Moluscos


Moluscos

1. Introdução:



Os primeiros invertebrados existiam já em locais úmidos como as praias e o mar há aproximadamente uns 600 milhões. O ambiente que aqui podíamos encontrar era propício à proteção dessas espécies primitivas, pois eles podiam perfeitamente se esconder e encontrar bastante alimento. Eles eram a “versão menos desenvolvida” dos moluscos que hoje conhecemos, eram eles os antepassados ou ancestrais dos atuais animais das formas e espécies. 


A esses animais de corpo mole que e pareciam muito com os marisco, caramujos polvos e lulas, foram por Linnaeus denominados moluscas (latim: mollis, mole) pois possuem um corpo mole, mas os molusco que possuem concha ou valva já foram antes reunidos também no grupo dos braquiópodos e cirripédios. 



Essa tal concha pode ser formada por uma única peça (molusco é univalve), ou se dividir em duas partes, (molusco bivalve). E ainda existe o caso dos moluscos que não possuem concha, tais como a lesma e o polvo 



Dentre os grupos de animais invertebrados, o Filo Molluscas é o mais difundido entre as pessoas, pois desde o século XVII diversos colecionadores vão ao mar, mergulhando em suas águas em busca desses animais. Assim, podemos dizer que esta pratica de colecionar moluscos nos proporcionou nos dias de hoje um dos filos que possuem um vasto conhecimento se analisados do ponto de vista da taxonomia. 



Quando o assunto é à quantidade de espécies dos animais desse filo, podemos dizer que nos dias de hoje consciência da existência de aproximadamente 100.000 formas viventes destes animais, sendo que cerca de outros 35.000 constam nos registros fósseis do período Cambriano. 



Quanto ao ambiente natural onde podemos encontrar os moluscos em sua grande maioria vivendo no mar, como, por exemplo, a lula, o polvo e a maioria dos mariscos. Alguns, como a lesma e o caracol, vivem em terra; outros, como o caramujo dos rios, vivem em água doce. Além de que muitos moluscos são úteis na alimentação humana e na atividade econômica de muitos países, através da pesca e coleta dos mesmos. 


2. Características:

Fazem parte do filo Mollusca os seguintes moluscos: caramujos, polvos, caracóis e lesmas. A nomeação que este grupo recebe já nos dá uma colher de chá sobre uma característica que é bastante comum em todos os moluscos, isso porque o termo Mollusca vem do latim Mollis, que significa ´´mole´´. Com isso podemos observar que todos os moluscos possuem um corpo mole, que pode ser revestido ou não por uma concha calcária. 


Os moluscos possuem uma grande variedade relacionada ao número de espécies, sendo que este filo só perde em comparação ao filo dos artrópodes. Os moluscos podem ser encontrados na maioria das vezes em três ambientes sendo estes: ambientes marinhos, ambientes de água doce ou ambientes terrestres. Grande parte dos moluscos são utilizados para o consumo humano, além de que sua coleta é a essencial atividade econômica de vários países do mundo. Existem algumas espécies de moluscos que são consideradas como invasoras, um exemplo claro é o caramujo-gigante da África (Achatinafulica), este tipo de espécie invasora, afeta muito as espécies nativas de uma determinada região, podendo causar vários problemas para elas. Além deste grupo de moluscos, existe um outro grupo marinho, estes moluscos são denominados de teredinídeos; este grupo de moluscos fazem perfurações na madeira, possuindo assim, a capacidade de danificar o casco de barcos, píers, etc... 



Ao estudarmos o grupo dos moluscos, podemos observar por meio de varias pesquisas que apesar da vasta diversidade de moluscos que estão espalhados por todos os ambientes, pode-se dizer que o corpo destes animais seguem uma estrutural padrão básica, sendo a mesma constituída pela: cabeça, pé e massa visceral. A boca do molusco, situa-se na cabeça do mesmo, sendo que a sua esta pode apresentar um tamanho pequeno em determinados grupos de moluscos. Na maioria das vezes, o pé do molusco possui um formato de sola achatada e muscular, que se localiza na superfície ventral do corpo. A massa visceral existente nos moluscos faz referência a uma bolsa, na qual em seu interior situam-se os órgãos internos. Geralmente, varias classes de moluscos também apresentam uma conha, esta concha exerce o papel de envolver e proteger o corpo do molusco; sendo que a concha dos moluscos é constituída por carbonato de cálcio expelido pelas glândulas epidérmicas. 



A imagem abaixo faz uma representação á rádula existente em grande parte dos moluscos.





3. Onde Vivem:

O filo dos moluscos é um filo bastante numeroso, por causa desta enorme variabilidade de espécies podemos encontrar os moluscos em vários habitats, sendo estes no: mar, na água doce e na terra. Dentre as diversas espécies de moluscos, podemos citar uma espécie que é bastante conhecida entre as pessoas, isso porque estão geralmente presentes em nossos quintais, praças e lotes baldios, esta espécie é denominada Gastrópoda e pode ser representada pelos caramujos e lesmas, que  geralmente situam-se em hortas, jardins, em beira de rios, enfim, aonde houver terra úmida e com bastante vegetação.
Existe também o caramujo do rio, esta espécie de molusco vive nos rios e é bastante difícil de ser encontrada.
Existe também uma espécie de Moluscos que é bastante estudada (não que as outras sejam menos importantes) por apresentarem um sistema nervoso bastante desenvolvido em relação aos outros moluscos, esta espécie é denominada de Cefalópodes, estes moluscos são exclusivamente marinhos, isto é, são encontrados apenas no mar, e um representante deste grupo que podemos citar são as lulas e os chocos.

