COLONIZAÇÃO DA AMERICA ESPANHOLA
O Colonialismo da Espanha foi concomitante (silmutâneo) com o português, ambos os países
dominaram o mundo durante séculos,
estabelecendo suas colônias em várias regiões da África, América e do Oriente. A
Espanha tornou-se um Estado Nacional após
sua unificação em 1492, isso porque durante o século VIII, os muçulmanos
invadiram a Península Ibérica e assim, estabeleceram uma moradia contendo seus
hábitos e com sua religião. Assim a Reconquista da Península Ibérica em
1492 forneceu as condições necessárias para a unificação da Espanha que
se tornava Estado Nacional.
Nesta mesma época, seu vizinho Ibérico (Portugal) já havia se constituído
como Estado há muito tempo
e desenvolvia um amplo domínio colonial pelo mundo. O que causou o poderio de
Portugal foram as empreitadas nas grandes navegações, que valeu ao país muitas
colônias ao longo do litoral africano e também no Oriente.
Durante os séculos XV e XVI, os europeus, principalmente portugueses e
espanhóis, lançaram-se nos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico com dois
objetivos principais : descobrir uma nova rota marítima para as Índias e
encontrar novas terras. Este período ficou conhecido como a Era das Grandes
Navegações e Descobrimentos Marítimos.
Navegar nos séculos XV e XVI era uma tarefa muito arriscada naquela
época, principalmente quando se tratava de mares desconhecidos. Era muito comum
o medo gerado pela falta de conhecimento e pela imaginação das pessoas da
época. Muitos acreditavam que o mar pudesse ser habitado por monstros, enquanto
outros como a Igreja Católica tinham uma visão de que a terra seria como algo
plano e, portanto, ao navegar para o "fim" a caravela poderia cair
num grande abismo.
O pior ainda era chegar a terras desconhecidas: a fome, as doenças -
principalmente o escorbuto e a sífilis -, as intrigas, a saudade de casa,
chamada de modorra, (um tipo de depressão profunda), as riquezas que não
eram facilmente encontradas ou que ficavam nas mãos de poucos, levavam os
espanhóis ao desespero.
Além disso, as novas terras eram habitadas por povos desconhecidos dos
europeus que não estavam dispostos a se submeter ao controle espanhol, pois
sequer compreendiam o que aqueles homens vindos do mar faziam ali.
Dentro deste contexto, planejar uma viagem era de extrema importância.
Os europeus contavam com alguns instrumentos de navegação como, por exemplo: a
bússola, o astrolábio e a balestilha. Estes dois últimos utilizavam a
localização dos astros como pontos de referência.
Também era necessário utilizar um meio de transporte rápido e resistente. As caravelas cumpriam tais objetivos, embora ocorressem naufrágios e acidentes. As caravelas eram capazes de transportar grandes quantidades de mercadorias e homens.
Também era necessário utilizar um meio de transporte rápido e resistente. As caravelas cumpriam tais objetivos, embora ocorressem naufrágios e acidentes. As caravelas eram capazes de transportar grandes quantidades de mercadorias e homens.
Assim, podemos observar que quando a Espanha se unificou, já com
certo atraso, ela investiu imediatamente (igual a Portugal) nas grandes
navegações.
Mas diferente do planejamento português, o projeto espanhol foi
muito ousado para a época. Possuindo o objetivo de também chegar ao oriente
igual a Portugal, a Espanha desenvolveu por meio de algumas teorias um trajeto
inovador e surpreendente para se chegar às Índias, a viagem de
Circum-navegação (uma viagem marítima em torno de um lugar, que pode ser uma
ilha, um continente ou toda a Terra).
Em 1498, comandando uma esquadra de caravelas, o navegador Vasco da Gama
chegou as Índias, contornando o continente africano. Chegando à Calicute Vasco
da Gama pôde desfrutar de todos os benefícios do comércio direto com o oriente.
