segunda-feira, 17 de março de 2014

História da Química

HISTÓRIA DA QUÍMICA




1- QUÍMICA NA PRÉ-HISTÓRIA
                                    
A química pode ser definida como a área da ciência que estuda as alterações e transformações sofridas pela matéria. Mas para dizermos qual foi o real momento em que o ser humano passou a ter conhecimento que a química existia de verdade é muito difícil, até porque eu não estava lá para saber isso. Mas, certamente alguns estudioso indicam, que um dos primeiros fenômenos observados pelos povos pré-históricos foi o fogo, gerado por algum fenômeno natural. A habilidade dos homens pré - históricos com o fogo no período paleolítico, há 400.000 anos a.C, foi de grande avanço tecnológico, nesta época O Homo êxitos descobriu por meio de varias e varias tentativas uma forma de fazer as primeiras faíscas, através do choque de pedras ou de pedaços de madeira. Para repetir o fenômeno novamente, o homem pré-histórico tentou vários tipos de pedras, até descobrir quais pedras eram as melhores, como o sílex e as piritas. Depois de várias tentativas o homem pré-histórico descobriu que uma faísca poderia ser criada se ele esfregasse as piritas de ferro com uma pedra ou esfregando dois pedaços de madeira um no outro. Essa descoberta foi bastante importante, por que permitiu ao homem se esquentar quando estava frio, caçar animais, iluminar as noites e espantar os animais grandes e ferozes que os ameaçavam. A descoberta da mudança no sabor e na durabilidade de pedaços de carne acidentalmente deixados perto de alguma fogueira trouxeram mudanças nas formas de alimentação destas pessoas.Todas estas mudanças que o fogo trouxe, certamente provocaram uma melhoria nas condições de vida destas pessoas!
Ao verem as varias mudanças que a madeira, a terra e tudo que fosse atirado ao fogo sofriam enquanto eram queimados deixou que homem das cavernas produzi-se melhores ferramentas de cozinha, como: utensílios de barro cozido mais resistentes do que os de argila crua, pois esses utensílios tinham a superfície vitrificada pelo calor. Estas inúmeras descobertas trouxeram ao homem uma forma melhor para que eles pudessem guardar e preparar seus alimentos sem que os mesmos estragassem ou fizessem mal aos mesmos. Sem saber que conseqüências a utilização do fogo traria para uma sociedade futura, o homem pré-histórico usou e abusou muito deste elemento, e por não terem conhecimento dos males que o mesmo traria, a poluição atmosférica surgiu e trouxe com sigo inúmeros problemas ambientais com a liberação do CO2. Depois de já estarem acostumados com o fogo, no período Neolítico, o homem já começa a produzir peças de cerâmica em fornos. O homem também aprendeu a fazer tintas primitivas a partir do látex de plantas, do carvão e de minerais tais como o pó de rochas, com destaque para o óxido de ferro, que tem uma cor vermelho-alaranjada. Todos estes materiais resultaram em diferentes tipos de cores, iguais a que nós possuímos nos dias de hoje.
Por volta de 6000 a. C. o homem já conhecia o cobre e o ouro, que eram extraídos no estado de metal diretamente do solo e logo depois disso, eram moldados com o auxilio da técnica de martelamento. Entre o período de 4000 a 3000 a. C. o homem pré histórico já sabia como obter o cobre e chumbo a partir de seus minérios, encontrados em muitas vezes como óxidos metálicos ou como sulfetos. Nesta fase de varias e varias descobertas, o homem pré-histórico obteve varios conhecimentos para a evolução de técnicas para derreter e moldar o cobre. Usava para modelar os metais encontrados na natureza moldes de pedra ou barro para colocar o cobre derretido e produzir espadas, lanças entre outras ferramentas. Depois que os objetos esfriavam eles usavam o martelo para que estes objetos fossem moldados.
O homem percebeu que se misturasse algumas rochas ele teria uma liga metálica com  diferentes características em comparação aos metais puros. A partir desta nova descoberta que os homens das cavernas produziram o bronze (metal mais resistente que o cobre) (3000 a. C.), o bronze era formado por uma liga de cobre (90%) e estanho (10%) . A nova liga era fácil de ser modelada e teve várias utilidades, sendo rapidamente espalhada pelo Oriente Médio, Creta, Grécia e Mediterrâneo. A sua utilização nessa época foi tão importante que passou a ser chamada de “Idade do Bronze”. Entre 2000 e 1000 a. C. foram fabricados os primeiros espelhos, que eram ligas de bronze com alto teor de estanho e refletiam muita luz, além da produção de Espadas, capacetes, martelos, lanças, facas e machados.
A partir de 2000 a. C. foi introduzido nas fundições o fole (que permitia a injeção de mais ar nos fornos) e com isso se teve início a utilização do ferro.
A idade do ferro é o período em que esse metal preenche o lugar do bronze na fabricação de utensílios e armas.