4. A Estrutura Corporal:

Entre as varias características que os moluscos possuem, podemos destacar essencialmente que eles são: triblásticos, celomados e protostômios. O que todos eles possuem em comum é o corpo mole, não segmentado, e uma simetria bilateral. Os olhos e algumas estruturas sensoriais dos moluscos se localizam na cabeça, tais estruturas sensoriais são químicas e permitem que ele pressinta a aproximação de inimigos naturais, dando-lhe capacidade de se proteger fechando rapidamente sua concha.
Quando o assunto é músculos, encontramos nos moluscos somente o pé como estrutura bem desenvolvida, pois com ele os moluscos possuem a liberdade de se deslocar, cavar, nadar ou capturar suas presas. Os restantes dos órgãos dos moluscos se encontram na massa visceral. Estão nela os sistemas: digestivo, excretor, nervoso e reprodutor. Subsequentemente encontramos em volta da massa visceral o manto, que tem como função a produção da concha. Entre a massa visceral e o manto, há uma câmara chamada cavidade do manto que pode ser ocupada por água (moluscos aquáticos) ou por ar (moluscos terrestres), assim ela exerce a função similar a de um pulmão.
Existe ainda na grande maioria dos moluscos a presença de uma concha, que se faz ausente nas lesmas e polvos, mas se faz presente na parte interna das lulas, possuindo assim uma carapaça calcária, que possibilita uma boa proteção ao animal.


MOLUSCO BIVALVE


MOLUSCO GASTRÓPODE 


Molusco Cefalópode

5. Sistema Digestório:

A partir do desenvolvimento deste trabalho, podemos observar várias características marcantes no filo mollusca, e dentre uma destas características, esta presente o sistema digestório dos moluscos. Todos os moluscos, sem exceções, possuem o sistema disgetório completo, isto é, eles possuem a boca e o ânus, além do esôfago, estômago e do intestino. Na maioria das espécies de moluscos, existe a rádula, que é composta por vários dentículos de quitina, esta se situa na faringe do animal, e exerce a função de raspar o alimento do mesmo. Os moluscos que se diferem desta característica são os polvos e as lulas; estes moluscos possuem um par de fortes mandíbulas quitinosas, curvas na faringe que os auxiliam na sua alimentação servindo para segurar o seu alimento.
A grande maioria dos moluscos que vivem no mar alimentam-se de pequenas algas que ficam em muita das vezes aprisionadas nas rochas, ou de animais pequenos. Existem também os moluscos que são carnívoros, estes se alimentam de animais relativamente grandes, tais como: estrelas do mar, ouriços ou até de outros moluscos menores. Contudo, existem também os moluscos que são filtradores, estes moluscos efectuam a tarefa de remover pequenas partículas orgânicas de maneira direta da água para se alimentarem. A grande maioria dos moluscos que vivem em solo, se alimentam de pequenas plantas, tais como as: gramíneas, ou pedaços de folhas, flores, etc.
Da boca a comida é encaminhada pelo esôfago até o estômago. Para facilitar a sua digestão, os moluscos possuem uma glândula digestiva (ou hepatopâncreas); esta glândula libera secreções digestivas no interior do estômago, aonde se inicia a digestão do alimento. Já no interior do intestino, a comida parcialmente introduzida é sugada pelas células intestinais, dentro das quais a digestão é concluída. Assim, os moluscos nos mostram uma digestão intracelular e extracelular. Posteriormente ao estômago, existe um extenso e enrolado intestino que por fim, chega ao ânus.

6. Sistema Excretor:

Os moluscos têm em seu corpo estruturas excretoras que se abrem na cavidade celomática, estas são chamados de nefrídeos. Por causa da abertura interna presente nestas estruturas, (o nefróstoma), penetram substâncias encontradas na corrente sanguínea e no líquido celomático. Em alguns moluscos, como, por exemplo, nos cefalópodos, os nefrídeos se agrupam de forma bastante organizada dando origem a um “rim primitivo”. Encontramos nos moluscos um par de estruturas especializadas para a excreção, estas são denominadas de metanefrídios. Tendo a especifica função de filtrar substâncias tóxicas do sangue, mas podem reabsorver as substancias que ainda podem ser aproveitadas.


