Sistema Locomotor
O
sistema muscular e o sistema esquelético fazem parte do sistema locomotor. Esse
sistema é responsável pelos inúmeros movimentos, inclusive a locomoção que
conseguimos desenvolver.
Ao se falar de locomoção não
se pode esquecer-se de fazer alusão aos mecanismos que possibilitam tal feito,
pois o locomover-se não é algo tão simples como pensamos, na verdade ele é
resultado de um complexo e sistemático trabalho em equipe realizado pelo nosso.
Geralmente quando se fala em
locomoção, logo vem à mente a imagem de um braço e uma perna, e de fato esta
correta esta associação, mas é preciso fazer uma analise mais aprofundada desta
temática. Locomover-se não é um ato isolado que culmina somente nos nossos
braços e pernas, - se fosse assim muitas das pessoas que os possuem e ainda sim
são paraplégicas ou tetraplégicas poderiam andar normalmente – é muito mais do
que isso é um ato comunitário onde todo o corpo contribui de alguma maneira.
No entanto, ao estudarmos
sobre fisiologia humana percebemos que em seu funcionamento geral, o organismo
humano se estabelece funcionalmente atribuindo a certos órgãos e sistemas
algumas funções mais especificas, porém estas funções trabalham em unidade para
promover o bom funcionamento do corpo.
Neste caso, temos o sistema
ósseo e muscular que atuam na tarefa de proporcionar ao corpo uma mobilidade e
uma movimentação mais ampla. Sendo que o sistema muscular é formado pelos
músculos e o sistema ósseo pelos ossos. Segue abaixo geral do sistema muscular:
Os músculos estão envolvidos
em todo e qualquer tipo de movimento que o organismo pode realizar. Metade do
peso corporal provém deles. São órgãos que podem ser de três tipos: liso,
estriado cardíaco e estriado esquelético.
O músculo liso é encontrado
na parede de órgãos ocos, e apresenta contração involuntária. É o único tipo de
músculo presente nos animais invertebrados.
O músculo estriado cardíaco
constitui o miocárdio (músculo do coração) e apresenta contração involuntária.
O músculo estriado
esquelético constitui a maior parte do nosso organismo. Os músculos dessa
categoria são responsáveis pelas contrações e movimentos voluntários do corpo.
Podem ter seu volume e tamanho aumentados com exercícios físicos. Esses
músculos ligam-se aos ossos por meio de tendões. Quando um músculo se
movimenta, ele se contrai e puxa o osso ao qual está ligado, mas para que
ocorra o movimento, o outro músculo também precisa se contrair para o lado
contrário.
Já o sistema ósseo-
retratado na imagem acima- é constituído por um conjunto de ossos que podem ser
de vários tipos (longos, chatos, curtos e irregulares). Além da sustentação do
corpo, os ossos também produzem células do sangue e servem como reserva de
cálcio. Ligados aos músculos por meio de tendões realizam movimentos
responsáveis pela locomoção.
Na união dos ossos existem
cartilagens, que são responsáveis por não deixarem que ocorra atrito e eventual
desgaste ósseo.
Do esqueleto fazem parte
também os ligamentos. Eles são encontrados nas articulações e se prendem
firmemente nos tecidos ósseos. Às vezes
pode ocorrer ruptura desses ligamentos, em casos mais graves a intervenção
cirúrgica pode ser necessária. Nas duas imagens abaixo retratam o papel dos
ligamentos e articulações no processo locomotor humano.
Função do esqueleto
O esqueleto ósseo, além de
sustentação corporal, apresenta duas importantes funções: Reservas de sais
minerais, principalmente de cálcio e fósforo, que são fundamentais para o
funcionamento das células e devem estar presentes no sangue. Quando o nível de
cálcio diminui no sangue, sais de cálcio são mobilizados dos ossos para suprir
a deficiência.
Determinados ossos ainda
possuem medula amarela (ou tutano), como mostra a figura ao lado. Essa medula é
constituída principalmente por células adiposas, que acumulam gorduras como
material de reserva.
