Moluscos
1. Introdução:
Os primeiros invertebrados existiam já em locais
úmidos como as praias e o mar há aproximadamente uns 600 milhões. O ambiente
que aqui podíamos encontrar era propício à proteção dessas espécies primitivas,
pois eles podiam perfeitamente se esconder e encontrar bastante alimento. Eles
eram a “versão menos desenvolvida” dos moluscos que hoje conhecemos, eram eles
os antepassados ou ancestrais dos atuais animais das formas e espécies.
A esses animais de corpo mole que e pareciam muito com os marisco, caramujos
polvos e lulas, foram por Linnaeus denominados moluscas (latim: mollis, mole)
pois possuem um corpo mole, mas os molusco que possuem concha ou valva já foram
antes reunidos também no grupo dos braquiópodos e cirripédios.
Essa tal concha pode ser formada por uma única peça (molusco é univalve), ou se
dividir em duas partes, (molusco bivalve). E ainda existe o caso dos moluscos
que não possuem concha, tais como a lesma e o polvo
Dentre os grupos de animais invertebrados, o Filo Molluscas é o mais difundido
entre as pessoas, pois desde o século XVII diversos colecionadores vão ao mar,
mergulhando em suas águas em busca desses animais. Assim, podemos dizer que
esta pratica de colecionar moluscos nos proporcionou nos dias de hoje um dos
filos que possuem um vasto conhecimento se analisados do ponto de vista da
taxonomia.
Quando o assunto é à quantidade de espécies dos animais desse filo, podemos
dizer que nos dias de hoje consciência da existência de aproximadamente 100.000
formas viventes destes animais, sendo que cerca de outros 35.000 constam nos
registros fósseis do período Cambriano.
Quanto ao ambiente natural onde podemos encontrar os moluscos em sua grande
maioria vivendo no mar, como, por exemplo, a lula, o polvo e a maioria dos
mariscos. Alguns, como a lesma e o caracol, vivem em terra; outros, como o
caramujo dos rios, vivem em água doce. Além de que muitos moluscos são úteis na
alimentação humana e na atividade econômica de muitos países, através da pesca
e coleta dos mesmos.
2. Características:
Fazem parte do filo Mollusca os seguintes moluscos:
caramujos, polvos, caracóis e lesmas. A nomeação que este grupo recebe já nos
dá uma colher de chá sobre uma característica que é bastante comum em todos os
moluscos, isso porque o termo Mollusca vem do latim Mollis, que significa
´´mole´´. Com isso podemos observar que todos os moluscos possuem um corpo
mole, que pode ser revestido ou não por uma concha calcária.
Os moluscos possuem uma grande variedade relacionada ao número de espécies,
sendo que este filo só perde em comparação ao filo dos artrópodes. Os moluscos
podem ser encontrados na maioria das vezes em três ambientes sendo estes:
ambientes marinhos, ambientes de água doce ou ambientes terrestres. Grande
parte dos moluscos são utilizados para o consumo humano, além de que sua coleta
é a essencial atividade econômica de vários países do mundo. Existem algumas
espécies de moluscos que são consideradas como invasoras, um exemplo claro é o
caramujo-gigante da África (Achatinafulica), este tipo de espécie invasora,
afeta muito as espécies nativas de uma determinada região, podendo causar
vários problemas para elas. Além deste grupo de moluscos, existe um outro grupo
marinho, estes moluscos são denominados de teredinídeos; este grupo de moluscos
fazem perfurações na madeira, possuindo assim, a capacidade de danificar o
casco de barcos, píers, etc...
Ao estudarmos o grupo dos moluscos, podemos observar por meio de varias
pesquisas que apesar da vasta diversidade de moluscos que estão espalhados por
todos os ambientes, pode-se dizer que o corpo destes animais seguem uma
estrutural padrão básica, sendo a mesma constituída pela: cabeça, pé e massa
visceral. A boca do molusco, situa-se na cabeça do mesmo, sendo que a sua esta
pode apresentar um tamanho pequeno em determinados grupos de moluscos. Na
maioria das vezes, o pé do molusco possui um formato de sola achatada e
muscular, que se localiza na superfície ventral do corpo. A massa visceral
existente nos moluscos faz referência a uma bolsa, na qual em seu interior
situam-se os órgãos internos. Geralmente, varias classes de moluscos também
apresentam uma conha, esta concha exerce o papel de envolver e proteger o corpo
do molusco; sendo que a concha dos moluscos é constituída por carbonato de
cálcio expelido pelas glândulas epidérmicas.
A imagem abaixo faz uma representação á rádula existente em grande parte dos
moluscos.
Depois do ato de fecundação mútua, os espermatozoides ficam guardados por um curto tempo em um receptáculo seminal, ate que os óvulos sejam fecundados na câmara de fecundação. Os ovos recebem alimento da glândula albuminosa, e estes são eliminados pelo poro genital.
3. Onde
Vivem:
O filo dos moluscos é um
filo bastante numeroso, por causa desta enorme variabilidade de espécies
podemos encontrar os moluscos em vários habitats, sendo estes no: mar, na água
doce e na terra. Dentre as diversas espécies de moluscos, podemos citar uma
espécie que é bastante conhecida entre as pessoas, isso porque estão geralmente
presentes em nossos quintais, praças e lotes baldios, esta espécie é denominada
Gastrópoda e pode ser representada pelos caramujos e lesmas, que geralmente situam-se em hortas, jardins, em
beira de rios, enfim, aonde houver terra úmida e com bastante vegetação.