7. Sistema Respiratório:

Os moluscos são bastante diversificados quanto às estruturas corporais e os ambientes onde podemos encontrá-los. Logo se o habitat e a estrutura corporal de cada espécie varia muito, certamente que o sistema respiratório de uma espécie para outra será totalmente diferente. Algumas espécies poderão possuir respiração branquial, outras pulmonar e por fim cutânea. Há varias espécies de moluscos que apresentam somente respiração branquial, estes moluscos apresentam então brânquias aonde a cavidade do manto atua como um pulmão, essas são popularmente conhecidas como saco pulmonar, e por fim existem aquelas espécies que não possuem nenhuma brânquia sequer , mas possuem sim, o saco pulmonar.
Em casos mais raros existem moluscos que executam da respiração pulmonar, pois em sua grande maioria eles respiram por meio das brânquias; mas existem outros moluscos que respiram por meio da superfície corporal, ou seja, realizam a respiração cutânea.
O quesito para respirar de forma braquial é viver exclusivamente no ambiente aquático, os moluscos que assim procedem são os polvos e lulas. Já para que o molusco possa realizar a respiração pulmonar, é necessário que os mesmos vivam apenas em ambientes onde exista predominantemente gás oxigênio, os animais que possuem estas características são os caracóis e caramujos. E por fim vem a lesma que possui respiração cutânea, ou seja, através da pele.
A grande maioria destes animais possui a membrana do manto vascularizada o que permite que ocorram trocas gasosas entre a corrente sanguínea e a água. No meio aquático os moluscos possuem laminas no manto e estas são abundantemente “banhadas” por sangue e é isso que origina as brânquias desses animais. Já nos moluscos terrestres, a cavidade do manto encontra-se cheia de ar e trabalha como um pulmão, gerando por sua vez a respiração pulmonar.





8. Sistema Circulatório:

O sistema circulatório dos moluscos é do tipo aberto ou lacunar com exceção dos moluscos do tipo cefalópodes. No tipo aberto ou lacunar o sangue é impulsionado por uma estrutura semelhante a uma pequena bomba (coração), assim o sangue passará pelo meio de alguns vasos sanguíneos até alcançar as lacunas, que se denominam hemoceles. Ao chegarem na massa visceral ou manto, que se localizam entre os vários tecidos, o sangue fica circulando muito lentamente neste local, sob baixa pressão, fazendo assim o transporte de nutrientes, oxigênio, recolhendo gás carbônico, alguns resíduos pelo processo metabólico e voltando quando o coração relaxa, através de pequenos orifícios denominados de  ostíolos.
O coração dos moluscos fica situado dorsalmente em sua estrutura corporal, podendo ser representado na imagem a seguir:
Assim o sangue sai do coração em vasos que vão se ramificando e, ao chegarem aos tecidos, terminam em cavidades. Desta forma o sangue banha todas as células. Podemos assim destacar como característica marcante deste tipo de sistema circulatório, o fato de que ao sair dos vasos o sangue perde pressão, fazendo com que a estrutura corporal do animal não possa se evoluir e ser muito maior do que é atualmente. Já nos cefalópodes encontramos um sistema circulatório fechado, isso quer dizer que o sangue consegue permanecer totalmente dentro dos vasos sanguíneos exigindo uma alta pressão do sangue dentro do corpo destes animais, fazendo com que os mesmos se locomovam muito mais rapidamente.



9. Sistema Nervoso:

Os moluscos possuem um sistema nervoso, este sistema é ganglionar, contendo assim três partes de gânglios nervosos da onde saem os nervos para as várias partes do corpo do molusco; os gânglios localizam – se principalmente na região da cabeça e sobre o tubo digestório, e por este motivo são nomeados de gânglios cerebrais. Quando estudamos os cefalópodes, observamos que os mesmos possuem um grandioso gânglio cerebróide, que parece o encéfalo dos vertebrados, o qual permite a este tipo de molusco á realização de diversas atividades bastante complexas. O sistema nervoso dos moluscos é formado, essencialmente, por um circulo (anel) de nervos em volta do esôfago e  por um conjunto de cordões nervosos que se distribuem ao longo das demais regiões do corpo.
Os primeiros moluscos a existirem (como, caracóis e amêijoas) possuem um sistema nervoso parecido ao grupo dos anelídeos, aonde os neurônios que comunicam entre si possuem dois gânglios cerebrais os quais formam o cérebro que esta situado sobre o esôfago.Os músculos do pé são estimulados por um conjunto específico de cordões nervosos. Nos bivalves, o gânglio cerebral se localiza lateralmente ao esôfago.
Os cefalópodes, tais como lulas e polvos, possuem cérebros relativamente complexos que estão ligados diretamente aos movimentos e aos hábitos predatórios destes animais. Estes animais também possuem olhos avançados. A maioria dos gânglios nervosos estão localizados ao redor do esôfago e vão até o fim dos braços ou tentáculos. Um par de grandes nervos paliais liga o cérebro a um par de gânglios na superfície interior do manto, como em todos os invertebrados, os axônios dos cefalópodes carecem de mielina, o isolante que proporciona aos vertebrados reações mais rápidas. A lula é conhecida por possuir um sistema de neurônios enormes. Estes neurônios possuem fibras ligadas aos músculos retractores da cabeça e ao gânglio do manto. Os grandes tamanhos destas fibras proporcionam a rápida transmissão de estímulos e consequentemente movimentos extraordinariamente rápidos do corpo. Por isso, os axônios da lula são utilizados por neurocientistas para que eles possam trabalhar as propriedades básicas da ação potencial.

10. Sistema Sensorial:

O sistema sensorial dos moluscos é bastante variável, podendo estes possuírem estruturas visuais, tácteis, equilíbrio quimiorreceptoras e sensoriais. Os Moluscos bivalves possuem terminações nervosas, que proporcionam aos mesmos condições de perceber mudanças de ambientes, de  toques e  de pressões. Existem também nestes animais alguns receptores de luz, que parecem os olhos, ainda que não constituam nenhum tipo de imagem; também existem alguns órgãos sensoriais que apontam a posição corporal e as características da água. Já os gastrópodes e cefalópodes possuem olhos mais desenvolvidos, que se assemelham ao dos vertebrados, capazes de constituir imagens. A visão perfeita que possuem as Lulas e Polvos, proporcionam aos mesmos serem eficientes predadores.