A difícil moldagem do ferro explica a sua demora na questão de utilização deste metal, que só era obtido a partir dos seus óxidos metálicos. Como a metalurgia na época era algo bastante novo para os homens pré históricos, o desenvolvimento das técnicas para a obtenção do ferro demorou muito, para se ter uma idéia a temperatura de fusão do ferro que é de 1.538 °C não era alcançada e por causa deste motivo o ferreiro precisava repetir o longo processo de aquecimento dos minérios com carvão, resfriamento e martelamento para expulsar as sujeiras que o material tinha, isso era feito por várias e varias  vezes até que se tivesse um metal em um estado quase puro. Durante este período da química, o homem aprendeu a controlar cada vez mais e mais as impurezas do ferro, chegando até a produção do aço, que contém até 1,7% de carbono, e era muito utilizado na fabricação de espadas da época.

2- A QUÍMICA NA IDADE ANTIGA:

A partir do ano de 1400 a.C., os egípcios já haviam alcançado um grandioso crescimento, não só na Química metalúrgica mas também no que poderíamos chamar de Química doméstica. Os egípcios eram povos muito inteligentes, se comparados as limitações tecnológicas que os mesmos não possuíam, mas apesar disso, eles  Trabalhavam com o ferro, com o ouro, com a prata e com outros metais; eles fabricavam o vidro; produziam o papiro para que eles pudessem escrever seus textos e etc; sabiam curtir o couro e extrair corantes, medicamentos e perfumes das plantas; faziam bebidas fermentadas parecidas com à cerveja, etc. Não podemos esquecer que, na conservação de suas múmias, os egípcios obtiveram níveis de perfeição que são respeitados até os dias de hoje.
Muitos dos conhecimentos egípcios passaram para outros povos do Oriente Médio, tais como os fenícios, hebreus, entre outros e, algum tempo depois para os gregos e os romanos. É interessante também dizer que, em uma mesma época e muito longe dessas civilizações — na China —, também eram desenvolvidas técnicas de produção aperfeiçoadas, tais como a de produção do vidro e da porcelana.
Além dos egípcios, os fenícios nos deixaram varias riquezas intelectuais, tais como as técnicas de produção do vidro de garrafas, taças, frascos; bordados com a púrpura (que era um segredo) que vem de um marisco chamado murex.
O vidro, óxido de silício (SiO2),que é bastante utilizado ainda hoje nos frascos dos refrigerantes, remédios, vidraças, ornamentos mais luxuosos como os vitrais das igrejas.
Mesmo assim, é importante observar que, mesmo por volta de 400 a.C. já se tinha conhecimento sobre vários produtos químicos, tais como: (óxidos de ferro, de cobre e de zinco, sulfatos de ferro e de cobre, etc.) e muitas técnicas de transformação química (fusão, dissolução, filtração, etc., por aquecimento com fogo direto, em banho-maria, etc.), neste período da história da química as pessoas não se importavam o que realmente explicasse esses fenômenos loucos, pois durante este período os povos antigos só se preocupavam com as práticas de produção das coisas, e não com teoria ou com explicação dos porquês de as coisas aconteceram.

3- A QUÍMICA NA IDADE MÉDIA OU ALQUIMIA:

A palavra alquimia vem do árabe quer dizer (AL-Khemy – A química). Esta ciência começou a se desenvolve por volta do século III a.C. em Alexandria, o centro de convergência da época e de recriação das tradições gregas-pitagóricas, platônicas estóica, egípcias e orientais.