Existe também o caramujo do
rio, esta espécie de molusco vive nos rios e é bastante difícil de ser
encontrada.
Existe também uma espécie de
Moluscos que é bastante estudada (não que as outras sejam menos importantes)
por apresentarem um sistema nervoso bastante desenvolvido em relação aos outros
moluscos, esta espécie é denominada de Cefalópodes, estes moluscos são
exclusivamente marinhos, isto é, são encontrados apenas no mar, e um
representante deste grupo que podemos citar são as lulas e os chocos.
4. A
Estrutura Corporal:
Entre as varias
características que os moluscos possuem, podemos destacar essencialmente que eles
são: triblásticos, celomados e protostômios. O que todos eles possuem em comum
é o corpo mole, não segmentado, e uma simetria bilateral. Os olhos e algumas
estruturas sensoriais dos moluscos se localizam na cabeça, tais estruturas
sensoriais são químicas e permitem que ele pressinta a aproximação de inimigos
naturais, dando-lhe capacidade de se proteger fechando rapidamente sua concha.
Quando o assunto é músculos,
encontramos nos moluscos somente o pé como estrutura bem desenvolvida, pois com
ele os moluscos possuem a liberdade de se deslocar, cavar, nadar ou capturar
suas presas. Os restantes dos órgãos dos moluscos se encontram na massa
visceral. Estão nela os sistemas: digestivo, excretor, nervoso e
reprodutor. Subsequentemente encontramos em volta da massa visceral o
manto, que tem como função a produção da concha. Entre a massa visceral e
o manto, há uma câmara chamada cavidade do manto que pode ser ocupada por
água (moluscos aquáticos) ou por ar (moluscos terrestres), assim ela exerce a
função similar a de um pulmão.
Existe ainda na grande
maioria dos moluscos a presença de uma concha, que se faz ausente nas lesmas e
polvos, mas se faz presente na parte interna das lulas, possuindo assim uma
carapaça calcária, que possibilita uma boa proteção ao animal.
MOLUSCO BIVALVE
MOLUSCO GASTRÓPODE
Molusco Cefalópode
5. Sistema Digestório:
A partir do desenvolvimento deste trabalho, podemos observar várias
características marcantes no filo mollusca, e dentre uma destas
características, esta presente o sistema digestório dos moluscos. Todos os
moluscos, sem exceções, possuem o sistema disgetório completo, isto é, eles
possuem a boca e o ânus, além do esôfago, estômago e do intestino. Na maioria
das espécies de moluscos, existe a rádula, que é composta por vários dentículos
de quitina, esta se situa na faringe do animal, e exerce a função de raspar o
alimento do mesmo. Os moluscos que se diferem desta característica são os
polvos e as lulas; estes moluscos possuem um par de fortes mandíbulas
quitinosas, curvas na faringe que os auxiliam na sua alimentação servindo para
segurar o seu alimento.
A grande maioria dos moluscos que vivem no mar alimentam-se de pequenas
algas que ficam em muita das vezes aprisionadas nas rochas, ou de animais
pequenos. Existem também os moluscos que são carnívoros, estes se alimentam de
animais relativamente grandes, tais como: estrelas do mar, ouriços ou até de
outros moluscos menores. Contudo, existem também os moluscos que são
filtradores, estes moluscos efectuam a tarefa de remover pequenas partículas
orgânicas de maneira direta da água para se alimentarem. A grande maioria dos
moluscos que vivem em solo, se alimentam de pequenas plantas, tais como as:
gramíneas, ou pedaços de folhas, flores, etc.
Da boca a comida é encaminhada pelo esôfago até o estômago. Para
facilitar a sua digestão, os moluscos possuem uma glândula digestiva (ou
hepatopâncreas); esta glândula libera secreções digestivas no interior do
estômago, aonde se inicia a digestão do alimento. Já no interior do intestino,
a comida parcialmente introduzida é sugada pelas células intestinais, dentro
das quais a digestão é concluída. Assim, os moluscos nos mostram uma digestão
intracelular e extracelular. Posteriormente ao estômago, existe um extenso e
enrolado intestino que por fim, chega ao ânus.
6. Sistema Excretor:
Os moluscos têm em seu corpo estruturas excretoras que se abrem na
cavidade celomática, estas são chamados de nefrídeos. Por causa da abertura
interna presente nestas estruturas, (o nefróstoma), penetram substâncias
encontradas na corrente sanguínea e no líquido celomático. Em alguns moluscos,
como, por exemplo, nos cefalópodos, os nefrídeos se agrupam de forma bastante
organizada dando origem a um “rim primitivo”. Encontramos nos moluscos um par
de estruturas especializadas para a excreção, estas são denominadas de
metanefrídios. Tendo a especifica função de filtrar substâncias tóxicas do
sangue, mas podem reabsorver as substancias que ainda podem ser aproveitadas.
7. Sistema Respiratório:
Os moluscos são bastante diversificados quanto às estruturas corporais e
os ambientes onde podemos encontrá-los. Logo se o habitat e a estrutura
corporal de cada espécie varia muito, certamente que o sistema respiratório de
uma espécie para outra será totalmente diferente. Algumas espécies poderão
possuir respiração branquial, outras pulmonar e por fim cutânea. Há varias
espécies de moluscos que apresentam somente respiração branquial, estes
moluscos apresentam então brânquias aonde a cavidade do manto atua como um
pulmão, essas são popularmente conhecidas como saco pulmonar, e por fim existem
aquelas espécies que não possuem nenhuma brânquia sequer , mas possuem sim, o
saco pulmonar.