11. Reprodução:

Quando se estuda os moluscos podemos concluir varias coisa, uma delas é que os mesmos podem  apresentar dois sexos em um só animal sendo estes hermafroditos, ou  estes animais podem apresentar sexos separados, sendo um animal o macho e outro a fêmea;
mesmo com alguns moluscos sendo hermafroditos a reprodução dos mesmos só ocorre de forma sexuada, ou seja, aonde o espermatozóide (masculino) fecunda o ovulo (feminino) de outro molusco, aonde na cópula, dois moluscos se aproximam e encostam seus poros genitais, pelos quais se fecundam alternadamente, até gerarem um novo individuo.
A fecundação pode ser externa, com liberação dos óvulos e espermatozóides na água, ou interna. O desenvolvimento pode ser indireto, aonde se desenvolve a larva, ou direta, quando do ovo desenvolve um ser já na fase jovem.
Nos bivalves, os testículos e ovários localizam – se no saco visceral. Aonde Machos e fêmeas eliminam os gametas na água fazendo assim a fecundação de maneira externa, aonde o zigoto origina uma larva ciliada que é nomeada como Véliger, que nada durante um certo período mais depois vai para o fundo do mar aonde termina de desenvolver seu corpo.
Grande parte dos gastrópodes são monóicos. No interior do saco visceral, geralmente no ápice da concha, existe uma gônada hermafrodita, chamada ovoteste, que pode produzir tanto óvulos quanto espermatozóides.
Do ovoteste parte um canal que se abre na câmara de fecundação. Da câmara de fecundação parte um canal masculino, que transporta os espermatozoides até o pênis, e um canal feminino, que acaba em uma vagina.
Tanto o pênis quanto a vagina possuem contato com o meio exterior por meio do poro genital, que geralmente se localiza próximo da cabeça do molusco.
Dois gastrópodes que já estejam sexualmente maduros acasalam-se encostando os poros genitais e penetrando, cada um dos gastrópodes, seu pênis na vagina do parceiro.
Com isso ocorre a mútua troca de espermatozoides entre os parceiros que logo após este processo se separam. 

Depois do ato de fecundação mútua, os espermatozoides ficam guardados por um curto tempo em um receptáculo seminal, ate que os óvulos sejam fecundados na câmara de fecundação. Os ovos recebem alimento da glândula albuminosa, e estes são eliminados pelo poro genital. 
Já nos cefalópodes, o macho é quem carrega os espermatozoides, que são introduzidos na cavidade do manto da fêmea para as fecundações. Após as fecundações, são liberados inúmeros ovos, que possuem uma casca gelatinosa.
As fêmeas de várias espécies liberam seus ovos em diversos lugares aonde os mesmos fiquem protegidos, debaixo de rochas, no interior de cavernas etc.
Alguns polvos fêmeas cuidam dos ovos "arejando-os" com jatos de água expulsos pelo sifão. O desenvolvimento dos ovos é direto, aonde neste desenvolvimento os ovos não se tornam larvas.
Por causa do tamanho pequeno, grande partes dos filhos servirão como alimento de diversos predadores. Na maioria das vezes, uma pequena parcela de polvos e lulas chegam até vida adulta, isso ocorre porque geralmente a morte da mãe dos filhotes, conhecide com o nascimento dos mesmos, fazendo com que eles fiquem sem nenhum tipo de proteção.
Nos gastrópodes terrestres o desenvolvimento é direto, aonde dos ovos fecundados nascem pequenos caracóis que parecem os pais. Já na maioria dos gastrópodes aquáticos, o desenvolvimento é indireto, resultando assim em duas formas larvais, sendo estas a: trocófora e a véliger. 



Desenvolvimento Externo



Copúla



Classe Aplacophora

Os aplacóforos são moluscos marinhos pouco conhecidos, que podem chegar a viver em grandes profundidades marinhas. Possuem corpo vermiforme e conseguem somente chegar a alguns milímetros de comprimento (cerca de 5 mm). Não possuem concha, embora alguns representantes apresentem espículas calcárias. A esta classe pertencem cerca de 288 espécies de Moluscos. Dos animais desta classe pouco se sabe, o que se sabe é que podem ser recolhidos nos mais variados oceanos, em profundidades de até 7000 metros. Porém, são mais facilmente encontrados em maiores quantidades nas profundidades dos oceanos que vão de 200 e os 300 metros.
Existem dentre eles os que podem viver enterrados em sedimentos, pois eles possuem um pé bastante reduzido. Há ainda aqueles que se movem sobre o fundo dos mares ou sobre espécies de corais, possuindo um sulco mediano-ventral que poderá ser uma estrutura homóloga ao pé.
Em sua “dieta” alimentam-se de Cnidários, de pequenos organismos ou de partículas existentes no sedimento, podendo ou não possuir a rádula. A estrutura corporal deles é composta por uma cabeça sem muito desenvolvimento e revestimento corporal feito por uma cutícula, além de que algumas espécies chegam a possuir espículas ou escamas calcárias.
Nas poucas espécies estudadas verificou-se que muitos Aplacóforos possuem  características reprodutivas hermafroditas e que o seu desenvolvimento pode ser direto ou não, sendo neste último caso clara a existência de uma larva trocófora típica dos Moluscos.