No interior de alguns ossos
(como o crânio, coluna, bacia, esterno, costelas e as cabeças dos ossos do
braço e coxa), há cavidades preenchidas por um tecido macio, a medula óssea
vermelha, onde são produzidas as células do sangue: hemácias, leucócitos e
plaquetas.
Crescimento Ósseo
Há um esqueleto
cartilaginoso durante a vida embrionária, o qual será quase totalmente
substituído por um esqueleto ósseo. É o que se denomina ossificação endocondral
(do grego endos, dentro, e chondros, cartilagem).
Os ossos começam a se formar
a partir do segundo mês da vida intra-uterina. Ao nascer, a criança já
apresenta um esqueleto bastante ossificado, mas as extremidades de diversos
ossos ainda mantêm regiões cartilaginosas que permitem o crescimento. Entre os
18 e 20 anos, essas regiões cartilaginosas se ossificam e o crescimento cessa.
Nos adultos, há cartilagens em locais onde a flexibilidade é importante (na
ponta do nariz, orelha, laringe, parede da traquéia e extremidades dos ossos
que se articulam).
Juntas e Articulações
Juntas são o local onde dois
ossos se tocam. Algumas são fixas (ex: crânio), onde os ossos estão firmemente
unidos entre si. Em outras juntas (ex: articulações), os ossos são móveis,
permitindo ao esqueleto realizar movimentos.
Há
vários tipos de articulações:
Tipo "bola-e-soquete"
- Nos ombros, possibilitando movimentos giratórios dos braços.
Tipo "dobradiça" -
Nos joelhos e cotovelos, permitindo dobrar.
Os ossos de uma articulação
têm de deslizar um sobre o outro suavemente e sem atrito, ou se gastariam. Os
ossos de uma articulação são mantidos em seus devidos lugares por meio de
cordões resistentes, constituídos por tecido conjuntivo fibroso: os ligamentos,
que estão firmemente aderidos às membranas que revestem os ossos.
Divisão
do esqueleto
O
esqueleto humano pode ser dividido em três partes principais:
Cabeça: O
crânio é uma estrutura óssea que protege o cérebro e forma a face. Ele é
formado por 22 ossos separados, o que permite seu crescimento e a manutenção da
sua forma. Esses ossos se encontram ao longo de linhas chamadas suturas, que
podem ser vistas no crânio de um bebé ou de uma pessoa jovem, mas que
desaparecem gradualmente por volta dos 30 anos.
A maioria dos ossos
cranianos formam pares, um do lado direito e o outro do lado esquerdo. Para
tornar o crânio mais forte, alguns desses pares, como os dos ossos frontais,
occipitais e esfenóides, fundem-se num osso único. Os pares de ossos cranianos
mais importantes são os parietais, temporais, maxilares, zigomáticos, nasais e
palatinos. Os ossos cranianos são finos mas, devido a seu formato curvo, são
muito fortes em relação a seu peso - como ocorre com a casca de um ovo ou o
capacete de um motociclista.
Tronco: Formado
pela coluna vertebral, pelas costelas e pelo osso esterno. O tronco e a cabeça
formam o esqueleto axial.
Coluna
Vertebral: Coluna Vertebral Ou espinha dorsal, é constituída por 33
ossos (as vértebras). A sobreposição dos orifícios presentes nas vértebras
forma um tubo interno ao longo da coluna vertebral, onde se localiza a medula
nervosa.
Costela
e Osso Esterno: A costela e o osso esterno protegem o
coração, os pulmões e os principais vasos sanguíneos. A musculatura da caixa
torácica é responsável, juntamente ao diafragma, pelos movimentos
respiratórios.
A caixa torácica é formada
pelas costelas, que são ossos achatados e curvos que se unem dorsalmente à
coluna vertebral e ventralmente ao esterno.
A maioria das pessoas possui
12 pares de costelas. Algumas tem uma extra (mais comum em homens do que
mulheres). Os dois últimos pares de costelas são ligados à coluna vertebral,
não se ligam ao esterno (as costelas flutuantes).
Membros
Superiores e Inferiores: Os ossos dos membros superiores e
inferiores ligam-se ao esqueleto axial por meio das cinturas articulares.
Membros
Superiores: Composto por braço, antebraço, pulso e mão.