Em casos mais raros existem moluscos que executam da respiração
pulmonar, pois em sua grande maioria eles respiram por meio das brânquias;
mas existem outros moluscos que respiram por meio da superfície corporal,
ou seja, realizam a respiração cutânea.
O quesito para respirar de forma braquial é viver exclusivamente no
ambiente aquático, os moluscos que assim procedem são os polvos e lulas.
Já para que o molusco possa realizar a respiração pulmonar, é necessário que os
mesmos vivam apenas em ambientes onde exista predominantemente gás oxigênio, os
animais que possuem estas características são
os caracóis e caramujos. E por fim vem a lesma que possui
respiração cutânea, ou seja, através da pele.
A grande maioria destes animais possui a membrana do
manto vascularizada o que permite que ocorram trocas gasosas entre a
corrente sanguínea e a água. No meio aquático os moluscos possuem laminas no
manto e estas são abundantemente “banhadas” por sangue e é isso que origina as
brânquias desses animais. Já nos moluscos terrestres, a cavidade do manto
encontra-se cheia de ar e trabalha como um pulmão, gerando por sua vez a
respiração pulmonar.
8. Sistema Circulatório:
O sistema circulatório dos moluscos é do tipo aberto ou
lacunar com exceção dos moluscos do tipo cefalópodes. No tipo aberto ou lacunar
o sangue é impulsionado por uma estrutura semelhante a uma pequena bomba
(coração), assim o sangue passará pelo meio de alguns vasos sanguíneos até
alcançar as lacunas, que se denominam hemoceles. Ao chegarem na massa visceral
ou manto, que se localizam entre os vários tecidos, o sangue fica circulando
muito lentamente neste local, sob baixa pressão, fazendo assim o transporte de
nutrientes, oxigênio, recolhendo gás carbônico, alguns resíduos pelo processo metabólico
e voltando quando o coração relaxa, através de pequenos orifícios
denominados de ostíolos.
O coração dos moluscos fica situado dorsalmente em sua estrutura
corporal, podendo ser representado na imagem a seguir:
Assim o sangue sai do coração em vasos que vão se ramificando e, ao
chegarem aos tecidos, terminam em cavidades. Desta forma o sangue banha todas
as células. Podemos assim destacar como característica marcante deste tipo de
sistema circulatório, o fato de que ao sair dos vasos o sangue perde pressão,
fazendo com que a estrutura corporal do animal não possa se evoluir e ser muito
maior do que é atualmente. Já nos cefalópodes encontramos um sistema circulatório
fechado, isso quer dizer que o sangue consegue permanecer totalmente dentro dos
vasos sanguíneos exigindo uma alta pressão do sangue dentro do corpo destes
animais, fazendo com que os mesmos se locomovam muito mais rapidamente.
9. Sistema Nervoso:
Os moluscos possuem um sistema nervoso, este sistema é ganglionar,
contendo assim três partes de gânglios nervosos da onde saem os nervos para as
várias partes do corpo do molusco; os gânglios localizam – se principalmente na
região da cabeça e sobre o tubo digestório, e por este motivo são nomeados de
gânglios cerebrais. Quando estudamos os cefalópodes, observamos que os mesmos
possuem um grandioso gânglio cerebróide, que parece o encéfalo dos vertebrados,
o qual permite a este tipo de molusco á realização de diversas atividades
bastante complexas. O sistema nervoso dos moluscos é formado, essencialmente,
por um circulo (anel) de nervos em volta do esôfago e por um conjunto de cordões nervosos que se
distribuem ao longo das demais regiões do corpo.
Os primeiros moluscos a existirem (como, caracóis e amêijoas) possuem um
sistema nervoso parecido ao grupo dos anelídeos, aonde os neurônios que
comunicam entre si possuem dois gânglios cerebrais os quais formam o cérebro
que esta situado sobre o esôfago.Os músculos do pé são estimulados por um
conjunto específico de cordões nervosos. Nos bivalves, o gânglio cerebral se
localiza lateralmente ao esôfago.
Os cefalópodes, tais como lulas e polvos,
possuem cérebros relativamente complexos que estão ligados diretamente aos
movimentos e aos hábitos predatórios destes animais. Estes animais também
possuem olhos avançados. A maioria dos gânglios nervosos estão
localizados ao redor do esôfago e vão até o fim dos braços ou tentáculos. Um
par de grandes nervos paliais liga o cérebro a um par de gânglios na superfície
interior do manto, como em todos os invertebrados, os axônios dos cefalópodes carecem de mielina, o isolante que proporciona aos vertebrados reações
mais rápidas. A lula é conhecida por possuir um sistema de neurônios enormes.
Estes neurônios possuem fibras ligadas aos músculos retractores da cabeça e ao
gânglio do manto. Os grandes tamanhos destas fibras proporcionam a rápida
transmissão de estímulos e consequentemente movimentos extraordinariamente rápidos
do corpo. Por isso, os axônios da lula são utilizados por neurocientistas para
que eles possam trabalhar as propriedades básicas da ação potencial.
10. Sistema Sensorial:
O sistema sensorial dos moluscos é bastante variável, podendo estes
possuírem estruturas visuais, tácteis, equilíbrio quimiorreceptoras e
sensoriais. Os Moluscos bivalves possuem terminações nervosas, que proporcionam
aos mesmos condições de perceber mudanças de ambientes, de toques e
de pressões. Existem também nestes animais alguns
receptores de luz, que parecem os olhos, ainda que não constituam nenhum tipo
de imagem; também existem alguns órgãos sensoriais que apontam a posição
corporal e as características da água. Já os gastrópodes e cefalópodes
possuem olhos mais desenvolvidos, que se assemelham ao dos vertebrados, capazes
de constituir imagens. A visão perfeita que possuem as Lulas e Polvos,
proporcionam aos mesmos serem eficientes predadores.