A alquimia só teve existência por causa de três correntes de grande influência da época, denominadas de: a filosofia grega, o misticismo oriental e a tecnologia egípcia. Tiveram grande êxito na metalurgia, na produção de papiros e em produtos de laboratório. A alquimia une em si conhecimentos relacionados á química, física, astrologia, arte, metalurgia, medicina, misticismo e religião. Apesar de seus incansáveis estudos, os alquimistas infelizmente não conseguiram realizar seus principais objetivos: que era a criação da Pedra Filosofal e o desenvolvimento do elixir da longa vida.
Entre os anos de 300 a.C. e 300 d.C., foi iniciado o que podemos chamar de pesquisa científica em química. Embora esta pesquisa possuísse mais aspectos religiosos do que realmente científicos, as anotações eram escritas de forma que somente os autores soubessem decifrar seus experimentos e seus resultados, a Alquimia, que era 100% baseada nas idéias de Aristóteles, tinha duas grandes metas. O primeiro grande objetivo dos alquimistas era o descobrimento da “fonte da juventude” ou “elixir da longa vida”, que tinha a capacidade de curar todas as doenças e garantir a saúde do ser humano por um longo tempo ou até que ele se tornar-se imortal. Alguns pesquisadores da atualidade dizem que o ´´ Elixir da Longa Vida seria como um ´´ metal ´´ que o próprio corpo humano produzia, este metal teria a capacidade de prolongar incalculavelmente a vida sagrada assim que eles conseguissem realizar a chamada "Grande Obra de todos os Tempos", tornando-se verdadeiros alquimistas. Com isso alguns pesquisadores concluíram que os objetivos alquimistas não passaram de algo simbólico, nos mostrando que na verdade os alquimistas visavam algo maior, algo que estava relacionado à transformação espiritual, que estava ligado com o processo de purificação espiritual ou purificação da alma.
O segundo objetivo, mas não menos importante, era conseguir a transmutação de metais ´´ pobres ´´, como cobre e chumbo em ouro ou prata, através de um processo que ficou conhecido como a “pedra filosofal”.
Os alquimistas acreditavam que o mundo material era formado de matéria-prima sob várias formas. Motivados na busca pela ´´ Pedra Filosofal´´ os alquimistas tentavam agilizar esse processo de transformação dos metais em laboratório, por meio de experimentos com fogo, água, terra e ar (os quatro elementos), estes elementos eram divididos em quatro características únicas, sendo elas: Úmido (que utilizava como referencia principal o orvalho), Seco, Frio ou Quente. As qualidades dos elementos e suas quantidades determinavam qual seria a forma de um objeto, por isso, os alquimistas acreditavam na hipótese de poderem realizar a transmutação: que nada mais é que transformar uma forma ou matéria em outra modificando as proporções dos elementos por meio dos processos de destilaçãocombustãoaquecimento e evaporação.
Sendo assim, o orvalho possuía a função de umedecer ou banhar a matéria-prima. Já o sal possuía a grande característica de ser um dissolvente universal. Já os elementos como mercúrio e enxofre eram as principais matérias-primas da alquimia. O enxofre é o princípio fixo, ativo, masculino, que possui traços de combustão e corrosão dos metais. O mercúrio é o princípio volátil, passivo, feminino, inerte. Quando os dois elementos eram combinados, formam o que os alquimistas chamavam de "coito do Rei e da Rainha".
Por causa desta tese, foi iniciado o processo alquímico, processo que foi considerado como o principal trabalho dos alquimistas (geralmente chamado de "A Grande Obra"). Este processo faz referencia ao manuseio dos metais, e a fabricação da tão sonhada Pedra Filosofal. As principais matérias-primas do processo alquímico são o: orvalho, o sal, o mercúrio e o enxofre. De uma forma em que, o processo alquímico é descrevido em uma forma secreta, fazendo com que os alquimistas usassem uma escrita de símbolos complicada, que inclui símbolos astrológicos, de animais e de figuras enigmáticas. Eles faziam isso com o intuído de fazer com que as anotações de cada químico, fosse compreendida somente por ele ou por seus colegas, mas nunca pelas pessoas ´´ comuns ´´.
                            