Ao retornar para Portugal, as caravelas portuguesas, carregadas de especiarias,
renderam lucros fabulosos aos lusitanos. A partir deste momento, os
comerciantes portugueses passaram a comercializar as especiarias na Europa, obtendo altos lucros. Com este
comércio, Portugal tornou-se uma das potências econômicas da época.
Enquanto os portugueses navegaram para as Índias contornando a África,
os espanhóis optaram por um outro caminho. O genovês Cristóvão Colombo,
financiado pela Espanha, pretendia chegar às Índias, apostando que seria
possível alcançar o Oriente navegando em sentido ao Ocidente. Então em 1492, as
caravelas espanholas, Santa Maria, Pinta e Niña partiram rumo ao oriente
navegando pelo Oceano Atlântico. Colombo tinha o conhecimento de que nosso
planeta era redondo, porém desconhecia a existência do continente americano.
Chegou em 12 de outubro de 1492 nas ilhas da América Central, sem saber
que tinha atingido um novo continente. Foi somente anos mais tarde que o
navegador Américo Vespúcio identificou aquelas terras como sendo um continente
ainda não conhecido dos europeus. Em 1492, ano da própria descoberta da
América, foi estabelecida a primeira colônia permanente na ilha de Hispaniola atual
Santo Domingo, por Cristóvão Colombo. Acreditando ter chegado ao Oriente,
Colombo chamou os nativos com que teve contato de índios.
Assim, ao chegarem ao novo mundo os espanhóis começaram
imediatamente a colonização do que é a América, logo começaram suas buscas
por especiarias e especialmente ouro e prata
Como Portugal, não foi somente no continente americano a Espanha esteve
presente também na África (Ilhas Canárias e Saara Ocidental), na Ásia
(Filipinas) e até na Oceania (Ilhas Marianas e Carolinas).
A Espanha era uma metrópole mercantilista, isto quer dizer que, as
colônias só serviam para serem exploradas. A colonização só teria sentido se as
colônias pudessem fornecer produtos lucrativos. Desta forma a maioria das
colônias espanholas (e também portuguesas) foram colônias de exploração,
que dependiam das regras impostas pela metrópole.
O fator mais importante pela colonização espanhola na América foi a
mineração. A base da economia espanhola eram as riquezas que provinham,
especialmente da Bolívia, a prata e também o ouro de outras colônias. Foi esta
atividade, a mineração, a responsável pelo crescimento de outras que eram
ligadas, como, a agricultura e a criação de gado necessários para o consumo de
quem trabalhava nas minas.
Quando a mineração decaiu, a pecuária e a agricultura, passaram a ser as
atividades básicas da América Espanhola.
As novas terras despertaram especial atenção de Portugal, que, segundo
documentos históricos, tinham conhecimento das mesmas, mas não haviam promovido
a colonização, Isso porque após as primeiras expedições, os enviados da Coroa
Portuguesa perceberam que não seria possível obter aqui lucros fáceis e
imediatos, pois não encontraram, de inicio, as desejadas jazidas de ouro,
embora houvesse no litoral grande quantidade de pau-brasil, o lucro gerado pela
exploração dessa madeira ainda seria menor do que o então vantajoso comercio de
produtos africanos e asiáticos.
Como Portugal e Espanha se tornaram os dois grandes impérios coloniais
do mundo naquele momento, foi assinado um tratado, Tratado de Tordesilhas. Para
estabelecer os domínios no Atlântico foi necessária uma longa batalha
diplomática entre Espanha e Portugal.
No tratado de Tordesilhas o papa expediu, em maio de 1493, a Bula Inter
Coetera, que reconhecida ao reino de Castela o domínio sobre todas as terras
que se encontrassem a oeste de um meridiano localizado a 100 léguas a oeste das
ilhas de Açores e Cabo Verde.