11. Reprodução:
Quando se estuda os moluscos podemos concluir varias coisa, uma delas é
que os mesmos podem apresentar dois
sexos em um só animal sendo estes hermafroditos, ou estes animais podem apresentar sexos
separados, sendo um animal o macho e outro a fêmea;
mesmo com alguns moluscos sendo hermafroditos a reprodução dos mesmos só
ocorre de forma sexuada, ou seja, aonde o espermatozóide (masculino) fecunda o
ovulo (feminino) de outro molusco, aonde na cópula, dois moluscos se aproximam
e encostam seus poros genitais, pelos quais se fecundam alternadamente, até
gerarem um novo individuo.
A fecundação pode ser externa, com liberação dos óvulos e
espermatozóides na água, ou interna. O desenvolvimento pode ser indireto, aonde
se desenvolve a larva, ou direta, quando do ovo desenvolve um ser já na fase
jovem.
Nos bivalves, os testículos e ovários localizam – se no saco visceral.
Aonde Machos e fêmeas eliminam os gametas na água fazendo assim a fecundação de
maneira externa, aonde o zigoto origina uma larva ciliada que é nomeada como
Véliger, que nada durante um certo período mais depois vai para o fundo do mar
aonde termina de desenvolver seu corpo.
Grande parte dos gastrópodes são monóicos. No interior do saco visceral,
geralmente no ápice da concha, existe uma gônada hermafrodita, chamada
ovoteste, que pode produzir tanto óvulos quanto espermatozóides.
Do ovoteste parte um canal que se abre na câmara de fecundação. Da
câmara de fecundação parte um canal masculino, que transporta os
espermatozoides até o pênis, e um canal feminino, que acaba em uma vagina.
Tanto o pênis quanto a vagina possuem contato com o meio exterior por
meio do poro genital, que geralmente se localiza próximo da cabeça do molusco.
Dois gastrópodes que já estejam sexualmente maduros acasalam-se
encostando os poros genitais e penetrando, cada um dos gastrópodes, seu pênis
na vagina do parceiro.
Com isso ocorre a mútua troca de espermatozoides entre os parceiros que
logo após este processo se separam.
Depois do ato de fecundação mútua, os espermatozoides ficam guardados por um curto tempo em um receptáculo seminal, ate que os óvulos sejam fecundados na câmara de fecundação. Os ovos recebem alimento da glândula albuminosa, e estes são eliminados pelo poro genital.
Já nos cefalópodes, o macho é quem carrega os espermatozoides, que são
introduzidos na cavidade do manto da fêmea para as fecundações. Após as
fecundações, são liberados inúmeros ovos, que possuem uma casca gelatinosa.
As fêmeas de várias espécies liberam seus ovos em diversos lugares aonde
os mesmos fiquem protegidos, debaixo de rochas, no interior de cavernas etc.
Alguns polvos fêmeas cuidam dos ovos "arejando-os" com jatos
de água expulsos pelo sifão. O desenvolvimento dos ovos é direto, aonde neste
desenvolvimento os ovos não se tornam larvas.
Por causa do tamanho pequeno, grande partes dos filhos servirão como
alimento de diversos predadores. Na maioria das vezes, uma pequena parcela de
polvos e lulas chegam até vida adulta, isso ocorre porque geralmente a morte da
mãe dos filhotes, conhecide com o nascimento dos mesmos, fazendo com que eles
fiquem sem nenhum tipo de proteção.
Nos gastrópodes terrestres o desenvolvimento é direto, aonde dos ovos
fecundados nascem pequenos caracóis que parecem os pais. Já na maioria dos
gastrópodes aquáticos, o desenvolvimento é indireto, resultando assim em duas
formas larvais, sendo estas a: trocófora e a véliger.
Desenvolvimento Externo
Copúla
Classe Aplacophora
Os aplacóforos são moluscos marinhos pouco conhecidos, que podem chegar
a viver em grandes profundidades marinhas. Possuem corpo vermiforme e conseguem
somente chegar a alguns milímetros de comprimento (cerca de 5 mm). Não possuem
concha, embora alguns representantes apresentem espículas calcárias. A esta
classe pertencem cerca de 288 espécies de Moluscos. Dos animais desta classe
pouco se sabe, o que se sabe é que podem ser recolhidos nos mais variados
oceanos, em profundidades de até 7000 metros. Porém, são mais facilmente
encontrados em maiores quantidades nas profundidades dos oceanos que vão de 200
e os 300 metros.
Existem dentre eles os que podem viver enterrados em sedimentos, pois
eles possuem um pé bastante reduzido. Há ainda aqueles que se movem sobre o
fundo dos mares ou sobre espécies de corais, possuindo um sulco mediano-ventral
que poderá ser uma estrutura homóloga ao pé.
Em sua “dieta” alimentam-se de Cnidários, de pequenos organismos ou de partículas existentes
no sedimento, podendo ou não possuir a rádula. A estrutura corporal deles é
composta por uma cabeça sem muito desenvolvimento e revestimento corporal feito
por uma cutícula, além de que algumas espécies
chegam a possuir espículas ou escamas calcárias.
Nas poucas espécies estudadas verificou-se que muitos Aplacóforos
possuem características
reprodutivas hermafroditas e que o seu
desenvolvimento pode ser direto ou não, sendo neste último caso clara a
existência de uma larva trocófora típica dos Moluscos.