Os principais objetivos dos alquimistas eram: 

1- Transmutação: Transformar os metais chamados preconceituosamente de inferiores (principalmente o mercúrio e o chumbo) em outros metais, chamados de metais superiores, ou metais nobres, tais como o ouro e a prata.
2 - Medicina: produzir um remédio que curasse as diversas doenças humanas, que mantivesse e devolvesse a juventude das pessoas, além de prolongar a vida dos mesmos – Medicina Universal ou Elixir da Longa Vida
3 - Transcendência: Conseguir a transformação espiritual do alquimista, sendo ele um homem falho e pecador em um homem ´´ perfeito ´´

Ø Mesmo sem a descoberta do ´´ Elixir da vida ´´ e da ´´ Pedra Filosofal´´ hoje em dia, a idéia da transmutação dos metais é bastante ignorada, pelas pessoas comuns e pelos químicos. Muitos alquimistas modernos misturam a sua arte oculta com a astrologia, á cupuntura, hipnose e a uma grande diversidade relacionada a buscas espirituais da Nova Era. Diferente da química moderna, que teve inicio na alquimia, a  antiga alquimia esta seriamente relacionada a questão espiritual. Os alquimistas podem ter sido os primeiros cientistas a testarem suas idéias por meio da realização de experiências, mas por causa de seus outros propósitos e crenças intensamente relacionados a explicações filosóficas (metafísicas), não conseguiram desenvolver métodos científicos modernos. A alquimia desde que foi fundada, nunca se separou do lado espiritual, relacionados a questões mágicas e do supersticioso. Talvez seja por isso que a alquimia ainda seja popular. Os alquimistas nunca transmutaram metais e nunca descobriram a fonte da juventude. 
Infelizmente os Alquimistas não conseguiram chegar até suas sonhadas metas, mas por causa de suas varias pesquisas eles acabaram desenvolvendo novos produtos tais como: álcool, o ácido sulfúrico, o ácido nítrico, a água-régia (mistura de ácido nítrico e clorídrico), nitrato de prata, que produz ferimentos no tecido animal, a potassa cáustica (hidróxido de potássio ou soda caustica), que permitia a fabricação de sabões, além de fabricarem novos aparelhos, como o almofariz (vaso de pedra que trituravam alimentos ou remédios), o alambique e melhorando novas técnicas, como a destilação e a extração. O sucesso da alquimia na Europa se deve aos árabes que introduziram idéias místicas acompanhadas por avanços práticos no procedimento químico como a destilação e pela descoberta de novos metais e componentes. 

Curiosidades da Alquimia:

Dentre as inúmeras coisas que a alquimia nos proporciona, existem algumas de maior importância, como veremos a seguir:
1º Por causa da influência alquímica, acabou se formando a palavra Laboratório: Labor=Trabalho Oratório = local de orações.

2º Por causa do julgamento que a igreja católica da época fazia aos alquimistas durante a idade media, o cheiro de enxofre passou a ser referencia ao diabo.

3º Quando os alquimistas faziam algum experimento que envolvia o Enxofre comum, eles eram denunciados pelas pessoas por causa do cheiro forte que o enxofre liberava em suas casas ou laboratórios, fazendo com que eles fossem facilmente descobertos e conseqüentemente acusados de estarem fazendo naqueles locais alguma coisa relacionada à bruxaria e a pactos com o demônio, colocando assim fim a seus trabalhos.

4º Durante a idade media, não pode ser esquecido à criação do Vampiro Drácula, que mantinha a sua idade jovial inalterada as custas do sangue humano. Essa idéia de criar um ´´ vampiro ´´ pelas pessoas não passou de uma sucedida tentativa de acabar com a ordem da alquimia, que surgiu durante a idade das ´´ trevas ´´, na qual o sangue que o vampiro ´´ tomava ´´ fazia referencia ao elixir da longa vida.

5º Mesmo sem os alquimistas descobrirem a pedra filosofal e o elixir da longa vida, eles trouxeram com sigo muitas descobertas que foram realizadas em seus laboratórios; dentre as pesquisas realizadas para se obter estes dois ´´ elementos´´ citados acima foram descobertos a: Água-régia, arsênico, nitrato de prata, acetato de chumbo, bicarbonato de potássios, ácidos sulfúrico, clorídricos, canfórico, benzóico, nítrico, sulfato de sódio e de amônia, fósforo, entre muitas outras coisas que ajudaram na evolução da humanidade.
 Alguns alquimistas trouxeram grandes contribuições para o avanço do conhecimento. Por exemplo, Paracelso (1493-1541) adicionou o real significado de uma doença no campo da medicina. Ele Rejeitou o conceito de que a doença era algo relacionado ao desequilíbrio ou a desarmonia no corpo, por mais que essa visão de Paracelso tenha sido algo característico dos alquimistas modernos. Mesmo assim em meio a varias pesquisas que tiveram erros e acertos Paracelso mostrou que os elementos químicos como o zinco, ferro, manganês, poderiam estar presentes em nosso corpo. Paracelso acertou sobre a existência destes elementos químicos só que o mesmo não sabia que estes minerais existiam na forma orgânica (dentro do organismo) e não somente na forma inorgânica (fora do organismo). Foi a partir deste momento que Paracelso começou a juntar minerais e metais para ajudar as doenças do homem, dentre as suas pesquisas havia uma que envolvia a cura da sífilis (Doença infectocontagiosa, produzida por um microrganismo) com mercúrio.