Portugal, sentindo-se prejudicado, não aceitou a bula papal e exigiu uma
negociação direta. O resultado foi o Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494,
em que segundo o tratado, terras e mares encontrados ou por encontrar (desde
que não pertencentes a nenhum rei cristão) seriam divididos entre Espanha e
Portugal. O meridiano que passa a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde
foi tomado como linha divisória. As terras localizadas a leste pertenciam a
Portugal. As restantes seriam da Espanha.
Para os portugueses, o tratado era altamente positivo, pois lhes
assegurava a posse do litoral atlântico da África, região que já vinham
explorando.
Com os metais preciosos encontrados no novo continente, a Espanha
tornar-se a nação mais rica da Europa. Por isso na história espanhola o século
XVI ficou conhecido como "o século de ouro".
A Espanha ficou com a quase totalidade do continente americano, Portugal
recebeu, pelo tratado, apenas uma parcela do Brasil. Para felicidade dos
espanhóis, logo encontraram ouro e prata, que estavam escassos na Europa. Já
para a infelicidade dos Portugueses, o ouro no Brasil só deu lucro durante no
século XVIII.
A exploração das minas de metais preciosos na América deixava o comércio
de especiarias dos espanhóis em segundo plano e por isso desenvolveram uma
colonização bem distinta na América do modo como foi a portuguesa. Os
espanhóis realizaram expedições de reconhecimento nas novas terras e ao
encontrarem povos nativos subjugaram indígenas. Os espanhóis promoveram um
verdadeiro genocídio aos nativos
na América por conta da busca pelos metais preciosos.
Os espanhóis realizaram expedições de reconhecimento nas novas terras e
ao encontrarem povos nativos subjungaram indígenas e destruíram grandes
sociedades. Foi assim com os Incas, Maias e Astecas que
já estavam em declínio mas ainda assim ofereceram grande resistência aos
dominadores.
1.
Maias. Os maias ocuparam uma região da América
Central e parte o atual México. Entre os séculos XIII e XVI, furacões e
epidemias, a crise da agricultura e a fragmentação política teriam provocado o
declínio econômico e militar dos maias, facilitando o domínio pelos
conquistadores espanhóis, comandados por Hernán Cortez.
2.
Astecas. No império asteca
(região do atual México), viviam milhões de habitantes de uma civilização que
atingiu o apogeu político, econômico e militar justamente na época em que os espanhóis
chegaram ao continente. Em 1519, o espanhol Hernán Cortez liderou uma expedição
militar para submeter os astecas ao seu domínio. Os espanhóis comandaram um dos
maiores genocídios de que se tem notícia na história.
3.
Incas. Entre os séculos XIII
e XV, os incas ergueram o mais extenso império da América antes de Colombo, que
tinha como eixo a cordilheira dos Andes (Chile, Peru, Bolívia e partes de
outros países).No início da década de 1530, sob o comando de Francisco Pizarro,
os espanhóis submeteram os incas ao seu domínio, a exemplo do que aconteceu com
os astecas.
.Apesar de muitas pessoas atribuírem a derrota dessas civilizações às
suas profecias religiosas e à presença de cavalos e armas de fogo do lado
espanhol, hoje sabe-se que o fator responsável pela morte desta população
nativa foram as Guerra Biológica. Os indígenas não tinham anticorpos para
combaterem os vírus e bactérias trazidos pelos europeus e muitos morriam de
doenças consideradas simples mas que no organismo deles era letal.
Como os povos nativos representavam um impecílio na busca por metais
preciosos, os espanhóis consolidavam alianças com muitos deles para conseguir
derrotar seus rivais. Eles também costumavam estudar a cultura e os costumes
desses povos para garantir a vitórias nas batalhas.
ESCRAVIZAÇÃO DO ÍNDIO:
O Trabalho dos Nativos: Quando Colombo avistou os nativos da America,
chamou os habitantes de índios nome que persistiu até hoje, os espanhóis
forçavam estes a trabalhar nas minas de ouro, e de prata e na
agricultura.
Os índios deveriam trabalhar nas minas e nas plantações, que eram
chamadas de haciendas, em troca de proteção e da catequização imposta, segundo
a crença espanhola, como uma forma de benefício para salvar suas almas.