Classe Monoplacophora
Os Monoplacophora eram considerados extintos, até que em 1952
foram reencontrados na região do Golfo do Panamá, em uma grande profundidade
marinha, pois só vivem nas profundezas dos oceanos. O nome "Monoplacophora"
significa 'portador de uma placa'.
Do pouco que se sabe sobre eles pode-se destacar que eles possuem uma
única concha arredondada de simetria bilateral e assemelham-se aos quítions da Classe Polyplacophora. A sua concha é muitas vezes fina e frágil,
sendo que o apex da concha é anterior.
Os segmentos corporais apresentam uma repetição primitiva, com órgãos
similares em vários segmentos. Esta organização apresenta-se existente em
alguns anelídeos, sugerindo assim uma ligação evolutiva entre estes e os
moluscos.
Movimentam-se através de um pé circular. A respiração é feita por 5 ou 6
pares de guelras, existentes lateralmente ao corpo. A sua cabeça é reduzida e
não possui olhos nem tentáculos. Alimentam-se de lama e detritos.
Neopilinagalatheae foi a primeira espécie a ser descoberta.
Espécimenes anteriores datavam esta espécie do Paleozóico. Estes moluscos têm entre 0,5 e 3,0 cm de
comprimento.
Os gêneros mais atuais e recentes ocorrem em águas profundas do
pacífico, Atlântico Sul e Índico. Parecem se alimentar de detritos orgânicos
sobre substrato não consolidado.
Classe Polyplacophora
Os poliplacóforos são chamados pela maioria da população de quítions, os
moluscos dessa vivem grudados á rochas nas áreas entre as marés ou submersas. A
concha desta classe de moluscos é constituída por um conjunto de oito (08)
placas sobrepostas e articuladas; é por este motivo que esta classe possui o
nome Polyplacophora (do grego polys: muito)
Os poliplacóforos exibem um mesclado de características primitivas e
adequações a sua maneira de viver, ou seja, junção ás rochas e conchas. O corpo
dos moluscos desta classe é oval, achatado dorsoventralmente, com um pé
ventral, bem evoluído, e uma conha que protege o corpo, formada por oito placas
sobrepostas. A cabeça dos moluscos dessa classe é indefinível, sendo que a
mesma não possui olhos e nem tentáculos cefálicos. O manto é grosso e constitui
em torno da concha uma cintura que pode apresentar espinhos, calcários ou
quitinosos, sendo que este manto é essencial para a sua proteção. Tanto o pé
quanto o manto, exercem uma função de auxiliar os Poliplacóforos na junção ao
substrato, de forma que é bastante complicado desalojá-los.
Os poliplacóforos possuem tamanhos que podem oscilar entre 3 e 40 cm de
comprimento (o tamanho de 40 cm é uma exceção, aonde pesquisadores descobriram
no oceano pacifico uma espécie ´´ gigante ´´ desta classe de moluscos), mas
geralmente possuem entre 3 e 12 cm de comprimento. São espécies que habitam no
mar, sendo abundantes em zonas intertidais rochosas. São animais vegetarianos
(herbívoros) que raspam as algas presas as rochas, com o auxilio de uma rádula
bem desenvolvida e endurecida por magnetite.
Nos dias atuais, tem-se o conhecimento de cerca de 800 espécies de
poliplacóforos amplamente espalhadas pelo globo, sendo que é raro encontrar um
fóssil desta espécie, que comprove o seu período Câmbrico.
Classe Scaphopoda
Os escafópodos são unicamentes marinhos e a maioria deste moluscos reside
enterrada na areia ou lodo. São vulgarmente conhecidos como conha-dente. Esta
classe recebe esta nomeação porque possui uma concha de forma cilíndrica que
recorda um dente, ou uma presa. O pé dessa classe de moluscos é musculoso e
adaptado para escavar o substrato.
Scaphopoda (do grego skaphe, pá + pous, podos, pé – faz referência ao pé
que o molusco usa para escavar e enterrar-se no substrato)
A classe scaphopoda é dentre as varias classes de moluscos a menor, que
possui em volta de 550 espécies distribuídas em todo o mundo. Atualmente no
território brasileiro existem cerca de 30 espécies de moluscos desta espécie.
Os escafópodes são moluscos que habitam no mar e se caracterizam por
possuírem uma concha tubular aberta nas duas extremidades. Em algumas espécies,
por exemplo, nos Dentaliidae, as conchas dos mesmos apresentam um formato
cônico, bastante alongados e levemente recurvados, semelhantes a pequenas
presas de elefantes. As partes moles ficam limitadas na região interna da
concha. O tamanho da concha pode variar de 3 a 150 mm. As conchas desta classe
de moluscos pode ser lisa, reticuladas, com estrias ou carenas longitudinais ou
transversais.
Os escafópodes são animais bentônicos (animal marinho que reside no
fundo do mar, em contato com o substrato e não possui capacidade de natação) e
vivem na extremidade mais larga da concha, onde esta localizado o pé e a cabeça
rudimentar, enterrada no sedimento, enquanto a parte mais afilada da concha se
arquiteta para fora do substrato. Os escafópodes usam o pé, sem possuírem
olhos, cilíndrico e pontiagudo para escavar.