4- A QUÍMICA NA IDADE MODERNA:

Durante o século XVI, na Europa, vários pesquisadores abandonaram o "sonho" da Alquimia e por causa deste motivo resolveram partir para caminhos que proporcionassem aos mesmos algo mais concreto e objetivo para se seguir, assim por meio de varias idéias, estes pesquisadores resolveram criar algo de grande utilidade para as pessoas, principalmente relacionada à produção de medicamentos, no qual por meio destes objetivos se desenvolve na idade moderna, a chamada IATROQUÍMICA, onde se destacou o médico Paracelsius (1493-1541). Com isso, novas substâncias, aparelhagens e técnicas foram surgindo. Um avanço de grande importância para os cientistas da época foi o surgimento das primeiras sociedades científicas, aonde os cientistas se encontravam para compartilhar informações sobre suas descobertas uns com os outros.
O filósofo inglês Robert Boyle (1627-1691) é considerado por muitos pesquisadores o iniciador da Química Moderna, durante o século XVII. Robert foi o fundador da ciência química a qual ele a possuía como sendo sua única finalidade e não para transformar metais fracos em ouro ou para encontrar o elixir da vida eterna como queriam os alquimistas. Em 1661, Robert Boyle publicou o livro O químico cético, onde ele criticava as idéias de Aristóteles relacionadas à "teoria dos quatro elementos". A partir deste momento, Boyle tentava então buscar explicações que fizessem mais sentidos para os fenômenos químicos. E por causa de varias pesquisas, ele introduziu o método experimental em bases rigorosas para ter a comprovação exata das teorias e fatos e com isso, Boyle conseguiu derrotar às´´ normas ´´ gregas dos quatro elementos e dos alquimistas da idade anterior.
Neste longo período de intensas e incessantes pesquisas relacionadas os fenômenos químicos, Boyle conseguiu obter o fósforo branco a partir da urina (o fósforo já tinha sido obtido por um alquimista que descrevera seu brilho e sua capacidade de inflamar).  Foi a partir de vários de experimentos que Boyle conseguiu repetir a experiência do alquimista e reconhecer o fósforo como um elemento químico.
Além destas descobertas, Robert Hooke revelou a todas as pessoas o seu microscópio composto, esta revelação permitiu que as pessoas pudessem ter as suas primeiras observações de células. Boyle achou a matéria como composta por corpúsculos (Átomo; Partícula elementar, eletrizada ou não, que resulta da desintegração do átomo); ele afirmava que as características da matéria são poderiam ser explicadas por características físicas tais como (tamanho e forma) dos corpúsculos.
No fim do século XVIII novas substancias químicas foram sendo descobertas, especialmente por Karl Wilhelm Scheele (Suécia). Foi adicionada a ele a descoberta: do cloro, do ácido clorídrico, do ácido arsênico, do ácido láctico, do ácido oxálico, do ácido cítrico, do ácido tartárico e do ácido tungstico. Outro químico de grande  importância foi Joseph Priestley ele preparou em estado puro, com instrumentos que inventou e aprimorou, o oxigênio, óxido nítrico, gás clorídrico, dióxido de enxofre, tetra fluoreto de silício, amônia e óxido nitroso. A maior descoberta de Joseph Priestley foi a do oxigênio que acabou com a teoria do flogístico (fluido que os antigos químicos acreditavam que pertenciam a todos os corpos e que este fluido produzia um fenômeno chamado de combustão ao abandonar esses corpos).
Durante o século XVIII, realmente foi firmado o caráter científico da Química. Vários gases foram descobertos e estudados. O químico Lavoisier, com a introdução da balança em seus experimentos, conseguiu explicar pela primeira vez a oxidação de metais e não-metais pelo oxigênio e aumentou o conceito de oxidação até aos processos respiratórios do ser humano: o oxigênio respirado seria utilizado na "combustão" do carbono contido em alimentos, formando o dióxido de carbono, expulso na expiração, e calor, que explicaria o calor interno dos animais. Uma parte do ar que não seria respirável, o nitrogênio, seria desprezada pelo corpo sem alterações na respiração humana.