Classe Monoplacophora

Os Monoplacophora eram considerados extintos, até que em 1952 foram reencontrados na região do Golfo do Panamá, em uma grande profundidade marinha, pois só vivem nas profundezas dos oceanos. O nome "Monoplacophora" significa 'portador de uma placa'.
Do pouco que se sabe sobre eles pode-se destacar que eles possuem uma única concha arredondada de simetria bilateral e assemelham-se aos quítions da Classe Polyplacophora. A sua concha é muitas vezes fina e frágil, sendo que o apex da concha é anterior.
Os segmentos corporais apresentam uma repetição primitiva, com órgãos similares em vários segmentos. Esta organização apresenta-se existente em alguns anelídeos, sugerindo assim uma ligação evolutiva entre estes e os moluscos.
Movimentam-se através de um pé circular. A respiração é feita por 5 ou 6 pares de guelras, existentes lateralmente ao corpo. A sua cabeça é reduzida e não possui olhos nem tentáculos. Alimentam-se de lama e detritos.
Neopilinagalatheae foi a primeira espécie a ser descoberta. Espécimenes anteriores datavam esta espécie do Paleozóico. Estes moluscos têm entre 0,5 e 3,0 cm de comprimento.
Os gêneros mais atuais e recentes ocorrem em águas profundas do pacífico, Atlântico Sul e Índico. Parecem se alimentar de detritos orgânicos sobre substrato não consolidado.




Classe Polyplacophora

Os poliplacóforos são chamados pela maioria da população de quítions, os moluscos dessa vivem grudados á rochas nas áreas entre as marés ou submersas. A concha desta classe de moluscos é constituída por um conjunto de oito (08) placas sobrepostas e articuladas; é por este motivo que esta classe possui o nome Polyplacophora (do grego polys: muito)
Os poliplacóforos exibem um mesclado de características primitivas e adequações a sua maneira de viver, ou seja, junção ás rochas e conchas. O corpo dos moluscos desta classe é oval, achatado dorsoventralmente, com um pé ventral, bem evoluído, e uma conha que protege o corpo, formada por oito placas sobrepostas. A cabeça dos moluscos dessa classe é indefinível, sendo que a mesma não possui olhos e nem tentáculos cefálicos. O manto é grosso e constitui em torno da concha uma cintura que pode apresentar espinhos, calcários ou quitinosos, sendo que este manto é essencial para a sua proteção. Tanto o pé quanto o manto, exercem uma função de auxiliar os Poliplacóforos na junção ao substrato, de forma que é bastante complicado desalojá-los.
Os poliplacóforos possuem tamanhos que podem oscilar entre 3 e 40 cm de comprimento (o tamanho de 40 cm é uma exceção, aonde pesquisadores descobriram no oceano pacifico uma espécie ´´ gigante ´´ desta classe de moluscos), mas geralmente possuem entre 3 e 12 cm de comprimento. São espécies que habitam no mar, sendo abundantes em zonas intertidais rochosas. São animais vegetarianos (herbívoros) que raspam as algas presas as rochas, com o auxilio de uma rádula bem desenvolvida e endurecida por magnetite.
Nos dias atuais, tem-se o conhecimento de cerca de 800 espécies de poliplacóforos amplamente espalhadas pelo globo, sendo que é raro encontrar um fóssil desta espécie, que comprove o seu período Câmbrico.




Classe Scaphopoda

Os escafópodos são unicamentes marinhos e a maioria deste moluscos reside enterrada na areia ou lodo. São vulgarmente conhecidos como conha-dente. Esta classe recebe esta nomeação porque possui uma concha de forma cilíndrica que recorda um dente, ou uma presa. O pé dessa classe de moluscos é musculoso e adaptado para escavar o substrato. 
Scaphopoda (do grego skaphe, pá + pous, podos, pé – faz referência ao pé que o molusco usa para escavar e enterrar-se no substrato)
A classe scaphopoda é dentre as varias classes de moluscos a menor, que possui em volta de 550 espécies distribuídas em todo o mundo. Atualmente no território brasileiro existem cerca de 30 espécies de moluscos desta espécie.
Os escafópodes são moluscos que habitam no mar e se caracterizam por possuírem uma concha tubular aberta nas duas extremidades. Em algumas espécies, por exemplo, nos Dentaliidae, as conchas dos mesmos apresentam um formato cônico, bastante alongados e levemente recurvados, semelhantes a pequenas presas de elefantes. As partes moles ficam limitadas na região interna da concha. O tamanho da concha pode variar de 3 a 150 mm. As conchas desta classe de moluscos pode ser lisa, reticuladas, com estrias ou carenas longitudinais ou transversais.
Os escafópodes são animais bentônicos (animal marinho que reside no fundo do mar, em contato com o substrato e não possui capacidade de natação) e vivem na extremidade mais larga da concha, onde esta localizado o pé e a cabeça rudimentar, enterrada no sedimento, enquanto a parte mais afilada da concha se arquiteta para fora do substrato. Os escafópodes usam o pé, sem possuírem olhos, cilíndrico e pontiagudo para escavar.  A cabeça possui projeções no formato de tentáculos retráteis, intitulada captáculos. Os captaculos são ciliados e estes funcionam como órgãos tácteis e adesivos para  a ´´ prisão ´´ do alimento, o qual pode ser formado por detritos presentes no sedimento ou de pequenos organismos, tais como pequenos bivalves ou foraminíferos. Esta classe de moluscos possui a rádula bastante desenvolvida, sendo esta responsável por triturar o alimento. Pelo orifício da porção afilada da concha, circulam as correntes de água que exercem a função de respiração e eliminação de resíduos consequentes do metabolismo.
Veja, logo a seguir, um exemplo de moluscos da classe Scaphopoda.