A cabeça possui projeções no formato de tentáculos retráteis, intitulada
captáculos. Os captaculos são ciliados e estes funcionam como órgãos tácteis e
adesivos para a ´´ prisão ´´ do
alimento, o qual pode ser formado por detritos presentes no sedimento ou de
pequenos organismos, tais como pequenos bivalves ou foraminíferos. Esta classe
de moluscos possui a rádula bastante desenvolvida, sendo esta responsável por
triturar o alimento. Pelo orifício da porção afilada da concha, circulam as
correntes de água que exercem a função de respiração e eliminação de resíduos
consequentes do metabolismo.
Classe Bivalvia
Grupo diversificado que pode ser encontrado nos mares e em águas doces,
é o caso das ostras, dos mexilhões e dos mariscos. Possuem uma concha composta
por duas partes, chamadas de valvas, articuladas por uma espécie de dobradiça
situada na região dorsal. Possuem uma cabeça reduzida e um pé estreito que
lembra a forma de um machado.
Os animais bivalves podem também ser chamados de Lamellibranchia ou
Pelecypoda e constituem a segunda maior Classe de moluscos com aproximadamente
15.000 espécies. É um grupo exclusivamente aquático, bilateralmente simétrico,
caracterizado por possuir um corpo comprimido lateralmente com uma concha
externa composta por duas valvas. Mas alguns vivem presos a substratos, como as
ostras, estas não apresentam uma simetria bilateralmente simétrica, alem de que
poucos possuem uma concha interna.
A concha às vezes pode ser totalmente ou parcialmente calcificada e
consiste de uma valva esquerda e uma direita. As valvas são unificadas na parte
dorsal, conectadas por um ligamento elástico parcialmente calcificado e mantida
juntas por músculos adutores, um ou dois, que estão presos à superfície interna
da concha. As valvas são abertas pelo ligamento e fechadas pela contração dos
músculos adutores.
Sua estrutura corporal é diferente de um molusco ´´ normal ´´, isso por
não possuir cabeça ou rádula. São em sua maioria filtradoras ou necrófagos
(carniceiros) e até predadores.
A grande maioria desses animais vive enterrada em substratos arenosos ou
lodosos e movimentar-se com o uso de seu pé. Outros como as ostras e mexilhões
vivem presos a substratos sólidos e outros ainda podem chegar a penetrar em
madeira ou até em pedras.
Por meio do fechamento de suas valvas alguns pectinides podem nadar por curtas distâncias em uma rápida velocidade, por causa do deslocamento de água causado por esse movimento, assim eles se protegem de predadores.
Por meio do fechamento de suas valvas alguns pectinides podem nadar por curtas distâncias em uma rápida velocidade, por causa do deslocamento de água causado por esse movimento, assim eles se protegem de predadores.
Por meio da concha boa quantidade de água circula entre as brânquias,
que absorve e filtra o oxigênio presente no ambiente, assim esse tipo de animal
possui respiração branquial. Em relação à reprodução podemos dizer que a
fecundação e externa, pois os sexos são separados e a união dos gametas
acontece pelo meio externo.O meio de proteção encontrado pelos animais desta
espécie é isolar qualquer corpo estranho que penetre entre a concha e o manto
de seu próprio corpo, por meio de uma substancia lisa chamada de nácar, as
glândulas epidérmicas vão envolvendo este objeto produzindo assim a preciosa
pérola que nos dias de hoje o ser humano comercializa.
Classe Gastropoda
Os gastrópodes é o maior grupo dentro dos moluscos, os animais mais
conhecidos que o podem facilmente representar este grupo são as lesmas, os
caracóis de jardim e os caramujos. Há nesta classe espécies de água doce,
marinhas e terrestres. Há também a presença de animais que possuem concha,
geralmente espiralada, como os caracóis e caramujos, ou sem, como as lesmas,
sendo que a cabeça da lesma, do caracol e do caramujo possui dois pares de
tentáculos, semelhantes na aparência a antenas, sendo que os olhos ficam nas
extremidades do par de tentáculos mais longos.
O termo gastrópode significa que o animal possui os pés na
barriga. Este grupo sozinho representa um quarto das espécies do filo
inteiro. São gastrópodes, além dos caracóis, as lesmas, lebres do mar
(também conhecidas por tintureiras), lapas e búzios.
A maioria dos animais que compõe este filo é aquática, principalmente
marinha, mas existem também os animais terrestres. O tamanho varia muito de
gastrópode para gastrópode podem ser desde os minúsculos caracóis aquáticos com
1 mm a uma espécie australiana com 70 cm de comprimento. Estes moluscos apresentam
geralmente uma concha espiralada, que os torna assimétricos.
A concha da grande maioria dos gastrópodes é univalve, achatada ou
espiralada, onde no seu interior se aloja a massa visceral. Algumas
espécies têm um opérculo, que tampa a entrada da concha quando o animal se
recolhe. No entanto, existem muitas exceções, como as lesmas marinhas ou
nudibrânquios, que não apresentam concha, dependendo de elaboradas defesas
químicas para a defesa.
A localização do ânus do animal é ao contrario do que estamos habituados
a encontrar, isso porque a abertura da cavidade paleal e o ânus se localizam
sobre a cabeça (ou apontando para o lado direito, em algumas espécies) no
animal adulto, um dos poucos aspectos comuns a estes animais tão
diversificados. O pé ventral é largo e em forma de palmilha, coberto por
numerosas glândulas mucosas. Todos os gastrópodes, herbívoros ou
predadores, apresentam rádula.
Os gastrópodes marinhos respiram por brânquias localizadas na cavidade
paleal. Os gastrópodes terrestres realizam suas trocas gasosas por meio do
manto, que se encontra muito vascularizado na cavidade paleal, funcionando
assim como um pulmão.