Além disso, foi Lavoisier quem nos mostrou a noção precisa de um elemento e uma substância pura, a chamada lei da conservação da matéria a qual possuía a seguinte frase: na natureza nada se perde, nada se cria. Tudo se transforma. (frase original: em todas as operações da arte e da natureza, nada se cria; uma quantidade igual de matéria existe antes e depois do experimento. Neste principio se baseia toda a arte da experimentação da química), a prezava por tornar comum a idéia de ácido, óxido e sal.
No século XVIII o químico utilizava a nomenclatura que se quisesse, sendo que eles não possuíam regras fixas e nenhum órgão regulador. Até o ano 1780 d.C cada substancias química eram catalogadas com um enorme número de nomes. Vendo esta desagradável situação, Lavoisier resolveu formar um grupo composto por quatro cientistas franceses (Guyton de Morveau, Berthollet, Fourcroy e ele próprio) que passaram a ordenar a nomenclatura química de cada elemento separadamente, lançando as bases da nomenclatura moderna de Química Orgânica, já que até o determinado momento os cientistas usavam a linguagem obscura da alquimia.
Esse trabalho de Lavoisier e seus companheiros só foi publicado no ano de 1789 com o título: Método de nomenclatura Química ou Tratado Elementar de Química, Nesta obra já se encontrava os termos: hidrogênio, oxigênio, azoto e etc. A maioria destes termos que Lavoisier organizou ainda são utilizados hoje em dia.
Podemos dizer que, nos séculos XVIII e XIX, com os trabalhos destes cientistas, surgiu a QUÍMICA MODERNA, que já esta química trazia para as pessoas uma explicação lógica para a existência de muitos materiais diferentes no mundo e suas possíveis mudanças químicas.
É importante observar também que a partir dessa época o trabalho experimental feito em laboratório foi juntado com o (trabalho prático) que correspondente as busca das explicações da natureza da matéria e as razões de suas transformações químicas (trabalho teórico).
No século XIX ocorreu evolução magnífica na historia da Química, tanto relacionado à sua parte prática como a sua parte teórica. Durante pesquisas, foram descobertos vários novos elementos químicos e a partir destes foram produzidas varias novas substâncias químicas. Na teoria, tornou-se firme as idéias do ÁTOMO, principalmente devido aos trabalhos de John Dalton (1766-1844) e da MOLÉCULA. Durante este incrível período de descobertas de Dalton, o mesmo sem muito conhecimento Ignora no momento como e por que os átomos ligam-se entre si para formar as substâncias. Até este momento a camada de valência (propriedade de ligação entre os átomos) permanece em pleno mistério, pois ninguém consegue comprová-la realmente. Porem para o alivio da sociedade cientista, esse ´´ quadro ´´ muda radicalmente de figura em 1897, quando Joseph John Thomson descobre pela primeira vez a primeira partícula subatômica, denominada de elétron. Amedeo Avogadro (1776-1856); (lembre de 6,02 x 10²³) diz que todos os gases têm um número igual de moléculas se observado um mesmo volume. Ele também estabeleceu a diferença entre molécula e átomo. Dimitri Ivanovitch Mendeleyev (1834-1907) conseguiu organizar todos os elementos químicos, de forma racional, em sua TABELA PERIÓDICA. É muito importante notar também que, em conseqüência desse "casamento" da prática com a teoria, houve um grande desenvolvimento das técnicas de análise e síntese químicas, as quais nunca foram vistas antes. A análise química procura responder à pergunta "quais, quantos e como os elementos (átomos) estão reunidos nas substâncias (moléculas)?"; a síntese química procura explicar "como podemos transformar as substâncias de maneira a produzir novas substâncias?".