Classe Bivalvia

Grupo diversificado que pode ser encontrado nos mares e em águas doces, é o caso das ostras, dos mexilhões e dos mariscos. Possuem uma concha composta por duas partes, chamadas de valvas, articuladas por uma espécie de dobradiça situada na região dorsal. Possuem uma cabeça reduzida e um pé estreito que lembra a forma de um machado.
Os animais bivalves podem também ser chamados de Lamellibranchia ou Pelecypoda e constituem a segunda maior Classe de moluscos com aproximadamente 15.000 espécies. É um grupo exclusivamente aquático, bilateralmente simétrico, caracterizado por possuir um corpo comprimido lateralmente com uma concha externa composta por duas valvas. Mas alguns vivem presos a substratos, como as ostras, estas não apresentam uma simetria bilateralmente simétrica, alem de que poucos possuem uma concha interna.
A concha às vezes pode ser totalmente ou parcialmente calcificada e consiste de uma valva esquerda e uma direita. As valvas são unificadas na parte dorsal, conectadas por um ligamento elástico parcialmente calcificado e mantida juntas por músculos adutores, um ou dois, que estão presos à superfície interna da concha. As valvas são abertas pelo ligamento e fechadas pela contração dos músculos adutores.
Sua estrutura corporal é diferente de um molusco ´´ normal ´´, isso por não possuir cabeça ou rádula. São em sua maioria filtradoras ou necrófagos (carniceiros) e até predadores.
A grande maioria desses animais vive enterrada em substratos arenosos ou lodosos e movimentar-se com o uso de seu pé. Outros como as ostras e mexilhões vivem presos a substratos sólidos e outros ainda podem chegar a penetrar em madeira ou até em pedras.
Por meio do fechamento de suas valvas alguns pectinides podem nadar por curtas distâncias em uma rápida velocidade, por causa do deslocamento de água causado por esse movimento, assim eles se protegem de predadores.
Por meio da concha boa quantidade de água circula entre as brânquias, que absorve e filtra o oxigênio presente no ambiente, assim esse tipo de animal possui respiração branquial. Em relação à reprodução podemos dizer que a fecundação e externa, pois os sexos são separados e a união dos gametas acontece pelo meio externo.O meio de proteção encontrado pelos animais desta espécie é isolar qualquer corpo estranho que penetre entre a concha e o manto de seu próprio corpo, por meio de uma substancia lisa chamada de nácar, as glândulas epidérmicas vão envolvendo este objeto produzindo assim a preciosa pérola que nos dias de hoje o ser humano comercializa.





Classe Gastropoda

Os gastrópodes é o maior grupo dentro dos moluscos, os animais mais conhecidos que o podem facilmente representar este grupo são as lesmas, os caracóis de jardim e os caramujos. Há nesta classe espécies de água doce, marinhas e terrestres. Há também a presença de animais que possuem concha, geralmente espiralada, como os caracóis e caramujos, ou sem, como as lesmas, sendo que a cabeça da lesma, do caracol e do caramujo possui dois pares de tentáculos, semelhantes na aparência a antenas, sendo que os olhos ficam nas extremidades do par de tentáculos mais longos.
O termo gastrópode significa que o animal possui os pés na barriga.  Este grupo sozinho representa um quarto das espécies do filo inteiro. São gastrópodes, além dos caracóis, as lesmas, lebres do mar (também conhecidas por tintureiras), lapas e búzios.
A maioria dos animais que compõe este filo é aquática, principalmente marinha, mas existem também os animais terrestres. O tamanho varia muito de gastrópode para gastrópode podem ser desde os minúsculos caracóis aquáticos com 1 mm a uma espécie australiana com 70 cm de comprimento. Estes moluscos apresentam geralmente uma concha espiralada, que os torna assimétricos.
A concha da grande maioria dos gastrópodes é univalve, achatada ou espiralada, onde no seu interior se aloja a massa visceral. Algumas espécies têm um opérculo, que tampa a entrada da concha quando o animal se recolhe. No entanto, existem muitas exceções, como as lesmas marinhas ou nudibrânquios, que não apresentam concha, dependendo de elaboradas defesas químicas para a defesa.
A localização do ânus do animal é ao contrario do que estamos habituados a encontrar, isso porque a abertura da cavidade paleal e o ânus se localizam sobre a cabeça (ou apontando para o lado direito, em algumas espécies) no animal adulto, um dos poucos aspectos comuns a estes animais tão diversificados. O pé ventral é largo e em forma de palmilha, coberto por numerosas glândulas mucosas. Todos os gastrópodes, herbívoros ou predadores, apresentam rádula.
Os gastrópodes marinhos respiram por brânquias localizadas na cavidade paleal. Os gastrópodes terrestres realizam suas trocas gasosas por meio do manto, que se encontra muito vascularizado na cavidade paleal, funcionando assim como um pulmão.
A maioria dos gastrópodes apresenta os sexos separados, mas existem formas hermafroditas (caracóis, por exemplo) e, em outros casos, os animais podem mudar de sexo ao longo de seu ciclo devida
Veja, logo a seguir, um exemplo de moluscos da classe Gastrópoda.