A maioria dos gastrópodes apresenta os sexos separados, mas existem
formas hermafroditas (caracóis, por exemplo) e, em outros casos, os animais
podem mudar de sexo ao longo de seu ciclo devida
Veja, logo a seguir, um exemplo de moluscos da classe Gastrópoda.
Classe Cephalopoda
Exclusivamente marinhos, os cefalópodes incluem as lulas, sépias,
náutilos e polvos em sua classe. O termo cefalópode significa pés na cabeça,
e faz referencia a uma característica
física destes animais que possuem geralmente ao redor da cabeça um círculo de
tentáculos que atua na movimentação e captura de alimentos. A concha pode estar
presente, como nos náutilos, ou ausente, como é o caso dos polvos, ou ser
reduzida e interna, como ocorre com as lulas e sépias.
Para a sua auto proteção e em alguns casos ate mesmo para a sua
alimentação por meio da caça, muitas espécies possuem células especiais
pigmentadas chamadas cromatóforos, que permitem a esses animais mudar de
coloração. Alguns cefalópodes, como as lulas, também são dotados de um pequeno
órgão, em forma de saco, que contém um fluído escuro. Quando ameaçados, esses
animais liberam o fluído, dificultando a visão do predador.
Dentre os Moluscos os animais dessa classe são os mais complexos.
Atualmente conhecemos apenas cerca de 600 espécies desses animais, que são
exclusivamente marinhas. Das espécies fósseis de Moluscos que conhecemos a
grande maioria é englobada na subclasse Ammonoidea. Estas possuíam conchas
espiraladas, algumas atingindo 2 metros de diâmetro e foram abundantes nos
mares da Era Paleozóica e Mesozóica tendo-se extinguido subitamente.
Os Cefalópodes apresentam a porção anterior do pé modificada em braços
e tentáculos, circundando a cabeça bem
desenvolvida, utilizando-se deles para a captura de presas, fixação, locomoção
e copula.
Possuem uma concha externa encontradas em 5 ou 6 tipos de cefalópodes de
todos as espécies que hoje se possui conhecimento. A extinção ou até
mesmo o seu desaparecimento, o que é o caso do Polvo, é a situação
mais comum nas espécies atuais. Ao gênero Nautilus pertencem os únicos
cefalópodes que possuem uma concha externa. Neste gênero, a concha é enrolada
em espiral e é formada por câmaras contíguas, vivendo o animal apenas na
última, que é a maior. As amonites também eram cefalópodes fósseis que também
apresentavam concha externa.
A estrutura física mais evoluída dos cefalópodes é justificada no fato
dos animais desta classe serem predadores eficientes, assim o sistema
circulatório, excretor, digestivo e de transporte interno, bem como sistema
nervoso e órgãos dos sentidos apresentam uma complexidade e eficiência superior
a todos as outras classes de Moluscos e, em alguns aspectos, a todos os outros
invertebrados.
O sistema nervoso é desenvolvido, aonde o grau de cefalização encontrado nos Cefalópodes excede os restantes
grupos do filo Mollusca. Eles já são capazes de resolver problemas e são,
inclusive, capazes de brincar, um comportamento geralmente associado aos
mamíferos. Dos órgãos dos sentidos, os olhos são particularmente bem
desenvolvidos e muito semelhantes aos dos peixes que são vertebrados.
Toda a circulação sanguínea dos cefalópodes ocorre no interior de vasos
sanguíneos, assim seu sistema circulatório é fechado e não aberto como o de
outros moluscos. Estes animais apresentam um segundo conjunto de pequenos
corações junto das brânquias, o que aumenta de forma muito expressiva a
velocidade de circulação sanguínea nos órgãos respiratórios e,
consequentemente, a taxa metabólica.
Os cefalópodes deslocam-se velozmente, devido a um sistema de propulsão
a jacto, usando o seu sifão, isso se explica pelo seu eficiente sistema
circulatório. E estes fatos permite-nos também explicar a perda de concha, dado
que era necessário libertar o manto desse material rígido para que este pudesse
funcionar como bomba de água.
Os cefalópodes se reproduzem sexuadamente por meio de fecundação
interna, formando assim ovos ricos em vitelo, dos quais emergem jovens
cefalópodes por desenvolvimento direto.
O acasalamento é procedido de rituais complexos, para que aja assim a
sedução da fêmea pelo macho, geralmente envolvendo brilhantes demonstrações de
cor e luz, pois algumas espécies são Bioluminescentes. Neste processo os machos
apresentam um braço especializado - hectocótilo - na transferência de um saco
de esperma - espermatóforo - para o corpo da fêmea.
Curiosidades:
Alimentação:
Os moluscos são muito utilizados na alimentação de pessoas, tanto por
meio do abastecimento de lugares portuários, como por meio das indústrias,
servindo de matéria-prima para a alimentação de todo um sistema de comidas
exóticas. Polvos, mariscos, ostras e lulas, entre outros, além de saborosos,
são muito nutritivos e ricos em proteínas, vitaminas, cálcio, fosfatos e outras
substâncias. Por serem filtradores e acumularem resíduos de águas contaminadas
no corpo é preciso muito cuidado na hora de importante comprá-los. Assim são
muito uteis na alimentação humana.
Artesanato:
Na indústria, as conchas dos moluscos são usadas para fabricar botões e
bijuterias e também para fazer adubos. As pérolas verdadeiras, de grande valor
comercial, são produzidas por ostras. Podemos ainda usar as conchas de muitas
espécies de moluscos para a fabricação de artesanatos.