A exploração dava-se de forma rudimentar trazendo grande destruição das
matas. Os traficantes exploravam dos índios, eles cortavam a madeira e a
levavam até os navios em troca de peças de tecido, roupas, conchas coloridas,
canivetes, facas e raramente serras e machados.
O trabalho que os índios realizavam era excessivo e não permitia que os
índios pudessem manter as suas roças. A exploração do trabalho, levou os
indígenas à exaustão e à fome.
Em pouco tempo generalizou-se a escravidão dos índios, eles resistiam
mas, apesar de superioridade numérica, eram derrotados pela superioridade das
armas de fogo dos colonizadores.
Depois de algum tempo, uma carta regida autorizava a escravidão de
índios presos em guerras justas, isto é, iniciadas pelos índios ou promovida
contra tribos que negassem a submeter-se aos colonos. Legalizavam a escravidão
dos índios sob pretexto de defende-los.
A ENCOMIENDA:
Outra forma de trabalho compulsória era que certa quantidade de
indígenas eram entregues a um colono espanhol para quem deveria trabalhar em
troca de assistência material e religiosa. Este processo acabou em 1549 com a
interferência de pessoas ligadas a igreja que denunciaram a mesma em defesa dos
nativos
Na impossibilidade de contar em grande escala com o trabalho indígena no
século XV começou a escravidão negra.
MITA:
Processo no qual os espanhóis invadiam tribos indígenas e ofereciam aos
nativos proteção em troca de sua mão-de-obra;
IGREJA CATÓLICA:
A Igreja Católica Romana desempenhou uma importante influência na
colonização da América. Havia muitas catedrais católicas que foram construídas
nas diversas regiões da América Latina. Os objetivos da própria Companhia de
Jesus, em sua criação, eram a expansão da fé (e da ideologia) cristã através da
catequização e doutrinação religiosa dos nativos. O cumprimento de tais
objetivos acarretava na expansão dos domínios da igreja pelas colônias, além de
facilitar as relações de dominação entre o povo católico colonizador e o povo
“gentio” colonizado.
Os vice-reinos e as capitanias gerais da América:
A administração da colônia era realizada por vice-reinados, com
seus respectivos vice-reis que seguiam ordens do rei da Espanha,
e capitanias gerais.
É importante sabermos que a América Espanhola, é caracterizada por uma
descentralização administrativa, que se subdivide em quatro vice-reinos.
Vejamos cada um deles:
- Nova Espanha: esse
vice-reino foi criado no ano de 1535, estando assim incluído o México, parte da
América central e o oeste dos Estados Unidos.
- Peru: esse vice-reino
foi criado no ano de 1543 e foi formado pelo novo Peru e por parte da Bolívia.
- Nova Granada: esse vice-reino foi criado no ano de 1717 e
foi formado por novos territórios da Colômbia, Equador e Panamá.
- Rio da Prata: esse
vice-reino foi criado no ano de 1776 e foi formado por novos territórios do
Paraguai, parte do Peru e da Bolívia, Uruguai e Argentina.
Os Vice-Reis eram nomeados pelo Conselho das Índias e possuíam amplos poderes,
apesar de estarem sujeitos à fiscalização das Audiências.
Já às capitanias gerais, podemos dizer que eram compostas por quatro:
Vejamos:
• Cuba;
• Venezuela;
• Chile;
• Guatemala.
Estrutura Administrativa:
Conselho das Índias: Ligado diretamente ao rei, ficava encarregado da
administração geral das colônias. Tinha jurisdição completa (civil,
militar, financeira, comercial, eclesiástica) sobre as terras americanas, e
estava subordinado exclusivamente à coroa espanhola.
Casa de Contratação: Para controlar as riquezas produzidas e a
cobrança dos impostos foi criada na metrópole a Casa de Contratação. Nelas, o
“sistema de porto único” era dotado para evitar o contrabando comercial. (encarregada
da fiscalização, da regulamentação do comércio e da cobrança dos tributos).
