recolher e interceptar informações importantes para o governo para o qual trabalha, para a proteção do Estado em questão de possíveis ameaças internas ou externas. Os SS muitas vezes usam espionagem para cumprirem os seus objetivos.


Hitler incentivou a criação do fusca

Criado no início da década de 30 por Ferdinand Porsche, na Alemanha, a pedido de Adolf Hitler, o Fusca — batizado originalmente de Volkswagen, ou “Carro do Povo”, em alemão — foi concebido para ser equipado com um motor de dois cilindros e refrigeração a ar. Com um rendimento péssimo, o veículo foi aprimorado e, em 1935, o “Carro do Povo” já havia sido batizado como Volkswagen Sedan.
Em 1939, com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, o Volkswagen virou veículo de guerra — a refrigeração a ar facilitava até travessia de desertos. Porém, ao final do conflito, com a fábrica destruída e sem utilidade para fins militares, o modelo quase foi à falência. O inglês Henry Hirst foi o responsável pela retomada da produção no período pós-guerra.
No Brasil, os primeiros modelos importados chegaram no início dos anos 50 e o fusca só começou a ser produzido no país em 1957. Desde cedo o sedan ganhou o apelido, mas somente em 1984 a Volkswagen do Brasil adotou definitivamente o nome Fusca. Dois anos depois, em 1986, o automóvel deixou de ser fabricado no país.
Em 1993, a pedido do então presidente Itamar Franco, o carro voltou à linha de produção. Porém, três anos depois o veículo saiu novamente de linha.



LISTA DE FILMES SOBRE O NAZISMO
Olga (2004)
O Pianista (2002)
Noite e Neblina (1955)
O Menino do Pijama Listrado (2008)
O Diário de Anne Frank (1959)
Cinzas de Guerra (2001)
O Trem da Vida (1998)
A Vida é Bela (1997)
Bent (1997)
A Lista de Schindler (1993)






Referencias





CURIOSIDADES SOBRE O NAZISMO E SEUS PARCEIROS



EXERCÍCIOS SOBRE O NAZISMO



VIDEOS NAZISTAS









GUERRAS MUNDIAIS 

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1º  http://www.seriesnaweb.com/guerras-mundiais-episodio-1-history-channel/


2° http://www.seriesnaweb.com/guerras-mundiais-episodio-2-history-channel/


3° http://www.seriesnaweb.com/guerras-mundiais-episodio-3-history-channel/