Classe Cephalopoda

Exclusivamente marinhos, os cefalópodes incluem as lulas, sépias, náutilos e polvos em sua classe. O termo cefalópode significa pés na cabeça, e  faz referencia a uma característica física destes animais que possuem geralmente ao redor da cabeça um círculo de tentáculos que atua na movimentação e captura de alimentos. A concha pode estar presente, como nos náutilos, ou ausente, como é o caso dos polvos, ou ser reduzida e interna, como ocorre com as lulas e sépias.
Para a sua auto proteção e em alguns casos ate mesmo para a sua alimentação por meio da caça, muitas espécies possuem células especiais pigmentadas chamadas cromatóforos, que permitem a esses animais mudar de coloração. Alguns cefalópodes, como as lulas, também são dotados de um pequeno órgão, em forma de saco, que contém um fluído escuro. Quando ameaçados, esses animais liberam o fluído, dificultando a visão do predador.
Dentre os Moluscos os animais dessa classe são os mais complexos. Atualmente conhecemos apenas cerca de 600 espécies desses animais, que são exclusivamente marinhas. Das espécies fósseis de Moluscos que conhecemos a grande maioria é englobada na subclasse Ammonoidea. Estas possuíam conchas espiraladas, algumas atingindo 2 metros de diâmetro e foram abundantes nos mares da Era Paleozóica e Mesozóica tendo-se extinguido subitamente.
Os Cefalópodes apresentam a porção anterior do pé modificada em braços e tentáculos, circundando a cabeça bem desenvolvida, utilizando-se deles para a captura de presas, fixação, locomoção e copula.
Possuem uma concha externa encontradas em 5 ou 6 tipos de cefalópodes de todos as espécies que hoje se possui conhecimento. A extinção ou até mesmo  o seu desaparecimento, o que é o caso do Polvo, é a situação mais comum nas espécies atuais. Ao gênero Nautilus pertencem os únicos cefalópodes que possuem uma concha externa. Neste gênero, a concha é enrolada em espiral e é formada por câmaras contíguas, vivendo o animal apenas na última, que é a maior. As amonites também eram cefalópodes fósseis que também apresentavam concha externa.
A estrutura física mais evoluída dos cefalópodes é justificada no fato dos animais desta classe serem predadores eficientes, assim o sistema circulatório, excretor, digestivo e de transporte interno, bem como sistema nervoso e órgãos dos sentidos apresentam uma complexidade e eficiência superior a todos as outras classes de Moluscos e, em alguns aspectos, a todos os outros invertebrados.
O sistema nervoso é desenvolvido, aonde o grau de cefalização encontrado nos Cefalópodes excede os restantes grupos do filo Mollusca. Eles já são capazes de resolver problemas e são, inclusive, capazes de brincar, um comportamento geralmente associado aos mamíferos. Dos órgãos dos sentidos, os olhos são particularmente bem desenvolvidos e muito semelhantes aos dos peixes que são vertebrados.
Toda a circulação sanguínea dos cefalópodes ocorre no interior de vasos sanguíneos, assim seu sistema circulatório é fechado e não aberto como o de outros moluscos. Estes animais apresentam um segundo conjunto de pequenos corações junto das brânquias, o que aumenta de forma muito expressiva a velocidade de circulação sanguínea nos órgãos respiratórios e, consequentemente, a taxa metabólica.
Os cefalópodes deslocam-se velozmente, devido a um sistema de propulsão a jacto, usando o seu sifão, isso se explica pelo seu eficiente sistema circulatório. E estes fatos permite-nos também explicar a perda de concha, dado que era necessário libertar o manto desse material rígido para que este pudesse funcionar como bomba de água.
Os cefalópodes se reproduzem sexuadamente por meio de fecundação interna, formando assim ovos ricos em vitelo, dos quais emergem jovens cefalópodes por desenvolvimento direto.
O acasalamento é procedido de rituais complexos, para que aja assim a sedução da fêmea pelo macho, geralmente envolvendo brilhantes demonstrações de cor e luz, pois algumas espécies são Bioluminescentes. Neste processo os machos apresentam um braço especializado - hectocótilo - na transferência de um saco de esperma - espermatóforo - para o corpo da fêmea.











Curiosidades:

Alimentação:
Os moluscos são muito utilizados na alimentação de pessoas, tanto por meio do abastecimento de lugares portuários, como por meio das indústrias, servindo de matéria-prima para a alimentação de todo um sistema de comidas exóticas. Polvos, mariscos, ostras e lulas, entre outros, além de saborosos, são muito nutritivos e ricos em proteínas, vitaminas, cálcio, fosfatos e outras substâncias. Por serem filtradores e acumularem resíduos de águas contaminadas no corpo é preciso muito cuidado na hora de importante comprá-los. Assim são muito uteis na alimentação humana.

Artesanato:
Na indústria, as conchas dos moluscos são usadas para fabricar botões e bijuterias e também para fazer adubos. As pérolas verdadeiras, de grande valor comercial, são produzidas por ostras. Podemos ainda usar as conchas de muitas espécies de moluscos para a fabricação de artesanatos.