5- A QUÍMICA NA IDADE CONTEMPORÂNEA:

Química Inorgânica:

Química inorgânica ou química mineral é o ramo da química que estuda os elementos químicos e as substâncias da natureza que não possuem o carbono coordenados em cadeias, investigando as suas estruturas, propriedades e a explicação do mecanismo de suas reações e transformações.
Os materiais inorgânicos compreendem cerca de 95% das substâncias existentes no planeta Terra.
As chamadas "substâncias inorgânicas" que servem de foco de estudo para a química inorgânica, são divididos em 4 grupos denominados como "funções inorgânicas".
Muitos compostos inorgânicos são sais, constituídos de um cátion e um ânion agrupados por ligação iônica. Um exemplo de sal é o cloreto de magnésio MgCl2, que é constituído do cátion Mg2+ e ânions de cloro Cl−. Nesses compostos, as proporções de íons são tais que a carga elétrica é cancelada, fazendo com que o composto como um todo seja eletricamente neutro. Os íons são descritos por seu estado de oxidação e a facilidade de sua formação pode ser estimada a partir do seu potencial de ionização (para cátions) ou da afinidade eletrônica (anions) de seus elementos formadores.
Uma importante classe de sais inorgânicos são os óxidos, os carbonatos, sulfatos e os haletos. Muitos dos compostos inorgânicos são caracterizados por alto um ponto de fusão. Sais inorgânicos são tipicamente maus condutores no estado sólido. Outras características importantes são a solubilidade na água e a facilidade de cristalização. Alguns sais (por exemplo NaCl) são muito solúveis em água, outros (por exemplo SiO2) não o são.
A mais simples reação inorgânica é a da dupla troca, quando da mistura de dois sais iônicos os seus íons são trocados sem a mudança no estado de oxidação. Na reação de oxi-redução um dos reagentes, o oxidante, diminui seu número de oxidação e o outro reagente, o redutor, tem seu número de oxidação aumentado. O resultado é uma troca de eletrons. A troca de elétrons pode ocorre indiretamente como também, por exemplo nas baterias, como um conceito chave da eletroquímica.
Quando um dos reagentes contem átomos de hidrogênio, uma reação pode ocorre pela troca de prótons na química do ácido base. Em uma definição mais genérica, um ácido pode ser qualquer substância química capaz de capturar um par de elétrons é chamado de ácido de Lewis; por outro lado, qualquer molécula que tende a doar um par elétrons é denominada como uma base de Leyis. Como um refinamento da interações ácido-base, a teoria HSAB leva em conta a polarização e tamanho dos íons.
Compostos inorgânicos são encontrados na natureza como minerais. O solo pode conter sulfeto de ferro como pirita ou sulfeto de cálcio como o gypsum. Compostos inorgânicos também podem ser encontrados emoutras diversas formas tais como biomoléculas: como eletrólitos (cloreto de sódio), armazenamento de energia (ATP) ou na construção(o polifosfato é o arcabouço do DNA).
O primeiro composto inorgânico feito pelo homem foi o nitrato de amônia para fertilização do solo produzido pelo processo de Haber.Compostos inorgânicos são sintetizados com o uso de catalisadores tais como pentóxido de vanádio e cloreto de titânio(III), ou com reagentes da química orgânica tais como hidreto de alumínio e lítio.

Química Orgânica:

A Química Orgânica é uma divisão da Química que foi proposta em 1777 pelo químico sueco Torbern Olof Bergman. A química orgânica era definida como um ramo químico que estuda os compostos extraídos dos organismos vivos. Em 1807, foi formulada a Teoria da Força Vital por Jöns Jacob Berzelius. Ela baseava-se na ideia de que os compostos orgânicos precisavam de uma força maior (a vida) para serem sintetizados.
Em 1828, Friedrich Wöhler , discípulo de Berzelius, a partir do cianato de amônio, produziu a ureia; começando, assim, a queda da teoria da força vital. Essa obtenção ficou conhecida como síntese de Wöhler. Após, Pierre Eugene Marcellin Berthelot realizou toda uma série de experiências a partir de 1854 e em 1862 sintetizou o acetileno. Em 1866, Berthelot obteve, por aquecimento, a polimerização do acetileno em benzeno e, assim, é derrubada a Teoria da Força Vital.
Percebe-se que a definição de Bergman para a química orgânica não era adequada, então, o químico alemão Friedrich August Kekulé propôs a nova definição aceita atualmente: “Química Orgânica é o ramo da Química que estuda os compostos do carbono”. Essa afirmação está correta, contudo, nem todo composto que contém carbono é orgânico, por exemplo o dióxido de carbono, o ácido carbônico, a Grafite, etc, mas todos os compostos orgânicos contém carbono.
Essa parte da química, além de estudar a estrutura, propriedades, composição, reações[1] e síntese de compostos orgânicos que, por definição, contenham carbono, pode também conter outros elementos como o oxigênio e o hidrogênio. Muitos deles contêm nitrogênio, halogênios e, mais raramente, fósforo e enxofre.