Poder local: Exercido pelos Cabildos e Câmaras Municipais. Eles tinham o
objetivo de se responsalibilizar pela política e pela administração na sua área
de ação, cabendo assim a eleição dos alcaides, ou seja, a maior autoridade
política do local.
A sociedade colonial da América Espanhola:
Existiam algumas diferenças que marcaram a estrutura social da América
Espanhola, desta forma a sociedade era fortemente estatizada com cinco classes principais.
São elas:
Chapetones ou guachupine: Homens nascidos na Espanha que
cobravam impostos. Estes eram espanhóis brancos, nascidos na metrópole, e
que vinham para a América, atuar-nos mais altos cargos burocráticos da
administração.Eram muito respeitados e até mesmo obedecidos por todos os
outros.
·Crioulos: Espanhóis brancos
nascidos na América que possuíam minas e fazendas,faziam parte da elite
econômica local, eram proibidos de tomar o poder dos cargos superiores no
interior da administração. Eram respeitados por terem grande poder aquisitivo.
Mestiços: eram descendentes da mistura entre espanhóis e indígenas
e trabalhavam pesado nas minas e nas fazendas.
Índios: nativos que eram subjugados e escravizados contra a
lei (através da mita* e da encomienda).
Escravos negros: africanos trazidos como escravos para
exercer várias atividades econômicas e para serem usados em regiões onde
não haviam nativos.
AMÉRICA ESPANHOLA - MERCANTILISMO E PACTO COLONIAL:
Para garantir total controle sobre a riqueza produzida na América, o
governo espanhol decidiu regulamentar as atividades econômicas e estabelecer as
regras do sistema colonial. O principal objetivo da colonização era estabelecer
uma balança comercial favorável ao país europeu. Em geral, produziam-se na
colônia bens que podiam ser comercializados com grandes margem de lucro pelas
metrópoles. Desse modo, a economia das colônias deveria funcionar de
forma complementar á da metrópole. Esse princípio era central no mercantilismo:
As colônias deviam ainda consumir as mercadorias produzidas na metrópole, em
geral produtos manufaturados. Ao mesmo tempo, o comercio das colônias só podia
ser feito por intermédio de comerciantes autorizados pela metrópole. Essa
orientação de política econômica ficou conhecida como pacto colonial. Os
principais produtos levados da América para a metrópole espanhola eram metais
preciosos (ouro e principalmente a prata), além de corantes, pérola, peles e
fumo. Da Espanha, os navios traziam para as colônias grãos, vinho, azeite e
produtos manufaturados, estes em geral importados de outras regiões da Europa.
A TRIBUTAÇÃO E O COMÉRCIO COLONIAL:
A Espanha cobrou alguns atributos na América, vejamos:
- cobrou o almojarifazgo, que era considerado um imposto em cima do
comércio interno e externo, através da via marítima.
- cobrou o quinto, que era cobrado em cima da extração mineral.
- cobrou a alcavala, que ocorre tanto em cima dos índios (adultos),
acostumados com o trabalho, como em cima da circulação de produtos.
- cobrou a averia, pela proteção dos galeões, que geravam o comércio
entre a América e a Espanha.
EMANCIPAÇÃO DA COLÔNIA ESPANHOLA:
Por mais de 300 anos as terras colônias na América ficaram sob domínio
dos espanhóis. Durante esse longo período foi desenvolvido um modelo de
colonização predatória, pautada pelo “Pacto Colonial”, que impedia o
desenvolvimento econômico colonial. Contudo, no início do século XIX as
colônias espanholas vão conquistando sua independência.
Durante séculos a metrópole Espanha poderia vender mercadorias e comprar
matérias-primas somente de sua colônia. Assim, a prática do monopólio comercial
não beneficiava os ingleses e o avanço da Revolução Industrial, na medida em
que proibiam as relações comerciais, onerava os produtos e impedia a circulação
das mercadorias industrializadas na Inglaterra. Isso explica o interesse da
Inglaterra na independência das colônias espanholas, ou seja, o fim do pacto
colonial iria trazer novos consumidores e desenvolveria a revolução industrial.