O braço só tem um osso: o
úmero, que é um osso do membro superior.
O antebraço é composto por
dois ossos: o rádio que é um osso longo e que forma com o cúbito (ulna) o
esqueleto do antebraço. O cúbito também é um osso longo que se localiza na
parte interna do antebraço.
A mão é composta pelos
seguintes ossos: ossos do carpo, ossos do metacarpo e os ossos do dedo. Os
ossos do carpo (constituída por oito ossos dispostos em duas fileiras), são uma
porção do esqueleto que se localiza entre o antebraço e a mão. O metacarpo é a
porção de ossos que se localiza entre o carpo e os dedos.
Membros
Inferiores: São maiores e mais compactos, adaptados para
sustentar o peso do corpo e para caminhar e correr. Composto por coxa, perna,
tornozelo e pé.
A coxa só tem um osso - o
fémur - que se articula com a bacia pela cavidade catilóide. O fémur tem uma
volumosa cabeça arredondada, presa a diáfise por uma porção estreita - o colo
anatómico. A extremidade inferior do fémur apresenta para diante uma porção
articular - a tróclea - que trás dois côndilos separados pela chanfradura
inter-condiliana. O fémur é o maior de todos os ossos do esqueleto.
A
perna: é composta por dois ossos: a tíbia e a fíbula. A
tíbia é o osso mais interno e a fíbula é o osso situado ao lado da tíbia.
Os
dedos: são prolongamentos articulados que terminam nos
pés. O pé é composto pelos ossos tarso, metatarso e os ossos dos dedos. O
metatarso é a parte do pé situada entre o tarso e os dedos. O tarso é a porção
de ossos posterior do esqueleto do pé.
Cintura
Pélvica:
Ou bacia, conecta os membros
inferiores ao tronco. Podem distinguir o homem da mulher. Nas mulheres é mais
larga, o que representa adaptação ao parto.
Distribuição
dos ossos
Os ossos estão assim
distribuídos: 32 ou 33 na coluna vertebral, 22 na cabeça, 24 costelas, 64 nos
membros superiores, 62 nos membros inferiores, alguns ossos na região do ouvido
e outros na região do tórax.
As principais funções são:
protecção, sustentação, local de armazenamento de ions de cálcio e potássio,
além de um sistema de alavanca que movimentadas pelos músculos permitem os
deslocamento do corpo, no todo ou em parte, e por fim local de produção de certas
células do sangue.
Com
relação a classificação dos ossos, eles podem ser:
a)
Longos
É aquele que apresenta um
comprimento consideravelmente maior que a largura e a espessura. Exemplos são;
fémur, úmero, rádio, ulna e outros.
b)
Plano
É o que apresenta
comprimento e largura equivalentes, predominando sobre a espessura. Exemplos
são; ossos do crânio, como o parietal, occipital, frontal e outros.
c)
Curto
É aquele que apresenta
equivalência das três dimensões. Os ossos do carpo e do tarso são excelentes exemplos.
d)
Irregular
Possui uma morfologia
complexa. As vértebras e o osso temporal são exemplos.
e)
Pneumático
Apresenta uma ou mais
cavidades, de volume variável, revestida de mucosa e contendo ar. Estas
cavidades recebem o nome de seio.
f)
Sesamóides
Desenvolvem na substância de
certos tendões ou da cápsula fibrosa de certas articulações.
Doenças dos ossos
A Osteoporose
A Osteoporose
A osteoporose é uma doença óssea crónica. É caracterizada
pela redução da resistência dos ossos, o que causa o aumento do risco de
fracturas ósseas.
A resistência dos ossos tem duas características: a
quantidade de osso medida em termos de densidade óssea e a qualidade do osso,
avaliada em termos da sua micro-arquitectura
Sem
sintomas até acontecer uma fratura
A resistência óssea reduzida
por si só apresenta poucos ou nenhuns sintomas. Este é o perigo da osteoporose.
Os sintomas aparecem tarde com as consequentes fracturas. As fracturas podem
provocar dor, incapacidade, deformidade e qualidade de vida diminuída, o que
leva a perda da independência e eventual necessidade de cuidados de enfermagem.
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