O que é um Átomo?

Todas as substâncias são feitas de matéria e a unidade fundamental da matéria é o átomo. O átomo constitui a menor partícula de um elemento que participa em reações químicas e pode ou não existir de maneira independente.

O que é a Estrutura de um Átomo?

O histórico da descoberta da estrutura atômica está delineado abaixo.
John Dalton (1808) propôs a Teoria Atômica. De acordo com Dalton, a matéria é constituída de partículas minúsculas chamadas átomos. O átomo é a menor partícula de um elemento que participa em uma reação química. Átomos são indivisíveis e não podem ser criados ou destruídos. Além disso, átomos de um mesmo elemento são idênticos em todos os aspectos.
J. J. Thomson (1897) descobriu os elétrons em experimentos do Raio Catodo. Para Thomson, os átomos são divisíveise. Átomo contêm minúsculas partículas com carga negativa chamadas elétrons.
E. Goldstein (1900) descobriu os prótons em experimentos do Raio Anodo. De acordo com Goldstein, os átomos contém minúsculas partículas com carga positiva chamadas prótons. Como os átomos contém partículas negativas, eles devem conter partículas positivas para que sejam eletricamente neutros.
E. Rutherford (1911) descobriu o núcleo e propôs a base para a estrutura atômica moderna através de seu experimento do desvio da partícula alfa. Para Rutherford, os átomos são compostos de duas partes: o núcleo e a parte extra-nuclear. Seus experimentos provaram que o átomo é amplamente vazui e que possui um corpo altamente carregado positivamente em seu centro chamado núcleo. O núcleo central é carregado positivamente e os elétrons, com carga negativa, revolvem ao redor do núcleo.
James Chadwick (1932) descobriu os nêutrons. Para Chadwick, os átomos contêm partículas neutras chamadas nêutrons em seus núcleos juntamente com as partículas subatômicas (i.e., elétrons e prótons).
N. Bohr (1940) propôs o conceito moderno do modelo atômico. Para Bohr, o átomo é feito de um núcleo central contendo prótons (com carga positiva) e nêutrons (sem carga). Os elétrons (com carga negativa) revolvem ao redor do núcleo em diferentes trajetórias imaginárias chamadas órbitas.

Química Nuclear:

Química nuclear é a área da química que lida com materiais utilizados para fins nucleares, como o Urânio, e dá origem às reações nucleares que se tornaram mais conhecidas na humanidade durante a Segunda Guerra Mundial, com as explosões das bombas atômicas. A partir desses acontecimentos, reações nucleares são sempre motivos de destaque nos jornais, por estarem sempre envolvidas em guerras, contaminações e em grandes desastres. Mas não é só para prejudicar o homem que a Química Nuclear existe, ela também traz benefícios como a utilização para gerar energia substituinte à energia gerada por hidrelétricas, e tem aplicação na medicina, na agronomia, nas indústrias, etc.
A energia nuclear está no núcleo dos átomos, nas forças que mantêm unidos os seus componentes – as partículas subatômicas. É libertada sob a forma de calor e energia eletromagnética pelas reações nucleares e explosões nucleares.
Na medicina, ela é utilizada no tratamento de tumores cancerosos, na indústria a radioatividade é utilizada para obter energia nuclear e na ciência tem a finalidade de promover o estudo da organização atômica e molecular de outros elementos.

O Que é IUPAC?


IUPAC é a sigla de "International Union of Pure and Applied Chemistry", que em português é "União Internacional da Química Pura e Aplicada". A IUPAC é uma organização que foi criada com o objetivo de elaborar as regras da nomenclatura oficial de todos os compostos químicos. Durante muito tempo os compostos químicos eram descobertos e nomeados conforme sua origem. Em consequência da grande quantidade de compostos descobertos, tornou-se necessário a criação de regras de nomenclatura, para uniformizá-las e torná-las universais. Foi criada assim a Nomenclatura IUPAC, que regulamentou a nomeação de todos os compostos químicos, garantindo que o nome do composto possa ser relacionado à sua fórmula, sem haver ambiguidades. A IUPAC é uma organização não governamental, criada em Genebra, Suiça, no ano de 1919, e possui como membros, todas as sociedades de Química. 




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