Na colonização da América espanhola se desenvolveu uma hierarquia social baseada em critérios étnicos e geográficos. Nessa hierarquia, os espanhóis, chamados de chapetones ocupavam as principais funções e cargos político-administrativos da colônia. Abaixo dos chapetones estavam os criollos, que eram os descendentes de espanhóis nascidos na América, e que apesar serem europeus de raça e cultura e formarem uma elite local de grandes proprietários e comerciantes, eram considerados inferiores, por não serem verdadeiros europeus e por isso não ocupavam altos cargos da administração colonial.
E bom lembrar que foram os criollos que mantiveram o “Pacto Colonial”, contudo, o seu gradativo fortalecimento enquanto uma elite local rica e poderosa, além da rivalidade em relação aos chapetones fez com que os criollos apoiassem a idéia de acabar com a relação Espanhola. .
Mesmo sendo proibidos na colônia, os escritos dos iluministas alcançaram um grande público na América espanhola, em especial os princípios acerca da liberdade econômica e individual. Ao mesmo tempo, a independência dos EUA serviu como exemplo para o processo de emancipação da América espanhola.
Na colonização da América espanhola se desenvolveu uma hierarquia social baseada em critérios étnicos e geográficos. Nessa hierarquia, os espanhóis, chamados de chapetones ocupavam as principais funções e cargos político-administrativos da colônia. Abaixo dos chapetones estavam os criollos, que eram os descendentes de espanhóis nascidos na América, e que apesar serem europeus de raça e cultura e formarem uma elite local de grandes proprietários e comerciantes, eram considerados inferiores, por não serem verdadeiros europeus e por isso não ocupavam altos cargos da administração colonial.
E bom lembrar que foram os criollos que mantiveram o “Pacto Colonial”, contudo, o seu gradativo fortalecimento enquanto uma elite local rica e poderosa, além da rivalidade em relação aos chapetones fez com que os criollos apoiassem a idéia de acabar com a relação Espanhola. .
Mesmo sendo proibidos na colônia, os escritos dos iluministas alcançaram um grande público na América espanhola, em especial os princípios acerca da liberdade econômica e individual. Ao mesmo tempo, a independência dos EUA serviu como exemplo para o processo de emancipação da América espanhola.
A expansão de Napoleão mudou as relações de poder na Europa. A não
aceitação por parte da Espanha em relação ao Bloqueio Continental, fez com que
as tropas francesas invadissem a península ibérica. Em 1807 o rei da Espanha,
Fernando VII é deposto e José Bonaparte, irmão de Napoleão assume o trono
espanhol. Com as turbulências na Europa, o domínio espanhol no continente
americano ficou desestruturado.
Sem a intensa dominação da metrópole, os colonos (peninsulares e criollos) trataram de se organizar em Juntas Governamentais, órgãos que adotavam posições autonomistas e tendiam a praticar o autogoverno. Quando as autoridades da Espanha tentam controlar os ânimos emancipatórios dos colonos serão exatamente as Juntas que vão depor as autoridades metropolitanas e declarar total rejeição ao domínio espanhol.
Sem a intensa dominação da metrópole, os colonos (peninsulares e criollos) trataram de se organizar em Juntas Governamentais, órgãos que adotavam posições autonomistas e tendiam a praticar o autogoverno. Quando as autoridades da Espanha tentam controlar os ânimos emancipatórios dos colonos serão exatamente as Juntas que vão depor as autoridades metropolitanas e declarar total rejeição ao domínio espanhol.
Assim Também como o Império Português, os espanhóis não foram
capazes de resistir ao processe de independência das colônias americanas ao
longo do século XIX e as investidas de novas potências européias na África e
Ásia. O século XX colocou fim ao Colonialismo Espanhol.
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