Medicina:
Experimentos demonstram que substância química encontrada na tinta do
polvo é capaz de curar câncer: sabe-se ainda muito pouco sobre as propriedades
de várias substâncias encontradas nos animais e vegetais. Alguns pesquisadores
japoneses, entretanto, descobriram que existe uma substância química na tinta
do polvo que é capaz de curar alguns tipos de câncer. Trata-se de um
polissacarídeo (uma molécula grande de carboidrato como o amido do arroz).
Fazendo experimentos com essa substância, os cientistas a aplicaram em parte de
um grupo de animais que possuíam a doença. Os animais doentes que não foram
tratados morreram e 60% dos que foram submetidos à substância melhoraram
sensivelmente.
Ambientalmente:
Os moluscos são ecologicamente importantes também por suas conchas serem
o elemento vital do ciclo do calcário.Os Moluscos são também um dos melhores
bioindicadores de poluição já conhecidos. Por estarem quase à beira-mar, em uma
zona onde se concentram os mais diversos tipos de poluentes, eles são
facilmente afetados. No seu corpo concentram-se várias substâncias tóxicas,
como o benzeno e metais pesados. Como são comedores de plânctons, organismos
igualmente sensíveis à poluição, concentram-se e potencializam, até em mil
vezes, elementos tóxicos nos seus corpos.
Por que as lesmas derretem quando jogamos sal
sobre elas?
As lesmas possuem uma pele muito fina. Vivem em lugares úmidos e
sombrios e, assim, não ocorrem grandes taxas de transpiração através da pele,
fato que poderia provocar a desidratação desses animais.
Quando jogamos sal na lesma, ela perde água e se desidrata. Mas, nesse
caso, a desidratação ocorre por que ocorre o sal se dissolve na superfície da
pele úmida do animal, formando uma solução salina, em que a água é o solvente e
o sal é o soluto. Essa solução salina é muito mais concentrada em solutos
(sais) do que a solução dos fluidos do corpo do animal. Assim, ocorre um
fenômeno chamado de osmose, em que a água se desloca espontaneamente de uma
solução mais concentrada em soluto para outra menos concentrada, até que essas
soluções tenham a mesma concentração. Por isso, a lesma perde muita água e
morre desidratada. Vale lembrar que não se deve fazer isso, porque o animal
sofre e isso não é justo. Mesmo um animal pequeno é importante para o
equilíbrio do ecossistema.
Conclusão:
Podemos concluir após estudar sobre o Filo Mollusca, que estes são em
sua grande maioria animais que possuem estrutura corporal mole com ou sem a
presença de uma concha. Assim podemos perceber que os animais do Filo Mollusca
são invertebrados.
Vimos que hoje em dia se conhecem cerca de 150 mil espécies de moluscos,
que podem ser encontradas no mar, em água doce e em terra firme. Os moluscos
mais conhecidos popularmente são as ostras, os caramujos, as lesmas, os
mexilhões, os caracóis, as lulas e os polvos. E que quanto à estrutura corporal
possuem certas divisões que se estabelecem a partir da cabeça do pé e da massa
visceral.
Ao estudarmos estas estruturas podemos constatar que na cabeça de tal
animal encontramos órgãos dos sentidos e uma boca que possui uma espécie de
língua cheia de cerdas raspadoras muito afiadas que recebem o nome de rádula.
De acordo com as divisões estabelecidas para o corpo desses animais podemos ver
que na massa visceral os órgãos se alojam e que a concha tem justamente a
função de protegê-la. E finalmente podemos constatar que o pé dos moluscos é
responsável também pela sobrevivência do animal, uma vez que ele o usa para se
alimentar e locomover, entanto em animais como o polvo e a lula, o pé é
substituído por tentáculos.
Quanto a respiração vimos que a maioria dominante dos moluscos respiram
por meio dede brânquias e vivem somente em meios aquáticos, mas existem outro
que respiram por meio de respiração pulmonar e vivem somente em meio terrestre;
por fim há aqueles que respiram por meio de respiração cutânea, isto é,
respiram pela superfície do corpo, neste caso podemos citar a lesma.
Observamos que por ser um filo muito complexo e variado, os moluscos são
ainda divididos em sete classes. Que é: a Monoplacophora, onde esta os seres
que possuem uma única concha em forma de capuz, revestindo totalmente o pé e a
massa visceral; a Amphineura, onde se localiza os que possuem um organismo
possuidor de concha formada por um conjunto de oito placas articuladas,
circundadas por um cinturão dérmico. O pé é bem desenvolvido e adaptado à forma
de locomoção (rastejam); a Scaphopoda, onde estão os animais formados por
concha única com formato cônico, aberta nas extremidades. São exclusivamente
marinhos, vivendo enterrados na areia, hábito proporcionado a especialidade dos
pés, conferindo a capacidade de escavar; a Pelecypoda ou Bivalvia, onde
encontramos os moluscos formados por duas valvas articuladas, semelhante a uma
dobradiça com característica elástica. Vivem enterrados ou fixados em
substratos submersos de água salgada ou doce; a Gastrópoda, que abrange os
animais que possuem concha com morfologia espiralada (caramujos e caracóis),
retraindo-se para o interior dessa quando em situações adversas (perigo).
Apresentam pés adaptados ao deslizamento sobre a superfície; a Cephalopoda, que
possui organismos marinhos, com algumas espécies apresentando concha interna
(lula e sépia) e outras desprovidas de conchas (polvo), manifestando aparelho
locomotor modificado em tentáculos dotados de ventosas; e por fim a
Aplacophora, que acomoda os moluscos de pequena dimensão e sem concha,
assemelhando-se a vermes.
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