Medicina:
Experimentos demonstram que substância química encontrada na tinta do polvo é capaz de curar câncer: sabe-se ainda muito pouco sobre as propriedades de várias substâncias encontradas nos animais e vegetais. Alguns pesquisadores japoneses, entretanto, descobriram que existe uma substância química na tinta do polvo que é capaz de curar alguns tipos de câncer. Trata-se de um polissacarídeo (uma molécula grande de carboidrato como o amido do arroz). Fazendo experimentos com essa substância, os cientistas a aplicaram em parte de um grupo de animais que possuíam a doença. Os animais doentes que não foram tratados morreram e 60% dos que foram submetidos à substância melhoraram sensivelmente.

Ambientalmente:
Os moluscos são ecologicamente importantes também por suas conchas serem o elemento vital do ciclo do calcário.Os Moluscos são também um dos melhores bioindicadores de poluição já conhecidos. Por estarem quase à beira-mar, em uma zona onde se concentram os mais diversos tipos de poluentes, eles são facilmente afetados. No seu corpo concentram-se várias substâncias tóxicas, como o benzeno e metais pesados. Como são comedores de plânctons, organismos igualmente sensíveis à poluição, concentram-se e potencializam, até em mil vezes, elementos tóxicos nos seus corpos.

Por que as lesmas derretem quando jogamos sal sobre elas?
As lesmas possuem uma pele muito fina. Vivem em lugares úmidos e sombrios e, assim, não ocorrem grandes taxas de transpiração através da pele, fato que poderia provocar a desidratação desses animais.
Quando jogamos sal na lesma, ela perde água e se desidrata. Mas, nesse caso, a desidratação ocorre por que ocorre o sal se dissolve na superfície da pele úmida do animal, formando uma solução salina, em que a água é o solvente e o sal é o soluto. Essa solução salina é muito mais concentrada em solutos (sais) do que a solução dos fluidos do corpo do animal. Assim, ocorre um fenômeno chamado de osmose, em que a água se desloca espontaneamente de uma solução mais concentrada em soluto para outra menos concentrada, até que essas soluções tenham a mesma concentração. Por isso, a lesma perde muita água e morre desidratada. Vale lembrar que não se deve fazer isso, porque o animal sofre e isso não é justo. Mesmo um animal pequeno é importante para o equilíbrio do ecossistema.     
      
Conclusão:

Podemos concluir após estudar sobre o Filo Mollusca, que estes são em sua grande maioria animais que possuem estrutura corporal mole com ou sem a presença de uma concha. Assim podemos perceber que os animais do Filo Mollusca são invertebrados.
Vimos que hoje em dia se conhecem cerca de 150 mil espécies de moluscos, que podem ser encontradas no mar, em água doce e em terra firme. Os moluscos mais conhecidos popularmente são as ostras, os caramujos, as lesmas, os mexilhões, os caracóis, as lulas e os polvos. E que quanto à estrutura corporal possuem certas divisões que se estabelecem a partir da cabeça do pé e da massa visceral.
Ao estudarmos estas estruturas podemos constatar que na cabeça de tal animal encontramos órgãos dos sentidos e uma boca que possui uma espécie de língua cheia de cerdas raspadoras muito afiadas que recebem o nome de rádula. De acordo com as divisões estabelecidas para o corpo desses animais podemos ver que na massa visceral os órgãos se alojam e que a concha tem justamente a função de protegê-la. E finalmente podemos constatar que o pé dos moluscos é responsável também pela sobrevivência do animal, uma vez que ele o usa para se alimentar e locomover, entanto em animais como o polvo e a lula, o pé é substituído por tentáculos.
Quanto a respiração vimos que a maioria dominante dos moluscos respiram por meio dede brânquias e vivem somente em meios aquáticos, mas existem outro que respiram por meio de respiração pulmonar e vivem somente em meio terrestre; por fim há aqueles que respiram por meio de respiração cutânea, isto é, respiram pela superfície do corpo, neste caso podemos citar a lesma.
Observamos que por ser um filo muito complexo e variado, os moluscos são ainda divididos em sete classes. Que é: a Monoplacophora, onde esta os seres que possuem uma única concha em forma de capuz, revestindo totalmente o pé e a massa visceral; a Amphineura, onde se localiza os que possuem um organismo possuidor de concha formada por um conjunto de oito placas articuladas, circundadas por um cinturão dérmico. O pé é bem desenvolvido e adaptado à forma de locomoção (rastejam); a Scaphopoda, onde estão os animais formados por concha única com formato cônico, aberta nas extremidades. São exclusivamente marinhos, vivendo enterrados na areia, hábito proporcionado a especialidade dos pés, conferindo a capacidade de escavar; a Pelecypoda ou Bivalvia, onde encontramos os moluscos formados por duas valvas articuladas, semelhante a uma dobradiça com característica elástica. Vivem enterrados ou fixados em substratos submersos de água salgada ou doce; a Gastrópoda, que abrange os animais que possuem concha com morfologia espiralada (caramujos e caracóis), retraindo-se para o interior dessa quando em situações adversas (perigo). Apresentam pés adaptados ao deslizamento sobre a superfície; a Cephalopoda, que possui organismos marinhos, com algumas espécies apresentando concha interna (lula e sépia) e outras desprovidas de conchas (polvo), manifestando aparelho locomotor modificado em tentáculos dotados de ventosas; e por fim a Aplacophora, que acomoda os moluscos de pequena dimensão e sem concha, assemelhando-se a vermes.







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